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11 DE junho, DIA DA BATALHA NAVAL DE RIACHUELO

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sociedade civil defende veto presidencial a projeto de lei antiterrorismo

27/02/2016 20h28 
Brasília 

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil 

Após a aprovação, nesta semana, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 2016/15, que tipifica o crime de terrorismo, organizações da sociedade civil pedem que a presidenta Dilma Rousseff vete o texto. As organizações argumentam que o projeto de lei antiterrorismo, como ficou conhecido, poderá criminalizar movimentos sociais e manifestações populares.

Encaminhado ao Congresso Nacional pelo Executivo, o projeto foi aprovado na última quarta-feira (24) pela Câmara e agora aguarda sanção presidencial.

A organização não governamental (ONG) de direitos humanos Conectas vai elaborar um parecer para pedir que a presidenta vete artigos do projeto, já que o texto é de autoria do Executivo e assim seria mais improvável conseguir a rejeição de toda a proposta. O advogado e coordenador do Programa de Justiça da Conectas, Rafael Custódio, diz que o texto foi muito ampliado no Legislativo e por isso há a expectativa de conseguir sensibilizar a presidência para os vetos.

“Quando o projeto saiu do Planalto já o considerávamos inconstitucional e desnecessário, mas ele tinha um escopo mais definido e o Congresso ampliou bastante. Nossa ideia e tentar sensibilizar a presidência e mostra que o que ela está sancionando não é aquele inicial que foi idealizado. Ele é muito pior e mais perigoso”, disse o advogado e coordenador da Conectas.

Rafael Custódio explica que entre os artigos que a organização vai pedir que sejam vetados está o que trata da apologia ao terrorismo e o que diz respeito ao terrorismo contra bens públicos e privados.




O relator Arthur Maia diz que sua proposta deixa claro que movimentos sociais e manifestações não serão enquadrados na lei
Arquivo/Agência Brasil 













O texto final do projeto, um substitutivo apresentado pelo relator Arthur Maia (SD-BA), exclui os movimentos sociais do crime de terrorismo, criando uma espécie de salvaguarda. No dia da aprovação do projeto, o deputado disse que sua proposta deixa claro que os movimentos sociais e as manifestações políticas não serão enquadrados na Lei Antiterrorismo. Esse artigo que trata dos movimentos sociais havia sido retirado do texto aprovado pelo Senado e foi retomado pela Câmara.

Movimentos sociais e parlamentares que são contra o projeto, no entanto, argumentam que, mesmo com a cláusula de exclusão, o projeto tem uma tipificação ampla para o crime de terrorismo que poderá ser usada para reprimir movimentos sociais e manifestações populares. Argumentam também que o texto deixa margem para interpretações subjetivas da Justiça.

Rafael Custódio avalia que, mesmo com as salvaguardas, o texto do projeto de lei continua sendo impreciso e ameaçador de liberdades. “A lei aprovada é subjetiva de modo desproporcional, é muito aberta e, por isso, pode ser usada para criminalizar movimentos reivindicatórios e de protesto de qualquer natureza”. E completa “Não basta o texto da lei prometer uma exclusão de responsabilidade porque o aplicador da lei não vai ter necessariamente esse juízo de valor, esses critérios preestabelecidos. A salvaguarda não é suficiente para proteger o direito de protesto.”

Anistia pede rejeição total

A Anistia Internacional divulgou nota pedindo que a presidenta rejeite integralmente o projeto. Para a Anistia, o texto dá margem à maior criminalização de manifestantes e movimentos sociais e a diferentes interpretações na Justiça.

“A ressalva de que [a normal] visa proteger movimentos sociais, sindicatos e manifestações não é garantia de que a Lei Antiterrorismo não será usada contra esses grupos”, diz a ONG. E acrescenta “O projeto de lei aprovado é demasiadamente amplo, vago e não cumpre o requisito básico de qualquer lei penal de ser específica em sua tipificação, estando sujeito a uma interpretação subjetiva por parte do sistema de Justiça”.

O Greenpeace informou ter encaminhado nota para e-mails da Presidência da República pedindo que a presidenta Dilma vete o projeto. Na nota, o Greenpeace afirma que o projeto de lei representa um atentado à democracia no país.

“Uma variedade enorme de condutas criminosas já previstas em lei pode passar ao mesmo tempo a ser enquadrada como terrorismo, ao sabor da interpretação dos agentes de poder. Por mais que o governo tente negar, na prática, a lei significa que qualquer pessoa, lutando publicamente por seus direitos, pode vir a ser enquadrado como terrorista”, diz o texto.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também divulgou nota de repúdio à tipificação do terrorismo e pede que a presidenta Dilma vete integralmente o projeto. “A proposta é desnecessária, porque já existem leis mais que suficientes para enquadrar qualquer eventual ação de grupos terroristas no Brasil.”

O Escritório para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também manifestou preocupação com a Lei Antiterrorismo. Em nota à imprensa, o escritório divulgou seu posicionamento sobre o texto aprovado no Congresso. A nota do órgão da ONU diz que a lei inclui definições vagas e imprecisas e que as disposições nela expressas, por si só, não garantem que não seja usada contra manifestantes e defensores dos direitos humanos.

Durante a votação do projeto na Câmara, na tarde de quarta-feira (24), diversas organizações participaram de um tuitaço com a hashtag #eunãosouterrorista.

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

PT chega aos 36 anos e deputado diz que partido orgulha-se de avanços sociais

27/02/2016 20h11
Rio de Janeiro

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil



Festa de 36 anos do PT reúne militantes no Armazém da Utopia, zona portuária do Rio

Partido dos Trabalhadores 

O deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) disse na noite de hoje (27) que os petistas têm orgulho de sua história e de ter conseguido avanços sociais, como o aumento do número de jovens nas universidades e a redução da pobreza. No entanto, ele – que participa, no Rio, da festa de 36 anos do partido – reconheceu que houve erros de alguns integrantes da sigla.

“Tem a história da corrupção e teve erros. Precisamos fazer uma avaliação de todo esse processo. Mas nossos acertos são infinitamente maiores. E mesmo no que se refere à corrupção, a sociedade tem que se perguntar é por que agora a corrupção é combatida e antes não era”, disse o parlamentar, que está em seu quinto mandato na Câmara Federal.

A festa reúne políticos e militantes do partido no Armazém da Utopia, na zona portuária da cidade. Em meio à comemoração, líderes do partido falam que o PT tem que ser celebrar sua história, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as denúncias de corrupção envolvendo integrantes.

O ex-senador Eduardo Suplicy, atualmente secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, disse que o PT vive um momento difícil. “Numa organização tão grande, com 1,5 milhão de filiados, se alguns cometem erros, erros gravíssimos, é nossa responsabilidade procurar prevenir e corrigi-los. Onde estivermos, temos que procurar agir com toda correção, transparência e respeito à coisa pública. Precisamos aprofundar nossos esforços para acertar.”

Segundo o deputado estadual fluminense Zaqueu Teixeira, o PT tem um legado a deixar para a população brasileira. “É um partido que transformou a vida de milhares de pessoas, então temos muito o que comemorar. E nós não podemos, em virtude de algumas dificuldades, que o partido enfrenta, esquecer todo esse legado que foi construído”, disse.

Edição: Talita Cavalcante

Fonte: Agência Brasil

Em carta a senadores, Delcídio nega ter feito ameaças para evitar cassação

27/02/2016 19h46 
Brasília 

André Richter – Repórter da Agência Brasil
Senador Delcídio do Amaral
 Delcídio ficou 80 dias presoArquivo/Agência Brasil

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) enviou uma carta aos senadores na qual nega ter feito ameaças aos colegas para evitar a cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Casa. Na carta, enviada quinta-feira (25) aos colegas, Delcídio classifica de "falsas e delirantes" as notícias sobre as supostas ameaças, divulgadas pela imprensa nesta semana.

Aos colegas, o senador disse que as notícias não condizem com sua "conduta de homem e de parlamentar". Delcídio também disse que sua prisão foi injusta.
"O injusto encarceramento me afastou temporariamente da vida familiar, social e política, todavia não me exonerou da coerência e da razão. Seria falso dizer que a injustiça não fere, testa a nossa força debilitando o corpo e atormentando o espírito. Porém, essas provações não dobraram meu caráter. Ódio e revanchismo não ocuparam minha imaginação. Mantive a serenidade e permaneço fiel aos meus princípios morais, que não foram depreciados ou abalados.", disse o senador.

Delcídio ficou 80 dias preso em função das investigações da Operação Lava Jato e passou a cumprir prisão domiciliar na sexta-feira (19). O retorno dele ao Senado era esperado nesta semana, mas Delcídio apresentou um atestado médico se licenciando por 15 dias da Casa.

A prisão do senador foi embasada em uma gravação apresentada à Procuradoria-Geral da República por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo a procuradoria, o senador ofereceu R$ 50 mil por mês para Cerveró e sua família, além de um plano de fuga.

De acordo com os procuradores, o objetivo de Delcídio era evitar que o ex-diretor fizesse acordo de delação premiada. Os fatos ocorreram em uma reunião da qual participaram Bernardo Cerveró, o ex-advogado dele, Edson Ribeiro, e o senador Delcídio.


Edição: Nádia Franco


Fonte: Agência Brasil

Estudo mostra que 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos abandonam escola

27/02/2016 19h28 
Brasília 

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
sala de aula
Número de jovens que concluem ensino médio na idade certa (até 17 anos) subiu em 10 anos, passando de 5% em 2004 para 19% em 2014, revela estudo do Instituto Unibanco, com base em dados do IBGEArquivo/Agência Brasil





A porcentagem de jovens que concluem o ensino médio na idade certa – até os 17 anos – aumentou em 10 anos, passando de 5%, em 2004, para 19%, em 2014. Os dados estão em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há, no entanto, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deixaram a escola sem concluir os estudos, dos quais 52% não concluíram sequer o ensino fundamental.


"Este é o subgrupo mais vulnerável, pois são brasileiros que, caso não voltem a estudar, terão altíssima probabilidade de inserção precária no mercado de trabalho, além de não terem tido seu direito à educação básica assegurado", diz a publicação.

O estudo Aprendizagem em Foco, divulgado nesta semana, mostra que, quanto maior a renda, mais os estudantes avançam nos estudos. Entre aqueles que concluíram o ensino médio na idade correta, a média de renda familiar por pessoa é R$ 885. Entre os que não terminaram o ensino fundamental, a média cai para R$ 436. O ingresso no mundo do trabalho e s gravidez na adolescência estão entre os fatores que levam os jovens a deixar a escola.


"Os estudos feitos com dados do IBGE e do MEC [Ministério da Educação] indicam que há grupos em maior risco. São jovens de baixa renda, em sua maioria negros, que trocam com frequência os estudos por um trabalho precário ou que ficam grávidas já na adolescência", diz o texto, que acrescenta: "Entender o perfil do jovem que evade da escola e identificar os momentos em que esse movimento é mais provável são ações importantes a serem realizadas pelos gestores de escolas e dos sistemas educacionais."

Só 2% das mães adolescentes continuam 

Do total de 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola sem ensino médio concluído, 610 mil são mulheres. Entre elas, 35%, o equivalente a 212 mil, já eram mães nessa faixa etária. Apenas 2% das adolescentes que engravidaram deram sequência aos estudos. Já entre os homens, o maior percentual, 63%, estavam trabalhando ou procurando emprego.


O estudo aponta também o desinteresse como uma das causas da evasão escolar. "Sobre muitos desses fatores externos, a escola tem pouca interferência. Há, porém, razões que levam ao abandono e que estão mais diretamente ligadas ao ambiente escolar. É o caso da repetência e do desinteresse do jovem pelos estudos, motivados pela baixa qualidade do ensino e por um currículo, especialmente no ensino médio, enciclopédico e com pouca flexibilidade para escolhas".


A educação até os 17 anos é obrigatória no Brasil de acordo com a Emenda Constitucional nº 59 e com o Plano Nacional de Educação. Termina neste ano o prazo para que todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos estejam matriculados. "Os dados mais recentes, referentes ao ano de 2014, indicam, infelizmente, que não vamos conseguir atingir esse objetivo no prazo", diz o texto. Segundo o levantamento, o maior problema está na faixa etária de 15 a 17 anos – 13% desses adolescentes abandoram a escola sem concluir os estudos.


Na educação pública, os estados são os que concentram a maior parte das matrículas do ensino médio. "Os dados reforçam a necessidade urgente de uma reformulação consistente do ensino médio. Estamos trabalhando nisso", diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.


"Estamos contando também com ações nos estados, para que aqueles que têm condições flexibilizem o ensino médio, ofereçam trilhas diferenciadas, que possam estar focadas no protagonismo juvenil e nas competências do século 21. Precisamos de um novo modelo que atenda essa demanda e que ofereça também ensino técnico e profissionalizante", acrescenta o presidente do Consed.

Edição: Armando de Araújo Cardoso


Fonte: Agência Brasil

Família do Homem de Ferro dos Jogos de 1932 cobra reconhecimento do atleta

27/02/2016 19h14 
Rio de Janeiro 

Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil

Ademir, filho de Adalberto, guarda as medalhas do pai em um quadro
Ademir, filho do atleta Adalberto Cardoso, emoldurou em um quadro as medalhas do pai  Arquivo da família
































A véspera de uma competição olímpica costuma ser marcada por muita concentração, restrições alimentares, descanso e tentativas de conter o nervosismo. Mas, em 1932, o catarinense Adalberto Cardoso vivenciou o contrário disso. Representante do Brasil na corrida de 10 quilômetros nos Jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos, o atleta chegou ao local de prova minutos antes da largada, esbaforido. 

Adalberto vinha de outra maratona: havia desembarcado com parte da tripulação em São Francisco, porque a delegação não tinha dinheiro para deixá-lo na cidade certa. Lá, o grupo comprou um carro usado, que quebrou, e alugou um outro para chegar ao estádio, em uma epopeia de mais de 18 horas sem dormir, nem se alimentar – eles tinham comido apenas frutas no caminho.

Reportagens da época destacavam que o atleta brasileiro perdeu as forças três vezes e caiu durante a prova olímpica, mas conseguiu completar o percurso e chegar em último lugar, duas voltas depois dos adversários, mas sob aplausos calorosos do público. O locutor havia contado sua história nos alto-falantes e criado o apelido que marcou sua trajetória: Adalberto Cardoso, o Homem de Ferro.

Se os aplausos e o reconhecimento da imprensa foram calorosos após a corrida, a vida do marinheiro Adalberto logo voltou à normalidade no Brasil, e sua história, na visão da família, caiu no esquecimento. "Meu pai é um herói nacional, que deu seu nome para o Brasil, deu seu nome para Santa Catarina, e, em Florianópolis, não tem um beco com o nome dele", cobra Ademir Cardoso, de 74 anos, único dos quatro filhos de Adalberto ainda vivo.

Atleta serviu na 2ª Guerra 

Morador da capital catarinense, Ademir guarda na sala de casa um quadro com as medalhas do pai, além de notícias da época, fotos e uma página escrita à mão, em que o atleta fala sobre suas vitórias esportivas, em competições internacionais na Espanha e Holanda, e sua participação na 2ª Guerra Mundial, na qual serviu em um navio que rastreava submarinos.

O Homem de Ferro sobreviveu à guerra, na década de 40, e seu filho ainda hoje conta uma história de que o pai foi atropelado por um caminhão no centro do Rio de Janeiro e quebrou cinco costelas, mas se levantou, preocupado com os documentos que estavam no paletó. "Ele era muito forte por ser corredor. Morreu em 10 de janeiro de 1972", lembra o filho com precisão. "Ele estava jogando um dominozinho, não se sentiu bem e teve um infarto."

Na década de 40, Adalberto serviu em dois navios de guerra durante a 2ª Guerra Mundial. Segundo a Marinha, o primeiro foi o caça-submarinos Gurupi, em 1943, e o outro, o Goiana, do mesmo tipo, em que ficou do final de 1943 até 1946, com o fim da guerra.

Policial militar da reserva, Ademir lembra que nunca foi estimulado pelo pai a ser atleta, porque, apesar das conquistas, Adalberto não via futuro na prática esportiva. "Naquela época, esporte não dava nada. Só ganhava uma medalhinha, e acabou. Nos dias de hoje, ele estaria milionário", diz Ademir, que pretende assistir aos Jogos Olímpicos, mas só pela televisão. "Gosto da tranquilidade da minha casa."
Personagem hollywoodiano
Família guarda carta em que o Homem de Ferro narra suas dificuldades
O filho Ademir guarda carta em que o Homem de Ferro narra suas dificuldades e conquistasArquivo da família




Autor do livro 1932, Uma Aventura Olímpica na Terra do Cinema, o jornalista Tiago Petrik conta a história de Adalberto e outros episódios inusitados dos Jogos de Los Angeles, que foram também os primeiros em que uma brasileira competiu, a nadadora Maria Lenk.

Para Petrik, a visão pessimista de Adalberto sobre a carreira de atleta era um reflexo de seu tempo. "Como o amadorismo era obrigatório na Olimpíada, só conseguia se dedicar ao esporte quem era militar ou quem era de uma família rica e não precisava trabalhar".

O jornalista considera os Jogos de 1932 uma espécie de "ilha da fantasia", com a construção da primeira vila olímpica da história, para que atletas tivessem um local para se hospedar sem arcar com os custos, já que o mundo ainda não tinha se recuperado da crise econômica de 1929, e muitos países mal tinham o dinheiro necessário para mandar seus representantes a Los Angeles. "Só Los Angeles poderia sediar essa loucura e criar esse cenário como um estúdio de Hollywood."

Nesse roteiro cinematográfico, Petrik compara Adalberto ao protagonista do filme norte-americano Forrest Gump: O Contador de Histórias, de 1994 "Ele [Adalberto] era o nosso Forest Gump, que gostava de contar as histórias e correr. E suas histórias eram incríveis", afirma o jornalista.

Pelo menos nome de rua 

Assiim como a família de Adalberto, Petrik diz que o atleta merecia mais reconhecimento. "Temos a mania de achar que só quem subiu ao pódio é merecedor. Ele não merecia só um beco, mas um Centro de Treinamento Adalberto Cardoso. Se alguém representou o espírito olímpico na história olímpica brasileira, esse cara foi o Adalberto. Ele levou ao extremo essa máxima de que o importante é participar."

Neta de Adalberto, a professora Ednete Cardoso, de 49 anos, conta aos dois filhos as histórias que ouviu do pai sobre o Homem de Ferro. Pela memória do avô e pela alegria do pai, ela também gostaria que Adalberto fosse homenageado ao menos com o nome de uma rua. "Seria justo. Seria interessante que Florianópolis reconhecesse essa questão. Para nós [família], é uma coisa que vai passar de geração em geração. Não vamos esquecer nunca."

Ednete conta que, na época da escola, seu esporte preferido também era a corrida, mas a vida seguiu outros rumos, e ela se formou e foi trabalhar. Em agosto, a professora vai sintonizar a TV principalmente nas competições de atletismo. "É lógico que a gente tem paixão pela corrida, porque vai sempre ver e lembrar dele."

Perrengues desde o embarque

Apesar da história dramática, Adalberto não foi o único atleta brasileiro que passou por perrengues na Olimpíada de 1932. Quando deixaram o Rio de Janeiro para a viagem de 30 dias em direção aos Estados Unidos, os atletas embarcaram no navio Itaquicê, que a Marinha incorporou da Companhia Nacional de Navegação Costeira apenas para a viagem.

Além da delegação brasileira, o navio levou 55 mil sacas de café que os atletas tiveram a incumbência de vender para custear a viagem. "O governo cedeu 55 mil sacas, mas o café não valia mais nada. Só foi doado porque tinha havido superprodução", relata Tiago Petrik.

Camuflado como embarcação militar para não pagar imposto no Canal do Panamá, o navio teve o disfarce descoberto e a delegação ficou sem dinheiro para desembarcar em Los Angeles. Apenas parte da equipe desceu na cidade-sede dos Jogos, e os demais viajaram para São Francisco, onde havia um comprador interessado nas sacas de café. Foi por isso que Adalberto desceu longe do local de prova. Na corrida para Los Angeles, Adalberto foi acompanhado pelo comandante do Itaquicê, capitão-tenente Paulo Martins Meira, que também disputou os Jogos e se tornou presidente da Confederação Brasileira de Basquete em 1938.

Petrik lembra ainda uma história menos honrosa da participação brasileira em 1932: "A equipe de polo aquático deu uma surra no árbitro, na partida entre Brasil e Alemanha. Todos os atletas do polo 

aquático foram excluídos dos Jogos por causa dessa cena. o Brasil ficou proibido de participar dessa modalidade por décadas."

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Corpo do cantor Chico Rey será velado neste domingo no Distrito Federal

27/02/2016 19h04
Brasília
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
O corpo do cantor sertanejo Chico Rey será velado a partir das 10h deste domingo (28) no centro cultural do Taguaparque, localizado na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal. O velório será aberto ao público. Chico Rey tinha 63 anos e morreu na tarde de ontem (26) de parada cardíaca, por complicações após uma sessão de hemodiálise.

Chico Rey, que durante décadas, formou uma dupla sertaneja de sucesso com o irmão Paraná, morreu em Maceió, onde estava em viagem de férias com a família.

Batizado Francisco Aparecido Gomes, o cantor nasceu em Arapongas, no Paraná, em 1952. A dupla gravou o primeiro disco em 1981 e o sucesso nacional teve início com a música Quem será seu outro amor, que lhes rendeu o primeiro disco de ouro, em 1988.

Entre as músicas de sucesso de Chico Rey e Paraná estão Encanto e Magia, Tá com Raiva de Mim, Você Não Sabe Amar, Um Degrau na Escada.

Em páginas no Facebook dedicadas a dupla sertaneja, fãs e amigos lamentaram a morte e postaram fotos do cantor.

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Tesouro Direto: simulador ajudará investidores a comparar aplicações

27/02/2016 18h45
Brasília


Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil



economia ilustração
O objetivo do novo simulador do Tesouro Direto é ajudar os pequenos poupadores a diversificar e maximar os ganhosMarcello Casal Jr/Agência Brasil


Os investidores do Tesouro Direto deverão contar com um simulador que permitirá a comparação entre aplicações do mercado financeiro e títulos disponíveis no programa. O objetivo é ajudar os pequenos poupadores a diversificar e maximar os ganhos, segundo os técnicos do Tesouro Nacional que pretendem melhorar a compreensão da aplicação, pois nem sempre os investidores têm facilidade em escolher os títulos dentro do programa.


A primeira fase de melhorias começou em março de 2015, quando o governo adotou medidas para tornar mais fácil a identificação dos papéis negociados por meio do Programa Tesouro Direto, além de um novo layout do site. A expectativa é que o simulador, que deve ser liberado em abril, com a nova série de melhorias do programa, atraia mais aplicadores, segundo Débora Marques Araújo, da equipe do Tesouro Direto.

O Tesouro Direto é um programa de negociação de títulos públicos destinado a pessoas físicas por meio da internet com aplicação mínima de R$ 30. Para o pequeno investidor, o Tesouro Direto é considerado uma opção de investimento de baixo custo e segura. O governo garante que os títulos públicos são considerados os ativos com menor risco da economia. Ainda muito popular, a poupança tem perdido da inflação e, só no mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões. De acordo com dados do Banco Central, foi a maior retirada líquida mensal registrada na série histórica, iniciada em 1995.


A nova ferramenta será capaz de indicar ao investidor qual o título mais adequado para o perfil e para o objetivo financeiro dele. “O simulador ajudará no horizonte de aplicação e o fluxo de remuneração que o investidor quer. Na verdade, o simulador complementa a funcionalidade do orientador financeiro, com uma nova paginação e contemplará a parte de gerenciamento virtual e ainda será capar de comparar os produtos financeiros”, explicou Débora.




Nova ferramenta



Assim, será possível estabelecer comparações entre os títulos Tesouro Direto com a caderneta de poupança, com o Certificado de Depósito Bancário (CDB), com Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agrícola (LCA), por exemplo. “Será uma excelente ferramenta para ajudar o pequeno investidor. É algo inovador e [a forma] como faremos não tem no mercado. Não existe com esse nível de complexidade e de abrangência, pois são comparados uma série de produtos. As pessoas usarão o simulador para tomar decisões”, acrescentou Débora.


Eric Lisboa, também da equipe do Tesouro Direto, disse que se uma pessoa tiver R$ 1 mil terá mais facilidade para identificar o retorno que terá no futuro com a nova ferramenta, ao fazer as comparações. “Qual eu vou ter o melhor retorno no futuro, daqui a tantos ano? O investidor colocará uma série de parâmetros sobre o tipo de investimento que ele quer fazer e terá uma resposta. Acredito que será um grande salto, um grande avanço para ajudar o investidor a tomar as decisões”, disse. O simulador está sendo elaborando em parceria com a BM&F.



Extrato mais claro

A Ouvidoria-Geral do Ministério da Fazenda (OGMF) realizou, no ano passado, durante dois meses com os visitantes do portal uma pesquisa para saber se os visitantes do site sabiam como aplicar no Tesouro Direto. O resultado mostrou que 79% dos usuários não sabem como investir, 20% já ouviram falar, mas têm dúvidas e apenas 1% sabe, inclusive já aplicou. 

Nesta nova série de melhorias, além do simulador, os responsáveis pelo programa querem mudar isso e preparam um extrato que seja mais claro para os poupadores sem intimidade com a aplicação em títulos públicos.


“O extrato é uma tabelinha, com um monte de informações frias e brutas”, disse Débora. “Nesta nova frente, queremos melhorar a comunicação e deixar o extrato mais didático e intuitivo para o investidor. Pretendemos incluir um gráfico para mostrar como foi a evolução do investimento”, completou.



Segurança



Os técnicos do Tesouro Nacional defendem que a compra de títulos do governo federal é segura, mesmo em um contexto de dívida pública crescente. De acordo com eles, os títulos públicos são os ativos mais seguros em qualquer economia no mundo. Para a equipe responsável pelo Tesouro Direto, no Brasil, não é diferente porque é 100% garantido pelo Tesouro Nacional.


Independentemente do valor, o aplicador há garantias legais que permitem o pagamento dos resgates. O Tesouro Nacional mantém ainda o chamado “colchão de liquidez”, que é uma reserva técnica para honrar os compromissos com os credores da dívida do governo federal. Atualmente, está entre três a seis meses e existem ainda as reservas internacionais, segundo Débora. “Tem uma série de elementos para garantir a solidez e honrar esses títulos colocados no mercado. O Tesouro Direto representa menos de 1% da dívida do governo”, disse.


Como os recursos são garantidos pelo Tesouro Nacional, não há necessidade de acionar o Fundo Garantidor Direto (FGC) – entidade privada, sem fins lucrativos e que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores permitindo recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, atualmente em até R$ 250 mil, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência. “Os títulos do Tesouro Nacional não precisam do FGC, porque são garantidos pelo Tesouro Nacional e pelo Estado brasileiro. Ou seja, vai além de governos”, garante Débora.



Balanço



Em janeiro, o número de investidores cadastrados no Tesouro Direto em um mês foi o mais alto desde o início do programa, ao registrar 27.111 adesões (aumento de 194,1% em relação a janeiro de 2015), totalizando 651.469 investidores cadastrados. De acordo como Tesouro Nacional, o número de novos investidores ativos no período também bateu recorde ao alcançar a marca de 13.885 (crescimento de 602,7% na comparação com janeiro de 2015), totalizando 247.830 investidores com posição. 




No mês, as vendas totais do Tesouro Direto, informou o Ministério da Fazenda, chegaram a R$ 1,84 bilhão. O estoque alcançou montante de R$ 26,8 bilhões.


Edição: Talita Cavalcante

Fonte: Agência Brasil

Mais de mil bombeiros participam de combate ao Aedes aegypti em Brasília

27/02/2016 18h10
Brasília
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Uma força-tarefa para combater o mosquito Aedes aegypti no Distrito Federal ao longo deste sábado (27) teve reforço de 1,1 mil militares do Corpo do Bombeiros. Com a meta de visitar 60 mil imóveis, eles se juntaram a 80 militares da Força Aérea Brasileira, 100 da Marinha e 400 agentes da vigilância ambiental.

Até o fim da tarde de ontem (26), 82% dos domicílios do Distrito Federal tinham recebido a visita de homens que integram as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, a zika e a febre chikungunya.

De acordo com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, a expectativa é que na segunda-feira (29) a quase totalidade dos domicílios do Distrito Federal tenham sido visitados. Após essa fase, as visitas devem ser retomadas para reforçar o trabalho de combate ao mosquito, informou Rollemberg.

“Essa mobilização tem como objetivo conscientizar a população da necessidade de fazer sua parte para que possamos vencer essa guerra contra o mosquito. Estamos comprando 32 fumacês, ampliando nosso estoque de inseticidas, intensificando as campanhas educativas e mobilização para estancar o crescimento da dengue no Distrito Federal”, disse o governador, que esteve com os militares do Corpo de Bombeiros no início da manhã, antes do início das atividades.

Neste sábado, caminhões do Serviço de Limpeza Urbana recolhem lixo e entulho, que podem acumular água parada e ser recipientes para a proliferação do Aedes aegypti. As ações da força-tarefa no Distrito Federal começaram em dezembro e, no mesmo mês, foram removidas de ruas e terrenos baldios cerca de 160 mil toneladas de entulho que poderiam ser foco de proliferação do mosquito.

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Prefeitura de São Paulo confirma primeira morte por dengue em 2016

27/02/2016 17h51
São Paulo
Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil

A primeira morte por dengue este ano na cidade de São Paulo foi confirmada neste sábado (27) pela Secretaria Municipal de Saúde. A vítima foi um homem de 62 anos, morador do bairro Tremembé, na zona norte paulistana, que morreu no dia 19 de janeiro e tinha histórico de tabagismo e problemas cardiológicos.

De acordo com a prefeitura, ele foi atendido no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, gerenciado pela Santa Casa de São Paulo, no dia 16 de janeiro. A infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi atestada por testes laboratoriais feitos pela secretaria e pelo Instituto Adolfo Lutz.

Números

Em janeiro, foram notificados 5.877 casos de dengue na cidade de São Paulo. Os números, divulgados no último dia 23, indicam aumento de 144% em relação às 2.406 notificações registradas em janeiro do ano passado.

A zona leste da capital concentra a maior parte dos casos, especialmente nos bairros do Lajeado, na região de Guaianases, e Cangaíba, na região da Penha. Também tiveram incidência significativa da doença a região do Parque do Carmo e de Itaquera, além do Jardim São Luiz e do Sacomã, na zona sul.

Além da dengue, foram notificados em janeiro 236 casos de chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti, e 47 casos de zika, sendo quatro em residentes na cidade de São Paulo, apesar de não haver confirmação de que a infecção ocorreu no município.

O vírus Zika foi associado a seis casos de microcefalia na capital paulista neste ano. O contágio de todos os afetados, porém, teria ocorrido em outras cidades – três na Região Nordeste e três em outros municípios do estado de São Paulo.
Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

As coisas...

As coisas, fica cada dia mais séria, com a corrupção a frente do Congresso Nacional, com a conivência do STF,  com a desmoralização em escalada, até atingir as Forças Armadas, e ninguém faz nada, até a hora, que se levantar um, com o apoio de todos, que consiga, depor o Presidente, o Congresso, o STF e todas as ramificações do governo, que a cada, dia, fica mais transparente, que querem mesmo é afundar o Brasil, rasgar a Constituição Federal, e tornar o País como mais um Comunista, no Mundo!