16/07/2012
Grevistas
de 26 categorias do funcionalismo público ocupam a partir de hoje a área dos
ministérios para pressionar o governo a conceder reajustes salariais.
Para pressionar
o governo por reajustes e pela reversão do corte de ponto, 5 mil servidores
acampam na Esplanada a partir de hoje. Líderes sindicais, que representam 26
categorias, prometem grande ato na quarta-feira Notícia Gráfico
De braços
cruzados desde 18 de junho, servidores públicos de 26 categorias iniciam hoje o
movimento de ocupação da Esplanada dos Ministérios, num ato que tenta provar ao
governo que o corte do ponto ordenado pelo Palácio do Planalto não enfraqueceu
a greve geral por reajustes salariais.
Cerca de 5 mil
trabalhadores deverão começar a chegar a Brasília nesta segunda-feira, em
caravanas de ônibus e vans. Alguns trabalhadores virão em voos bancados pelos
sindicatos, que oferecerão também a alimentação dos grevistas.
Como ponto de
apoio, a organização pretende montar um grande acampamento que será armado no
gramado da Esplanada, mas a expectativa é que os grevistas só fiquem no local
durante o dia. Para passar a noite, serão oferecidas acomodações nos sindicatos
e em residências, conforme informou a Confederação dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal (Condsef).
O momento mais
importante da manifestação será uma caminhada na quarta-feira, que tem previsão
de início para as 9h. Os grevistas pretendem cruzar o Eixo Monumental, no
percurso que sai da Catedral, passa pelo Congresso Nacional e retorna ao
Ministério do Planejamento, do outro lado da via. Para controlar o trânsito,
que deve ficar bastante prejudicado durante o ato, a Polícia Militar deslocará
um efetivo do Batalhão de Trânsito.
A expectativa
da Condsef é de que a mobilização sensibilize o governo para o pleito dos
servidores. Do outro lado do balcão, porém, o Ministério do Planejamento já
sinalizou que não pretende conceder o aumento linear de 22% pedido (Veja arte)
pelos grevistas em razão do impacto no orçamento, que chegaria a R$ 92,2
bilhões.
A ministra do
Planejamento, Miriam Belchior, disse ao Correio que o governo está tranquilo
com o grande ato dos servidores. "A manifestação é um direito de todos. A
Esplanada foi feita para isso. Mas eles precisam entender que não temos
condições de dar reajuste a todos. Esse valor de R$ 92 bilhões é incompatível
com um quadro de crise. Eles representam 50% da folha de salários dos
trabalhadores federais e mais que o dobro que pretendemos gastar com o PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento)", ressaltou.
Outras
manifestações devem acontecer ao longo dos cinco dias de ação esta semana, mas
ainda não há uma agenda específica para o movimento. "Atos e mobilizações
devem ser decididos na hora, no calor do momento", explicou o diretor da
Condsef, Sérgio Ronaldo.
Mobilização
cara
Para engrossar a mobilização que começa hoje, os sindicatos terão de colocar a mão no bolso. Os gastos estão na casa do milhão. Entre os 5 mil servidores esperados durante os cinco dias de acampamento, grande parte deve ser de Brasília. Dos demais estados, chegarão grandes caravanas de Goiás e Minas Gerais, segundo informou a Condsef. A diretoria da confederação não soube informar, porém, exatamente quantos ônibus virão e de quanto será o gasto total da ação. Considerando que cada servidor custe em torno de R$ 50 por dia, entre alimentação e deslocamento, a conta da mobilização deve ultrapassar o R$ 1 milhão. Questionado sobre o custo, o diretor da Condsef afirmou que esse montante é inviável aos cofres do movimento.
Para engrossar a mobilização que começa hoje, os sindicatos terão de colocar a mão no bolso. Os gastos estão na casa do milhão. Entre os 5 mil servidores esperados durante os cinco dias de acampamento, grande parte deve ser de Brasília. Dos demais estados, chegarão grandes caravanas de Goiás e Minas Gerais, segundo informou a Condsef. A diretoria da confederação não soube informar, porém, exatamente quantos ônibus virão e de quanto será o gasto total da ação. Considerando que cada servidor custe em torno de R$ 50 por dia, entre alimentação e deslocamento, a conta da mobilização deve ultrapassar o R$ 1 milhão. Questionado sobre o custo, o diretor da Condsef afirmou que esse montante é inviável aos cofres do movimento.
Só de Goiás,
cerca de 140 pessoas virão das cidades de Goiânia, Luziânia e Formosa em dois
ônibus e duas vans. Segundo estimativas do presidente do Sindicato dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de Goiás (Sintsep/GO),
Ademar Rodrigues, o gasto com transporte, estadia e alimentação deve ficar
entre R$ 40 mil e R$ 45 mil.
Já os 50
servidores de Minas Gerais virão de avião da capital mineira a Brasília. A
estimativa do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do
Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (Sindsep/MG) é de que o
desembolso total seja de R$ 50 mil. "Será um gasto alto, mas precisamos
ficar unidos nessa luta. A opção pelo avião como meio de transporte foi a mais
barata, já que o aluguel de um único ônibus, com o combustível, fica por volta
de R$ 5 mil", justificou o diretor do sindicato, Arnaldo José Cruz Júnior.
Outros 50 manifestantes devem vir em um ônibus de São Paulo.
Novas adesões
Termina hoje o prazo dado pelas agências reguladoras para que o governo apresente uma proposta de restruturação salarial dos servidores dessas entidades, além da criação da carreira de regulação. Caso não atenda às reivindicações, a categoria já avisou que também cruzará os braços. Servidores de unidades de 10 agências reguladoras de todo o país e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) já avisaram que entrarão em greve caso não sejam atendidos. Nesse caso, só devem funcionar os serviços de urgência, definidos pelo presidente do Sindicato das Agências Reguladoras (Sinagencias), João Maria Medeiros, como "casos que envolvam transfusão de sangue, liberação de órgãos humanos para transplantes e equipamentos de UTI".
Termina hoje o prazo dado pelas agências reguladoras para que o governo apresente uma proposta de restruturação salarial dos servidores dessas entidades, além da criação da carreira de regulação. Caso não atenda às reivindicações, a categoria já avisou que também cruzará os braços. Servidores de unidades de 10 agências reguladoras de todo o país e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) já avisaram que entrarão em greve caso não sejam atendidos. Nesse caso, só devem funcionar os serviços de urgência, definidos pelo presidente do Sindicato das Agências Reguladoras (Sinagencias), João Maria Medeiros, como "casos que envolvam transfusão de sangue, liberação de órgãos humanos para transplantes e equipamentos de UTI".
O movimento
também deve ganhar a adesão dos trabalhadores petroleiros, que exigem da
Petrobras uma nova proposta de participação nos lucros da empresa. A estatal já
avisou que irá se reunir com os grevistas amanhã, numa tentativa de reverter a
ameaça da categoria de parar as atividades no próximo dia 20. Há algumas
semanas eles organizam pequenas mobilizações, como o atraso no horário de
entrada do expediente. Conforme explicou a Federação Única dos Petroleiros
(FUP), uma mudança na proposta da participação nos lucros e resultados (PLR) na
reunião de amanhã pode mudar o rumo da greve por tempo indeterminado. Fonte: Correio Braziliense
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