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11 DE junho, DIA DA BATALHA NAVAL DE RIACHUELO

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sancionada lei que cria regras para convênios com ONGs

31/07/2014 13h36
Brasília
Yara Aquino e Pedro Peduzzi - Repórteres da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel
O projeto de lei que cria um novo marco regulatório para as organizações não governamentais (ONGs) foi sancionado hoje (31) pela presidenta Dilma Rousseff. A lei estabelece normas para as parcerias voluntárias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios com as organizações e estabelece regras para evitar o favorecimento de grupos específicos e a escolha de entidades sem preparo técnico ou estrutura para o cumprimento dos projetos.
Presidenta Dilma Rousseff sanciona lei que institui o Marco Regulatório para organizações não governamentais (Wilson Dias/Agência Brasil)Presidenta Dilma Rousseff sanciona lei que institui o Marco Regulatório para organizações não governamentais Wilson Dias/Agência Brasil

Pela proposta, as ONGs terão que participar de processo seletivo (chamada pública) inscrevendo seus projetos para serem selecionados, pondo fim a uma das principais polêmicas referentes às parcerias, a forma de seleção. Terão ainda que cumprir uma série de requisitos para fazer parcerias com os governos. Entre as exigências para firmar os contratos estão: existir há, no mínimo, três anos; ter experiência prévia na realização do objeto do convênio; e ter capacidade técnica e operacional para desenvolver as atividades propostas.

A presidenta Dilma Rousseff disse que a democracia se fortalece quando se abre para a participação social e destacou que a criação de regras claras vai permitir o reconhecimento por parte do Estado da relevância e importância dessas instituições. “A legislação cria um ambiente muito mais adequado para a atuação das organizações da sociedade civil e reconhece nelas parceiras fundamentais do Estado na implementação de políticas em favor dos nossos cidadãos”.

A presidenta destacou que as regras mais transparentes fortalecem o reconhecimento das organizações e irá evitar que os erros de poucos contaminem o trabalho de milhares.

“A aprovação dessa lei representa, sem dúvida, ganho para todos nós, garante alicerces muito mais fortes para a atuação conjunta e complementar do Estado e da sociedade civil para a superação das nossas carências e garantia de direitos a oportunidades”, completou Dilma.

O novo texto traz também a exigência da ficha limpa tanto para as organizações quanto para os seus dirigentes. Passa a ser lei nacional a determinação de que as organizações e os dirigentes que tenham praticados crimes e outros atos de violação aos princípios e diretrizes ficam impedidos de celebrar novas parcerias. A medida vinha sendo aplicada nas parcerias firmadas pelo Poder Executivo Federal desde 2011.

Além disso, a norma prevê regras mais rígidas no planejamento prévio dos órgãos públicos, no monitoramento e na avaliação, e um sistema de prestação de contas diferenciado por volume de recursos.
A presidente da Abong, Vera Marzagão, participa da cerimônia de sanção do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Wilson Dias/Agência Brasil)A presidente da Abong, Vera Masagão, participa da cerimônia de sanção do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil Wilson Dias/Agência Brasil

A diretora executiva da Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (Abong), Vera Masagão, disse que a sanção da lei abre as portas para a regulamentação das ações. “Este é apenas o ponto de partida de um trabalho árduo que é a regulamentação que não vai ser apenas no nível da União. Vai dar muito trabalho assessorar e criar as condições para que todos os municípios possam implementar essas ações”.

Segundo a representante da Abong, o marco ajudará na constituição de um Estado mais forte e com capacidade de implementar políticas públicas, “com diálogo permanente com a sociedade e suas organizações”.

O texto é resultado de inúmeras rodadas de consultas e debates públicos com a participação de representantes das organizações da sociedade civil, de parlamentares e da Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil, aliança que reúne organizações.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, citou o caráter suprapartidário das discussões no Congresso Nacional em torno do aprimoramento do projeto. Ele destacou a colaboração de diversos parlamentares como a do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e do deputado federal licenciado para concorrer ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), ambos da oposição.

A Casa Civil não informou se houve vetos da presidenta ao texto que será publicado na edição de amanhã (1°) do Diário Oficial da União.

Fonte: Agência Brasil

Expectativa do consumidor subiu 3% em julho, diz pesquisa da CNI

31/07/2014 12h58
Brasília
Da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 3% em julho na comparação com junho. O Inec alcançou 109,5 pontos nesse mês, informa a pesquisa divulgada hoje (31), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar disso, a CNI considera que a confiança dos brasileiros ainda é baixa. O Inec deste mês é 0,5% inferior ao de julho do ano passado.

Para a CNI, a maior confiança é resultado, sobretudo, da melhora das expectativas dos brasileiros em relação à inflação, ao desemprego e à renda pessoal. “Parte dos consumidores que, nos meses passados, esperavam queda na renda e aumento da inflação e do desemprego, passou a acreditar na estabilidade desses indicadores”, diz a CNI.

O índice de expectativa de evolução da renda pessoal para os próximos seis meses aumentou 7,7% em julho em comparação ao mês anterior. Os índices de expectativa sobre a inflação e o desemprego aumentaram 7,1%. Quanto maior é o aumento dos índices, mais otimistas são as perspectivas.

A melhor avaliação da situação financeira também contribuiu para o aumento da confiança do consumidor em julho. "O indicador aumentou 5,3%, refletindo um menor número de consumidores que perceberam piora na sua situação financeira nos últimos três meses", diz a CNI.  "O índice de compras de maior valor recuou 3,3%, o que aponta redução na expectativa de consumo desses bens", destaca a pesquisa.

A pesquisa da CNI foi feita em parceira com o Ibope Inteligência e ouviu 2.002 pessoas em todo o país, entre 18 e 21 de julho.

Fonte: Agência Brasil

Justiça do Rio suspende julgamento de Fernandinho Beira-Mar a pedido do MP

31/07/2014 12h46
31/07/2014 14h22
Rio de Janeiro
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu o julgamento do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, previsto para acontecer no dia 26 de agosto no Tribunal do Júri de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O Ministério Público Estadual (MP-RJ) fez um pedido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele seja julgado na cidade do Rio de Janeiro, por questão de segurança.

A Justiça Estadual então optou por suspender o julgamento até que o STJ opine sobre o pedido do MP-RJ. O Ministério Público suspeita que haja um plano para resgatar Fernandinho Beira-Mar durante o julgamento em Caxias, cidade de origem do réu, apontado pela polícia como um dos líderes da principal facção criminosa do Rio de Janeiro.

Além disso, o MP acredita que o poder intimidatório do réu influencie os jurados. Beira-Mar já está preso há 12 anos e  foi condenado há 200 anos por vários crimes. Desta vez, será julgado pelo assassinato e tortura do estudante Michel Anderson Nascimento dos Santos, que teve os pés, as mãos e orelhas decepadas antes de morrer em 1999, na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias.

Fonte: Agência Brasil

Rio: PM faz operação contra tráfico de drogas em comunidades na zona norte

31/07/2014 12h15
Rio de Janeiro
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar


A Polícia Militar (PM) faz uma operação com grande contingente desde o início da manhã de hoje (31) contra o tráfico de drogas nas comunidades de Acari, do Vigário Geral e da Parada de Lucas, na zona norte do Rio. Na ação, um homem foi ferido e morreu ao ser levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Foram apreendidos 200 quilos de maconha, além de coletes à prova de bala. A droga foi localizada com auxílio de cães farejadores.

A PM usa helicópteros, cães farejadores, blindados e um número não revelado de policiais na busca pelos esconderijos de criminosos, de armas e drogas. O Comando de Operações Especiais da PM, formado pelo Batalhão de Operações Especiais, Batalhão de Choque e o Batalhão de Ação com Cães participam do cerco as comunidades. A ação prossegue e não tem prazo para terminar.






Fonte: Agência Brasil

BC: atingir meta de superávit primário está mais difícil

31/07/2014 12h15
Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Os resultados das contas públicas em maio e em junho tornam mais difícil atingir a meta de superávit primário - economia para o pagamento de juros da dívida, este ano. A avaliação é do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

Segundo dados do BC divulgados hoje (31), o setor público consolidado - governos Federal, estaduais e municipais e empresas estatais - registrou déficit primário de R$ 2,1 bilhões, em junho, o primeiro para o mês, e de R$ 11,046 bilhões, em maio. Em 12 meses encerrados em junho, o superávit primário chegou a R$ 68,528 bilhões, o que corresponde a 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A meta para o setor público, este ano, é 1,9% do PIB.

“Obviamente o déficit de maio e junho tornam o atingimento da meta mais distante, mais difícil. Exigirá um esforço maior do governo para obte-la, mas não significa que não será atingida”, disse Maciel. Para o chefe do Departamento Econômico, o Tesouro Nacional - responsável pela execução do orçamento, está trabalhando no sentido de atingir a meta.

Maciel acrescentou que em maio e em junho houve menor arrecadação de receitas pelo governo e o impacto de desonerações feitas pelo governo foi cerca de R$ 50 bilhões. Outro fator é a moderação na atividade econômica, que reduz a arrecadação de impostos. Maciel argumentou ainda que o governo aumentou gastos com investimentos, o que ambém causou impacto no resultado das contas públicas.


Fonte: Agência Brasil

Israel convoca 16 mil soldados da reserva para reforçar operação militar em Gaza

31/07/2014 11h57
Brasília
Danilo Macedo* – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Soldados israelenses durante ofensiva na Faixa de Gaza (Direitos Reservados/Atef Safadi/Agência Lusa)Soldados israelenses durante ofensiva na Faixa de GazaDireitos Reservados/Atef Safadi/Agência Lusa

Israel convocou mais 16 mil soldados da reserva para reforçar a operação militar na Faixa de Gaza. Com o anúncio, feito hoje (31) pelo Exército do país, o número de soldados mobilizados sobre para 86 mil. De acordo com a instituição, o acréscimo vai permitir o descanso de tropas. O mais recente conflito entre Israel e o Hamas começou no dia 8 de julho e se intensificou com a entrada, por terra, de tropas israelenses em Gaza no dia 17.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou também hoje que, “com ou sem cessar-fogo”, o Exército continuará a destruir os túneis usados pelo movimento de resistência islâmica para lançar ataques contra seu país.

"Estamos determinados a concluir esta missão com ou sem cessar-fogo. Nunca aceitaremos qualquer proposta que não permita ao Exército israelense terminar este trabalho", disse Netanyahu, antes de participar do Conselho de Ministros em Tel Aviv. Segundo ele, já foram demolidos dezenas de túneis.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse em Genebra, na Suíça, que “as duas partes cometem graves violações dos direitos humanos, que podem constituir crimes em relação ao direito internacional humanitário”. Em relação a Israel, ela acusou o governo de “desafiar deliberadamente as obrigações definidas no direito internacional”.

Desde o início da Operação Margem Protetora, deflagrada pelo governo de Israel, pelo menos 1.370 palestinos foram mortos, de acordo com as autoridades palestinas, sendo mais de 245 crianças. Do outro lado, 56 soldados israelenses e três civis foram mortos.

*Com informações da Agência Lusa
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Universidades paulistas completam dois meses de greve

30/07/2014 07h00
São Paulo
Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
Funcionários, professores e alunos das universidades estaduais paulistas protestam em frente ao portão principal da USP (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Funcionários, professores e alunos das universidades estaduais paulistas protestam em frente ao portão principal da USP Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em greve há mais de dois meses, o retorno das atividades nas três universidades estaduais de São Paulo continua indefinido. A próxima reunião do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), que negocia com as entidades representantivas, está marcada para o dia 3 de setembro. Associações de docentes e sindicatos de servidores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) insistem na antecipação do encontro para provocar uma negociação que resulte em ganhos salariais.


O movimento foi deflagrado no dia 27 de maio, quando não havia indicativo de reajustes nem mesmo a reposição da inflação. De acordo com a assessoria de imprensa do Creusp, a prorrogação da data-base ocorreu porque as universidades “estão enfrentando níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento que ultrapassam 90%, nível acima do recomendado para uma gestão responsável”. O conselho destaca que a intenção é manter o poder aquisitivo dos salários, e, ao mesmo tempo, preservar o equilíbrio orçamentário-financeiro.

De acordo com o professor Ciro Correia, presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), não houve avanço em relação à pauta de reivindicações. “O impasse continua e, por hora, não se tem um horizonte, por mais que a gente se empenhe, de ter uma interlocução efetiva que leve a um encaminhamento dessas graves questões de interesse da universidade e da sociedade”, declarou. Ele informou que as próximas assembleias ocorrerão no dia 7 de agosto. “É prematuro fazer qualquer projeção se a greve vai prosseguir ou se, por algum motivo, será suspensa”, completou.

Correia coordena o Fórum dos Seis, que reúne os sindicatos das três instituições. Ele destaca que há uma pauta conjunta para garantir a isonomia entre as universidades, mas esse princípio vem sendo desrespeitado, por exemplo, por meio da concessão de benefícios. “Nos anos recentes, quem mais contribuiu para esse tipo de política, que não é fundamentada nos preceitos da administração pública, foram as últimas gestões da USP”, avaliou. Isso ocorreu, por exemplo, com a proposição de reajuste no vale-alimentação dos funcionários da Unesp, que foi rejeitada; e a concessão de um abono aos trabalhadores da Unicamp, que está em análise.

O coordenador político do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp, Alberto de Souza, avalia que a proposta de reajustar o benefício é uma forma de desmobilizar a categoria. “O vale aumentaria R$ 250, mas, na pauta unificada, pouco se avançou. Queremos a isonomia dos benefícios”, explicou. Os trabalhadores da Unicamp, por sua vez, decidiram negociar diretamente com a reitoria um abono de 5,2% equivalente a maio e setembro. “Uma vez que a universidade tem dito que a Unicamp tem condições de dar um reajuste nesse valor, essa foi a base tirada em assembleia, que devemos discutir”, explicou Paulo César Centoducatte, presidente da Associação dos Docentes da Unicamp.

A assessoria de imprensa da USP informou que 10% dos professores e trabalhadores aderiram ao movimento grevista. Disse também que o segundo semestre do ano letivo começará no próximo dia 4. De acordo com a instituição, o primeiro semestre deveria ter se encerrado no dia 8 de julho, mas a maior parte das atividades não foi comprometida com o início da greve, no final de maio. Isso permite, segundo a USP, o retorno das aulas a partir de um novo período. A Unesp informou, por sua vez, que a paralisação atinge parcialmente 16 das 24 unidades, principalmente na área de graduação. A assessoria da Unicamp não atendeu os telefones disponíveis no site.

O Creusp informou que respeita o direito de greve, mas está adotando medidas legais para garantir a normalidade do ensino nas universidades. Quanto à reposição das atividades, o conselho disse que, após a greve, cada unidade será responsável por aprovar um novo calendário escolar.

Fonte: Agência Brasil

Criminalizar a violência doméstica não basta para erradicá-la, diz Angela Davis

29/07/2014 23h20
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil* Edição: Carolina Pimentel

Fim do sistema carcerário atual, denunciar o racismo presente em diversas instituições, crítica ao papel desempenhado pela mídia e que ativistas cuidem também do meio ambiente e da própria saúde. Essas são algumas das ideias defendidas pela ex-integrante do grupo Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos, Angela Davis, entrevistada hoje (29) no programa Espaço Público, da TV Brasil. Para ela, “quando simplesmente punimos os culpados, em geral o que acontece é que eles saem da cadeia pior do que entraram para cumprir a pena. As cadeias contribuem para reproduzir a violência e a conduta antissocial”.
Angela Davis é entrevistada do Programa Espaço Público (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)Angela Davis é a entrevistada do Programa Espaço Público Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Angela chegou a constar na lista dos dez fugitivos mais procurados pelo FBI (agência federal de investigação dos Estados Unidos). Ela foi presa na década de 1970 e inspirou a campanha "Libertem Angela Davis", que angariou apoiadores em todo o mundo. Atualmente, a filósofa, escritora, professora e ativista viaja pela África, pelo Caribe e pela América do Sul para participar de conferências e projetos sociais. Na semana passada, participou, em Brasília, do Festival Latinidades 2014: Griôs da Diáspora Negra.

No programa, foi entrevistada pelos jornalistas Paulo Moreira Leite, Florestan Fernandes Jr. e pela coordenadora da Radioagência Nacional, Juliana Cézar Nunes. Leia abaixo alguns trechos da entrevista:

Espaço Público: A visão que o Brasil tem de você ainda é muito conectada a Angela desse movimento Black Power da década de 1970, quando brasileiros faziam campanha pela sua libertação e pela libertação de Mandela e, ao mesmo tempo, pensavam em como libertar a Angela e o Mandela que existiam entre nós, entre homens e mulheres negras. Hoje, em que Angela as pessoas precisam pensar em libertar, em deixar fluir?

Angela Davis: A campanha pela minha libertação foi de fato um momento importante. Eu sempre digo que meu nome só é conhecido hoje não tanto pelo que eu fiz, mas pelo que fizeram por mim. Nunca vou esquecer o enorme movimento de solidariedade que mobilizou pessoas em quase todos os continentes. Mas eu era apenas uma, e já naquela época, tinha consciência de que havia muitos outros presos políticos. Percebi que o problema não era só a repressão aos presos políticos, mas também o papel racista e repressor do sistema carcerário. Nas últimas décadas, venho batalhando pela libertação dos presos políticos e combatendo a indústria carcerária e muitos militantes desse movimento anticarcerário nos autodenominamos "abolicionistas", porque defendemos a abolição da cadeia como forma dominante de punição.

Espaço Público: Angela, você popõe a extinção dos presídios. A pessoa quando comete um crime, um crime bárbaro, um crime hediondo, ela tem que ser punida, tem que pagar pelo crime que cometeu e ser ressocializada para voltar à comunidade. Se acabam os presídios, que eu concordo que virou depósito de pessoas, o que fazer com os criminosos?

Angela Davis: Concordo plenamente que quem tem conduta antissocial, quem faz mal a outras pessoas deve responder por isso. Mas isso não significa que basta punir. Quando simplesmente punimos os culpados, em geral o que acontece é que eles saem da cadeia pior do que entraram para cumprir a pena. As cadeias contribuem para reproduzir a violência e a conduta antissocial. A grande questão é como transformar a sociedade e lidar com essa questão da violência de tal forma que o agressor retorne à sociedade com uma perspectiva de vida melhor, sem revolta, sem recaída, mas disposto a contribuir com a sociedade. Acredito muito na reabilitação. Mas não acredito que ela seja possível na cadeia. É por isso que precisamos encontrar outras formas de responsabilizar as pessoas pelos crimes que cometem. E o pior é que muitas pessoas estão presas não porque cometeram um crime, mas por serem negras, jovens, ou porque estavam no lugar errado, na hora errada.

Espaço Público: Angela, você tem criticado as políticas de combate à violência doméstica. Como garantir proteção para as mulheres de uma outra forma que não seja a criminalização dos agressores?

Angela Davis: Estou com as pessoas que acreditam que simplesmente criminalizar a violência doméstica não basta para erradicá-la. Eu me preocupo com as vítimas da violência conjugal. E também porque é uma das formas mais comuns de violência no mundo. É uma forma de violência que ocorre em quase todo o mundo, inclusive nos países onde ela foi criminalizada. O índice de violência contra a mulher, de violência de gênero, não diminuiu. Alguma coisa está errada. Não podemos continuar simplesmente mandando as pessoas para a cadeia. Isso nos faz esquecer o problema. É por isso que sou contra o uso da pena de detenção. De certa forma, isso nos exime da responsabilidade de descobrir como acabar com essa violência horrível que tantas mulheres sofrem. Em muitos lugares, já surgiram alternativas à execução penal. Elas incluem Justiça restaurativa, ou até censura pública. Evidentemente, a perspectiva evolucionista não sugere que o agressor não deva responder pelo que fez. Em muitos aspectos, é mais difícil para o agressor encarar a vítima de frente e encontrar uma forma de se redimir do que ir para a cadeia. É mais fácil ficar na cadeia. É muito mais difícil localizar a raiz da violência dentro de si e encontrar uma forma de erradicá-la do mundo.
Angela Davis é entrevistada do Programa Espaço Público (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)






















Ex-Pantera Negra, Angela Davis é entrevistada do Programa Espaço Público Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Espaço Público: Onde fica o centro da sua força, essa força com que luta pelos direitos dos negros, tanto na África, quanto na diáspora?

Angela Davis: De onde tiro minha força? Acho que posso dizer que ela vem das minhas comunidades, das pessoas com quem trabalho, meu sentimento de união com as pessoas que se dedicam às lutas por justiça e igualdade. Costumo contar uma história que aconteceu na época em que eu estava presa. O FBI foi me buscar. Fui levada para um presídio onde eu fiquei incomunicável, sem poder falar com ninguém. Puseram-me em uma ala do presídio reservada para pessoas com problemas psiquiátricos. Fiquei deitada ali na cela, sentindo-me totalmente sozinha. De repente, ouvi umas vozes ao longe. Mal dava para entender o que diziam. De repente, percebi o que estavam dizendo: "Soltem Angela Davis!". As pessoas se aglomeravam fora do presídio, tarde da noite, e isso antes mesmo da campanha pela minha libertação. Elas vieram e aquilo me fez sentir que eu não estava só. Fiquei com essas lembranças, essa ligação com as pessoas e percebi que, por piores que fossem os meus problemas, eles não chegavam aos pés dos problemas das pessoas que passam a vida na cadeia, das pessoas na Palestina, das pessoas que têm de lutar pela própria liberdade de várias maneiras. Enfim, também tiro muita força dos jovens, porque continuo trabalhando com ativistas. Vejo que eles estão cada vez mais jovens. E eu estou cada vez mais velha. Isso é bom, é muito importante trabalhar com outras gerações. Vejo que os jovens estão dispostos a correr mais riscos que os mais velhos, porque às vezes somos prudentes demais.

Espaço Público: Atualmente, temos algumas mulheres no comando de países. Aqui na América Latina, temos três mulheres coordenando três países, temos uma mulher na Europa. Como a senhora vê a atuação dessas mulheres no poder ? Houve uma modificação dos rumos do capitalismo? Agora, é a hora, depois de um negro, os EUA terem uma mulher?

Angela Davis: Acho positivo que tenham elegido mulheres para cargos políticos na América do Sul e na Europa. Assim como foi bom um negro ter sido eleito nos EUA. Mas não sei se isso resolve nossos problemas. Não sei se ficar tentando apenas mudar o rosto das pessoas que estão no topo das hierarquias políticas ou econômicas vai mudar a realidade dos que estão na base. Como já disse algumas vezes, quando Obama disputou as eleições, se houvesse um candidato de outra identidade racial concorrendo com um programa mais ousado, com certeza ele teria o meu voto. Eu preferiria mil vezes um candidato branco que propusesse uma crítica ao capitalismo, ao inter-racismo e ao sistema carcerário a um candidato negro que deixasse as coisas como estão. É uma questão política. Precisamos superar essa mentalidade de que trocar apenas um rosto vai trazer uma revolução e entender que é preciso criar movimentos de massa, é preciso promover mudanças na base do sistema.

Espaço Público: Como você vê o papel da mídia nesse contexto, basta democratizar o acesso? É preciso que haja uma mudança, na forma, no discurso da mídia, especialmente sobre a população negra, para mexer nas estruturas do racismo? Aqui no Brasil, a imprensa, de maneira geral, é contra as cotas. Quase todo dia sai alguma notícia criticando a distribuição de cotas tanto nas universidades, quanto no serviço público.

Angela Davis: Acredito que a mídia tem um grande poder de mudar a forma de pensar das pessoas, mudar a nossa forma de ver o mundo. Com o advento das mídias sociais, estamos nos deparando com a ampla influência de ideias que se propagam instantaneamente. Vejo que nos EUA, a grande mídia continua a promover algumas ideias retrógradas. O sistema de cotas - não gosto muito de usar o termo "cotas" porque ação afirmativa não é sinônimo de cotas, não é a mesma coisa, e quando chamamos assim, como a mídia costuma fazer, isso transmite uma impressão de que estamos jogando as pessoas umas contra as outras, quando, na verdade, trata-se de uma tentativa de começar um processo para reverter algo que já há muito [...] Um processo que vem de muito longa data. Costuma-se falar em ação afirmativa como se fosse um homem branco contra, digamos, uma mulher negra, por exemplo. Mas quando se entende que a ação afirmativa é uma forma de modificar a distribuição demográfica no mercado de trabalho, nas universidades, não se trata só de indivíduos, trata-se de comunidades, é uma questão de permitir a ascensão de comunidades, e isso também acaba beneficiando indivíduos. Mas acho que é preciso começar a mudar essa concepção de ação afirmativa como mera oposição entre brancos e negros. Ela está aí para mudar o mundo, para promover justiça e igualdade.


*Tradução Mayra Vieira Borges

Fonte: Agência Brasil

Velejadores vão participar de teste na Baía de Guanabara para as Olimpíadas

29/07/2014 22h57
Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e a Confederação Brasileira de Vela promovem, entre o próximo sábado (2) e o seguinte (9), o AqueceRio – Regata Internacional de Vela, um evento-teste da categoria. Para o diretor de Comunicação do Comitê, Mário Andrada, a regata vai permitir que seja feita uma avaliação das condições da Baía de Guanabara para receber competições de vela durante os Jogos. “Será um evento-teste. Os Jogos Olímpicos serão só em 2016. Então, é importante que a gente teste as condições para saber o que precisa melhorar. Não é uma competição oficial, é um teste, no qual os atletas vão navegar na baía, e a gente vai ter a certeza de que a baía está no caminho certo”, contou à Agência Brasil.

Andrada reconheceu que há aspectos que precisam melhorar, mas acrescentou que várias ações estão sendo feitas, pelas três esferas de governo, para garantir os itens incluídos na proposta de candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas e as Paralimpíadas. Segundo ele, no período da candidatura apenas 12% do esgoto eram tratados e, atualmente, atingem 49,5%. Andrada acrescentou que em 2016 o percentual estará próximo de 80%, conforme constava na proposta de campanha. Ele informou que todos os lixões no entorno da baía foram desativados e criados aterros sanitários. Já o tratamento do lixo flutuante, fica a cargo de 12 ecoboats, que durante a regata terão o reforço de 12 embarcações de empresas privadas.

O diretor garantiu que as condições da Baía de Guanabara não representam risco para a vida dos competidores, mas admitiu que pode ocorrer algum problema para os barcos, caso sejam atingidos por lixo flutuante. O velejador e medalhista olímpico, Torben Grael, concorda com ele, mas se preocupa com o efeito nas embarcações. “Ninguém vai deixar de participar da competição por causa da situação, mas o problema é ter a infelicidade de uma regata ser decidida pelo fator lixo. Isso é que não pode acontecer”, disse em entrevista à Rádio Nacional.

Para o velejador, além disso há o problema de apresentar ao mundo uma qualidade de água ruim para a imagem da Baía de Guanabara, para a cidade do Rio e para o Brasil. “É muito negativa, principalmente para uma cidade turística como o Rio de Janeiro. Com relação à competição, o risco não é a doença. Não acredito que as pessoas fiquem doentes pela contaminação com a água. O problema do lixo é que pode afetar as competições. É igual ter uma pessoa correndo o grande prêmio de motociclismo, o Moto GP, e ter um lençol preso no cara quando passar. É o mesmo que um barco pegar um saco plástico dentro da água”, comparou.

Na avaliação de Mário Andrada, a realização da competição olímpica  na Baía de Guanabara é uma oportunidade de alcançar a melhoria das condições da região, que há muito tempo é defendida por ambientalistas. “A baía é um cartão-postal importante do Rio de Janeiro, e parte do objetivo dos Jogos Olímpicos é ser um agente catalisador de mudanças. Se gente não faz a regata na Baía de Guanabara e vai para outro lugar, uma hipótese que está descartada, a baía nunca seria limpa. É a hora do Rio de Janeiro e de todo o Brasil se mobilizar para limpar e despoluir a baía de uma vez por todas”, contou.

Para garantir mais segurança aos competidores na regata que começa no sábado, a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro intervirá, das 11h às 17h, no tráfego aquaviário da Baía de Guanabara, impedindo que o tráfego de embarcações interfira nas raias da regata. Além dos navios mercantes que precisam atracar no Porto do Rio de Janeiro, a rota da concessionária CCR Barcas para as linhas Charitas, Cocotá e Paquetá vai ter um pequeno desvio, que não representará impacto no transporte diário dos usuários.

Fonte: Agência Brasil

Ministro diz que economia brasileira não corre risco de recessão em 2014

29/07/2014 21h53
Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou hoje (29) o risco de recessão para a economia brasileira neste ano. Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido 0,2% no primeiro trimestre deste ano, em ritmo menor que no quarto trimestre do ano passado, o ministro disse que não há possibilidade de o país fechar 2014 com índices negativos. “Não haverá recessão este ano. Quem está falando em recessão está equivocado”, disse.

Mantega também comentou a decisão do Banco Central (BC) de injetar R$ 45 bilhões na economia – R$ 30 bilhões da liberação de compulsórios (parcela que os bancos são obrigados a deixar retida no BC) e R$ 15 bilhões de redução de riscos de crédito. Para o ministro, apesar de aumentar o volume de recursos em circulação, a medida reativará a demanda sem pressionar a inflação.

Segundo Mantega, a inflação está em queda e continuará a cair nos próximos meses. A redução do preço dos alimentos, que pressionaram os índices no primeiro semestre, contribuirá para trazer a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para abaixo do teto da meta, de 6,5%, até o fim do ano.

O ministro acrescentou que o fim da Copa do Mundo reduziu o preço de passagens aéreas e de hotéis, que teve reflexos sobre a inflação nos últimos dois meses. “Esses fatores [preços dos alimentos e de itens vinculados à Copa] mostram que a inflação não foi provocada pela demanda. Portanto, é perfeitamente possível e coerente reativar a economia [por meio da liberação dos compulsórios] sem aumentar a inflação”, declarou.

Fonte: Agência Brasil

Bancos privados e credores europeus tentam salvar Argentina da moratória

29/07/2014 21h29
Buenos Aires

Monica Yanakiew - Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Luana Lourenço

Duas propostas, uma de bancos particulares e outra de um grupo de credores, foram apresentadas hoje (29), de última hora, para ajudar a Argentina a evitar a segunda moratória da dívida pública em 13 anos. O ministro da Economia, Axel Kicillof, viajou para Nova York nesta terça-feira para participar da última rodada de negociação com advogados norte-americanos.

O governo argentino tem até amanhã (30) para chegar a um acordo com os chamados fundos abutres – que compraram papéis da divida a preços baixos, depois do calote de 2001, e entraram na Justiça para cobrar o devido, sem o desconto de 65%, negociado com a grande maioria dos credores.

Bancos privados argentinos ofereceram depositar US$ 250 milhões, como garantia de que a Argentina cumprirá a decisão do juiz Thomas Griesa, de Nova York, de pagar os fundos abutres sem descontos, a partir de 2015.

Ao mesmo tempo, detentores de títulos da divida argentina da Europa enviaram uma carta ao juiz, pedindo uma trégua até o final do ano: ou seja, que Griesa autorize o pagamento das parcelas da divida reestruturada até o fim de 2014, quando caduca a chamada Cláusula Rufo (Rights Upon Future Offers, em inglês), que protege os credores que aceitaram a negociação inicial.

Até inicio da noite, não havia uma decisão tomada sobre as propostas.

A maior parte dos detentores de títulos da divida argentina (93%) aderiu aos dois planos de reestruturação, de 2005 e 2010, e aceitaram receber 35% do valor dos papéis em parcelas em até trinta anos. O governo tem pagado todos os vencimentos, menos o último (de US$ 900 milhões), do dia 30 de junho. A Argentina fez o depósito no Banco de Nova York, mas os recursos foram bloqueados pelo juiz Thomas Griesa.

Griesa só vai liberar o dinheiro quando o governo argentino cumprir a sentença dele, favorável a um grupo – liderado pelos fundos NML e Aurelius – que representa 1% dos detentores dos títulos da divida argentina. Eles ganharam o direito de receber a totalidade da divida (US$ 1,3 bilhão), sem desconto, e com os juros acumulados durante o longo processo. Pelos cálculos dos economistas, o total chega a US$ 1,65 bilhão.

O governo argentino tem argumentado que não pode privilegiar a minoria dos credores, que se recusaram a participar da renegociação da divida, porque corre o risco de enfrentar uma avalanche de processos judiciais. As propostas de reestruturação têm a Cláusula Rufo, que proíbe o país de fazer ofertas mais favoráveis para atrair os credores que ficaram de fora. A cláusula vence no final deste ano, mas o juiz Thomas Griesa se recusou a adiar a aplicação da sentença por não ter provas da boa-fé do governo argentino.

Fonte: Agência Brasil

Eduardo Campos visita o Espírito Santo e promete reforma tributária

29/07/2014 21h15
Brasília
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro


O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, fez campanha hoje (29) no estado do Espírito Santo, onde visitou a capital, Vitória, e o município de Serra. O ex-governador de Pernambuco apresentou propostas de campanha na capital capixaba e visitou um dos cidadãos que devem ceder sua casa para funcionar como Casa de Eduardo e Marina, ponto de apoio e divulgação da campanha.

Durante entrevista coletiva em Vitória, Eduardo Campos disse que o Espírito Santo foi “abandonado” pelos governos anteriores, e ele pretende transformar o estado em um polo logístico. Segundo o candidato, o primeiro passo para o desenvolvimento regional será tocar a reforma tributária.

“Já no primeiro momento do governo vamos fazer uma reforma tributária para que o país tenha uma política de desenvolvimento regional que possa incentivar os estados que precisam crescer mais do que outros, porque acumulam deficiências, para que tenham oportunidades. Eu conheço essa matéria, eu estudei isso, eu venho de um estado pobre, que sabe o quanto é difícil ficar abandonado, sem atenção do governo central. Então, a nossa reforma vai dar condições de termos política de desenvolvimento regional”, disse.

Ele lembrou que deixou o governo de Pernambuco com um dos maiores índices de aprovação do país, e que se reelegeu também com recorde de votos. Segundo Campos, isso se deve às reformas estruturantes que promoveu no estado. “Eu fiz uma gestão profissionalizada, que realizou, fez obras que há anos se reivindicava. E eu vou trazer [esse esforço] para a vida pública brasileira”, disse.

O candidato criticou ainda o que chama de “velha política”, e disse que é preciso “coragem” para romper com o padrão de governo atual. Para Campos, é preciso “acabar o tempo em que o país está sendo distribuído para partidos políticos, entregue à incompetência e aos costumes que nós queremos ver banidos da vida pública brasileira. Para isso, é preciso ter coragem de mudar o Brasil, é preciso dizer que desse jeito em que o Brasil é dividido em pedaços e entregue à velha política não dá mais”.

Amanhã, Eduardo Campos participará de debate com seus dois principais adversários, a presidenta Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Ele deverá responder questionamentos dos empresários sobre políticas para o setor e conceder coletiva à imprensa em seguida.

Fonte: Agência Brasil

Rio lança mapa que aponta locais de risco de enchentes e desabamentos

29/07/2014 20h59
Rio de Janeiro
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço


As marcas da enchente que inundou e devastou a região serrana do Rio em 2011 e deixou mais de 900 mortos ainda são bem nítidas na memória coletiva. Desde então, para evitar que novas catástrofes ocorram, o poder público estadual vem investindo em sistemas de previsão meteorológica e de prevenção a desastres.

Um dos esforços neste sentido foi realizado hoje (29), com o lançamento do Mapa de Ameças Naturais do Estado do Rio de Janeiro, produzido pela Secretaria de Defesa Civil do estado. Os 92 municípios fluminenses terão que desenvolver, até o fim do ano, 460 planos de contingência, cada um referente a uma ameaça em potencial, incluindo riscos de deslizamentos, alagamentos, inundações, enxurradas e incêndios florestais.

De acordo com o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, comandante do Corpo de Bombeiros, as mudanças climáticas apontadas por cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) já estão ocorrendo, tornando os fenômenos mais intensos e frequentes, o que demanda maior ação dos agentes públicos.

“Os painéis intergovernamentais nos dão a base científica para entendermos que há um processo de elevação da temperatura no planeta. Como consequência disso, haverá elevação do nível dos mares e as chuvas serão mais intensas e recorrentes. O grande papel da Defesa Civil é, a partir dessa base científica, instalar capacidade tecnológica. O governo do estado tem investindo nisso, com a instalação de radares meteorológicos e a inauguração de um moderno centro de comando e controle”, disse Simões.

Segundo o secretário, as condições do estado para enfrentar as chuvas fortes, características da primavera e do verão, estão melhores neste ano do que no passado: “Hoje o estado do Rio de Janeiro é uma referência em ações de proteção civil para todo o país”. Simões destacou que 16 municípios, incluindo a capital, Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, têm sistemas de sirenes em morros e áreas suscetíveis a inundações e desabamentos. Além disso, existe uma rede de pluviômetros automáticos, que ajudam a monitorar, em tempo real e online, a quantidade de chuva em determinadas áreas.

O secretário ressaltou que o estado do Rio tem o maior número de bombeiros militares de todo o país, com 16 mil profissionais. “Na próxima sexta-feira (1º), estaremos incorporando 700 novos bombeiros, para inaugurarmos, até o final do ano, dez novos quartéis em municípios que ainda não tinham [unidades próprias]”. Os bombeiros têm três helicópteros próprios e mais um, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde, que auxilia nas operações de resgate.

Fonte: Agência Brasil

Ex-delegado diz à CNV que desconhecia Casa da Morte de Petrópolis

29/07/2014 20h54Rio de Janeiro
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV), na tarde de hoje (29), o ex-delegado Mauro Magalhães, que atuava em Petrópolis, em 1971 - época em que vários presos políticos foram mortos no imóvel que ficou conhecido como Casa da Morte, na cidade da região serrana do Rio de Janeiro - disse que não sabia da existência do centro de tortura clandestino.

“Não confirmo nada, nunca ouvi falar, até hoje não sei onde fica. Essa casa existiu antes, durante ou depois da minha estada em Petrópolis?”, questionou. Ao ver uma foto da casa, o ex-delegado também negou que tenha estado no local, no bairro Caxambu.

Magalhães admitiu que o coronel Paulo Malhães, que confessou à CNV ter atuado na Casa da Morte, esteve “quatro ou cinco vezes” na sua delegacia, mas nega ter conhecimento sobre a atuação dele na cidade. “Logicamente, se existia algum esquema do Exército lá, eles não iam me revelar. O Malhães ia com dois sargentos lá [à delegacia], mas não falavam nada sobre isso, não iam me revelar nada nunca”.

Malhães foi morto em um assalto ao sítio dele, no dia 25 de abril, um mês após prestar o depoimento à CNV. De acordo com o membro da CNV José Carlos Dias, vários depoimentos e documentos apontam o delegado Magalhães como tendo relacionamento com os militares envolvidos com a Casa da Morte.

“Não se pode admitir que ele tendo sido delegado de Petrópolis, naquele período em que a Casa da Morte estava fabricando as suas vítimas, que ele não tivesse nenhuma notícia a respeito desses fatos. Ele está sendo desmentido por um número grande de pessoas que mencionam ele e que existia a Casa da Morte. Há vários fatos. Neste momento, nossos assessores estão mostrando documentos a ele, em que ele é desmentido de vários fatos que ele negou”.

Após o depoimento com a presença da imprensa, Magalhães foi conduzido para uma reunião particular com a CNV, onde foram apresentados os documentos que comprovam o envolvimento dele com os militares em Petrópolis, apesar de o delegado não ser apontado como participante do esquema nem acusado de encaminhar presos para o centro de tortura.

Mas Dias lembra que, na época, em Petrópolis, ao menos seis pessoas tiveram como causa da morte atropelamento, mas sem que houvesse inquérito sobre os acidentes. “Isso pode ser uma forma de acobertar as mortes do centro de tortura”, diz o advogado.

Também prestou depoimento o empresário Humberto Costa Pinto, que se apresentou espontaneamente e falou de forma reservada. De acordo com o membro da CNV José Paulo Cavalcante, Costa Pinto apontou corrupção envolvendo órgãos e agentes da repressão que causaram prejuízo à empresa da família dele e também à União.

“É comum a repetição do mito de que os militares não tiveram envolvimento econômico, não quiseram enriquecer, mas o caso de Costa Pinto mostra que houve envolvimento da comunidade de informação e de pessoas que enriqueceram no exercício de atividades econômicas, por causa do poder que vinha da comunidade da informação [Sistema Nacional de Informação-SNI]. Um depoimento ilustrado com documentos, por fatos, os argumentos são irrespondíveis”, segundo Cavalcante.

Costa Pinto relata que a extinta autarquia Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) tinha o monopólio da compra e venda do açúcar no país, e era administrada por civis. Em 1982, o coronel Confúcio Pamplona assume a presidência da empresa e suspende o contrato com a empresa Costa Pinto, vencedora da licitação para fornecer o produto por quatro anos.

“Está comprovado, está numa CPI, num parecer da Procuradoria da República da época. Houve um claro conluio entre os dirigentes do IAA para, ao retirar a nossa capacidade de continuar comercializando, o que era contratualmente assinado conosco, para entregar a essa empresa Mapa. Nós éramos uma empresa muito importante, eu era presidente da associação dos exportadores. A violência foi feita através de uma suposta dívida que jamais existiu, o Banco Comércio e Indústria de São Paulo, que não existe mais, iniciou uma cobrança indevida, em conluio com o IAA, com o fim específico e claro de cancelar o contrato que era de quatro anos. Depois de assinado, a Mapa mostrou que não tinha condições físicas para cumprir os contratos”, argumentou Costa Pinto.

Também estavam previstos para depor hoje, mas não compareceram e apresentaram atestados médicos: José Benedito Montenegro de Magalhães Cordeiro, que falaria sobre os desaparecimentos de Nego Fubá; Pedro Fazendeiro, integrante das ligas camponesas de Sapé (PB); o ex-capitão Ailton Guimarães Jorge, que atuou no Doi-Codi do Rio e na Vila Militar; e o ex-PM Riscala Corbage, que ficou à disposição do Doi-Codi do Rio.

O depoimento do juiz Nelson Machado Guimarães, que atuou na 2ª Auditoria da Justiça Militar Federal de São Paulo, foi remarcado para quinta-feira (31). Pela manhã, três militares foram ao Arquivo Nacional prestar depoimento, mas preferiram ficar calados.

Até sexta-feira (1º) estão previstos 20 depoimentos de agentes ligados à repressão. Está confirmada para amanhã (30) a oitiva do ex-comandante da Base Aérea do Galeão, Jorge José de Carvalho, que será ouvido em casa. Também foram convocados para depor amanhã Cláudio Almeida de Aguiar e Irio de Paula Bastos, ambos vinculado ao Cisa, serviço de inteligência da Aeronáutica.

Foram convocados, mas alegaram questões de saúde para não comparecer, o general Newton Cruz (caso Riocentro) e Ary Casaes Bezerra Cavalcanti, comandante da Base Aérea de Santa Cruz entre 1970 e 1972. Antônio da Motta Paes Júnior, comandante da Base Aérea do Galeão nos anos de 1973 e 1974, está viajando, segundo parentes.

Fonte: Agência Brasil

Mantega descarta vulnerabilidade da economia brasileira

29/07/2014 20h39Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu hoje (29) relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que inclui o Brasil entre as economias emergentes mais vulneráveis a crises externas. Segundo ele, diversos indicadores econômicos do primeiro semestre mostram que os investidores estrangeiros continuam interessados no país, mesmo com a retirada gradual dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano.

O ministro lembrou que os investimentos estrangeiros diretos, que geram empregos no país, continuam acima de US$ 60 bilhões em 12 meses pelo quarto ano seguido. Além disso, ressaltou Mantega, o real valorizou-se 9,4% nos primeiros seis meses do ano, e a Bolsa de Valores de São Paulo subiu 21,25% no mesmo período.

De acordo com o ministro, o relatório foi elaborado por escalões inferiores do FMI e repete os erros de documentos anteriores divulgados por instituições financeiras e organismos internacionais que apontaram uma “tempestade perfeita” para a economia brasileira neste ano e incluíram o Brasil entre os cinco países emergentes mais frágeis. “A tempestade não veio e o cenário apontado por esses relatórios não se concretizou”, disse.

O ministro destacou que o país tem o quinto maior volume de reservas internacionais do mundo, em torno de US$ 380 bilhões. O montante é superior ao da dívida externa pública e privada, de US$ 330 bilhões, e suficiente para financiar o país por longo tempo em caso de escassez de capital externo.

“Da dívida externa total, somente 7,6% vencem no curto prazo, o menor nível entre os países emergentes. No caso de uma interrupção do fluxo de capitais, daria para o Brasil se financiar por longo tempo”, ressaltou.

Tradicionalmente, o maior indicador de vulnerabilidade externa de uma economia é o déficit em transações correntes – soma dos saldos da balança comercial (diferença entre exportações e importações) e das contas de serviços, de renda e das transferências unilaterais (doações de emigrantes e de organizações estrangeiras). Caso um país registre resultado negativo nessa conta, fica dependente do capital especulativo internacional, dos empréstimos externos e dos investimentos estrangeiros diretos para fechar o balanço de pagamentos.

De acordo com o Banco Central, o déficit em transações correntes do Brasil acumulou em torno de US$ 86 bilhões, 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), nos 12 meses terminados em junho. Apesar de o resultado ser o pior desde 2001, o ministro diz que o problema é temporário e que o déficit deve diminuir nos próximos meses.

“No ano passado, o déficit em transações correntes subiu por causa da conta petróleo [importações de petróleo maiores que as exportações], que retirou US$ 17 bilhões do saldo da balança comercial. Com o aumento da produção da Petrobras, previsto para 8% neste ano, o quadro está se revertendo. Os analistas já tinham percebido isso”, declarou. O ministro, no entanto, não estipulou uma previsão de déficit em transações correntes para 2014.


Fonte: Agência Brasil

País tem 18,8 milhões de assinantes de canais de TV paga

29/07/2014 20h32
São Paulo
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade
O Brasil fechou o mês de maio com 18,8 milhões de assinantes de canais de televisão paga, segundo dados apresentados hoje (29) pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). Com relação a maio do ano passado, houve aumento de 10,8% no número de assinantes.

Os dados mostram que a receita bruta de televisão por assinatura, incluindo mensalidade, banda larga e publicidade, chegou a R$ 7,5 bilhões no primeiro trimestre do ano, um aumento de 15,4% ante o mesmo período do ano passado.

Segundo o presidente da ABTA, Oscar Vicente Simões de Oliveira, um dos problemas enfrentados pelo setor atualmente é o roubo de sinal de TV, prática que, de acordo com ele, teve um aumento substancial no país.

“Essa prática cria uma evasão de receita para as empresas, danifica a qualidade para quem paga, cria evasão fiscal e alimenta o crime organizado. A ideia romântica do gatonet, do sujeito que puxava um fio para roubar o sinal da TV a cabo, já passou. Agora isso envolve uma complexidade imensa que envole quadrilhas internacionais, com uma sofisticação impressionante”, ressaltou Oliveira.

A associação divulgará dados sobre o assunto durante um painel do Congresso ABTA que começa na semana que vem na capital paulista.  “Esses números são robustos e importantes. A preocupação é que isso inibe o crescimento, prejudica quem paga, estimula o crime organizado, atrapalha a sociedade inteira. Não é só a empresa que perde”, avaliou o presidente, ao defender ações em várias frentes para combater o problema, como aprimoramento tecnológico, mudanças na legislação e maior atuação do Estado.

Fonte: Agência Brasil

Vargas só pode depor no Conselho de Ética após defesa escrita, decide STF

29/07/2014 20h22Brasilia
André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu hoje (29) que o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados só pode tomar o depoimento presencial do deputado André Vargas (sem partido-PR) após o dia 1º de agosto, data estipulada pelo presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), para que a defesa do parlamentar entregue defesa escrita. Vargas e duas testemunhas de defesa eram esperadas na sessão de hoje, mas não compareceram.

“Para evitar novas ilegalidades, e com o escopo de preservar a higidez do procedimento aqui impugnado, defiro em parte o pedido, apenas para que seja respeitado o prazo de cinco dias úteis, estipulado pelo presidente do Conselho de Ética, objetivando a apresentação da defesa escrita, sob pena de nulidade dos atos subsequentes”, decidiu o ministro.

Na sexta-feira (29), Lewandowski rejeitou pedido da defesa de Vargas para anular o processo disciplinar a que ele responde no conselho. No entanto, o ministro determinou que os advogados tenham acesso a todo o conteúdo do processo disciplinar.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 29 de julho de 2014

Operação da PM em Duque de Caxias deixa quatro mortos

29/07/2014 18h43
Rio de Janeiro
Edição: Juliana Andrade
Uma operação da Polícia Militar (PM) na comunidade Jardim Ana Clara, em Imbariê, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, terminou com a morte de quatro pessoas, após um confronto entre policiais e criminosos. Homens do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Caxias, estão reforçando a segurança no local por tempo indeterminado, segundo a PM.

A ação dos militares tinha como objetivo a retirada de barricadas colocadas por traficantes, para impedir o acesso à comunidade. Durante a operação, quatro pistolas foram apreendidas, além de uma quantidade de drogas ainda não contabilizada.

Desde sábado (26), a comunidade Santa Lúcia, em Parada Angélica, outro distrito de Duque de Caxias, também está ocupada por policiais do 15º BPM. De acordo com a PM, o batalhão recebeu denúncias de que no interior da favela havia pessoas mortas. Militares foram até o local checar a informação, mas não encontraram nada. Moradores também informaram à PM que bandidos armados estão circulando pelas ruas da comunidade.

Na operação em Santa Lúcia no último sábado, dois homens foram detidos e um adolescente apreendido. Sete motos, 1.690 pacotinhos de cocaína e uma pistola também foram apreendidos e um carro roubado foi recuperado.

Fonte: Agência Brasil

Obama anuncia novas sanções à Rússia

29/07/2014 18h32Brasília
Da Agência Lusa
O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou hoje (29) que os Estados Unidos vão impor novas sanções à Rússia nos setores de energia, finanças e de armamento por instigar a violência separatista no Leste da Ucrânia.

“Hoje, estendendo o âmbito das medidas que anunciamos há duas semanas, os Estados Unidos impõem novas sanções em setores fundamentais para a economia da Rússia: energia, armamento e finanças”, indicou o chefe de Estado norte-americano.

“Vamos bloquear as exportações de bens e tecnologias específicos ao setor da energia russo e vamos alargar as nossas sanções a mais bancos russos e empresas da área da defesa”, completou. Além disso, acrescentou, que irá suspender formalmente créditos e financiamentos para projetos de desenvolvimento econômico na Rússia.

Obama negou que o Ocidente esteja sendo levado a “uma nova Guerra Fria” com o seu ex-adversário soviético, mas advertiu que os Estados Unidos e a Europa estão perdendo a paciência com o governo do presidente russo, Vladimir Putin. Ele disse ainda que as sanções anunciadas hoje continuarão a aumentar a pressão sobre a Rússia, “incluindo os amigos e as empresas que apoiam as atividades ilegais da Rússia na Ucrânia”.

A nova decisão de Washington ocorre um dia depois da conversa que o presidente norte-americano manteve com a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente francês, François Hollande; e os primeiros-ministros britânico, David Cameron; e italiano, Matteo Renzi, para coordenar com eles a possibilidade de decretar novas sanções setoriais à Rússia.

Segundo os Estados Unidos, a Rússia aumentou a presença militar na fronteira com a Ucrânia e continua a fornecer armamento pesado aos rebeldes separatistas pró-russos.

Fonte: Agência Brasil

Consumo de gás natural cresce 9,3% no primeiro semestre do ano, diz setor

Economia

29/07/2014 18h25
Rio de Janeiro
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel
O consumo de gás natural no país cresceu 9,3% no primeiro semestre deste ano em comparação com o período janeiro a junho do ano passado. Foram consumidos 77,3 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia), segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

De acordo com a Abegás, o aumento nas vendas foi impulsionado pela demanda maior nos meses de março e abril pelos  setores de cogeração a gás e geração termelétrica. Em ambos os casos, houve necessidade de geração térmica a partir do gás natural para suprir a baixa capacidade dos reservatórios do país, principalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

O setor de cogeração a gás cresceu 3,3% nos primeiros seis meses, enquanto o de geração termelétrica o crescimento foi 10,3%. “O setor de cogeração vem ganhando força desde maio por conta da maior competitividade sobre outros insumos energéticos e da alta do preço da energia elétrica”, avaliou a Abegás.

O consumo residencial cresceu 20,7% em junho em relação ao mês anterior, no segmento comercial, subiu 8,1%.

O consumo no setor automotivo voltou a cair em junho, com baixa de 4,7%. Na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, a queda foi 2,8%. As indústrias aumentaram o consumo em 1,9% no comparativo com o primeiro semestre de 2013, mas fecharam o mês de junho com queda de 4,1% em relação ao mês anterior.

Para o presidente-executivo da Abegás, Augusto Salomon, apesar de o resultado do primeiro semestre ter sido positivo, a perda de competitividade das indústrias que fazem uso intensivo do gás natural deverá provocar queda maior no consumo do produto.

Na avaliação de Salomon, o reajuste de 1,57%, em média, no preço do gás natural a partir de 1º de agosto, também impactará na competitividade e produção da indústria. “Os combustíveis substitutos do gás natural vêm sendo subsidiados e tendo até preços congelados, o que cria uma distorção imediata na produção industrial. Não queremos subsídios, e sim, preços igualitários”, destaca.

A região Sudeste concentra o maior consumo de gás natural do país, com volume médio diário de 48,5 milhões de m³. Em seguida, vem o Nordeste, com 15,5 milhões de m³/dia.
Fonte: Agência Brasil

Samu terá medicamento que pode reduzir em 17% mortes por infarto

29/07/2014 18h10
Brasília
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco


As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) passarão a contar com medicamentos trombolíticos, que podem diminuir em até 17% o número de mortes por infarto agudo do miocárdio. A portaria que incorpora o tenecteplase deverá ser publicada nos próximos dias.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anuncia a introdução de uma nova vacina no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS)(Antonio Cruz/Agência Brasil)Chioro: doenças do sistema circulatório são as que mais matam no país Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da saúde, Arthur Chioro, que assinou ontem (28) a nova norma, ressaltou que as doenças do sistema circulatório são as que mais matam no Brasil. Segundo o coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin Passos, o tenecteplase é um medicamento aplicado de forma muito simples. Mesmo assim, as equipes serão treinadas.

“O infarto é a obstrução, o entupimento da artéria coronária, a artéria do coração. A partir do momento em que a artéria entope, o músculo do coração para de funcionar, o coração para de funcionar e a pessoa pode ter uma parada cardíaca. Com esse medicamento, o trombo se dissolve na hora, e o coração volta a ter circulação e não há parada cardíaca”, explicou Fogolin.

Segundo Fogolin coordenador, se o sistema de atendimento levar menos de uma hora para desobstruir a artéria do paciente, há 15% de risco de morte. Caso a desobstrução ocorra em até duas horas, o risco de morte pode dobrar. Fogolin citou estudos segundo os quais cidades que usam esse medicamento no sistema móvel de atendimento podem reduzir em até 17% o número de mortes por infarto.

Quando o paciente escapa da morte depois de um infarto, ele ainda pode ficar com sequelas, como insuficiência cardíaca, devido à perda de um músculo cardíaco, situação que o trombolítico também pode evitar. "Ter esse medicamento faz a diferença entre a vida e a morte e o prognóstico do paciente que tem o infarto, porque aquele que não não vai a óbito tem depois uma melhoria de qualidade de vida muito grande. Fica com menos sequelas, menos complicações", frisou o ministro.

Todas as ambulâncias do Samu que tenham médicos, e até mesmo embarcações e o atendimento aéreo da rede pública de municípios que aderirem ao sistema receberão verba para comprar o medicamento. Algumas prefeituras já usam o tenecteplase, mas, com a publicação da norma no Diário Oficial, o Ministério da Saúde é que vai financiar o uso para as secretarias de Saúde que aderirem.

De acordo com Fogolin, as equipes do Samu passarão por treinamento para uso do medicamento. A partir da publicação da portaria, que pode acontecer ainda esta semana, as prefeituras já poderão aderir e receber a verba para a compra do trombolítico.

Em 2012, foram registradas 84.157 mortes por infarto agudo do miocárdio. O Ministério da Saúde espera que, com o medicamento, o Samu possa salvar até 8.368 pessoas por ano.

O custo do medicamento para todo o Brasil está estimado em R$ 8,5 milhões.

Fonte: Agência Brasil
MTST protesta no centro de SP contra ação de reintegração de posse
29/07/2014 17h58São Paulo
Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço
Manifestantes sem-teto estão protestando no centro da capital paulista contra a ação de despejo da ocupação Portal do Povo, no Morumbi, que ocorreu na manhã de ontem (28). Segundo o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o ato é uma “resposta ao rompimento do acordo feito entre a ocupação e o comando da Polícia Militar”, em que havia sido acertado que a desocupação do terreno ocorreria de forma pacífica.

O ato teve início por volta das 15h na frente do Theatro Municipal e em seguida, se dirigiram até a sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O objetivo, dizem os manifestantes, é protocolar um documento na sede da secretaria para solicitar informações e explicações sobre o rompimento do acordo. A estimativa dos manifestantes é que 3 mil pessoas participam do ato, mas a Polícia Militar diz que são 600.

“Lamentavelmente fomos surpreendidos com a chegada da Polícia Militar entrando no terreno e dando ordens para que todos saíssem”, informou o movimento, em nota.

O terreno, pertencente à construtora Even, era ocupado pelos sem-teto desde o dia 20 de junho. Em julho, a construtora conseguiu na Justiça a reintegração de posse. O MTST afirma, no entanto, que havia negociado com a polícia para que a retirada das pessoas ocorresse apenas amanhã (30), para dar tempo de cadastrar as famílias nos programas de habitação do estado.

“No dia 17 de julho, o MTST assinou um acordo com o comando da Polícia Militar, no qual pedia 15 dias de prazo para o despejo das famílias da ocupação Portal do Povo. O prazo expiraria nesta quarta-feira, dia 30. No entanto, fomos surpreendidos com a chegada da Polícia Militar no terreno com ordens expressas do próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB), para efetuarem a remoção das famílias”, de acordo com o texto.

Também por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública informou ontem (28) que a ação de reintegração de posse poderia ser cumprida até o dia 31. "Há uma determinação judicial para que a área localizada na Rua Doutor Luiz Migliano fosse desocupada em meados de julho. No dia 17, a pedido dos moradores e da própria Polícia Militar, a Justiça alongou o prazo até o dia 31". A nota acrescenta que operação era de conhecimento da Justiça, que enviou representantes para uma reunião preparatória, ocorrida na sexta-feira (25), da qual participou também a prefeitura.

Fonte: Agência Brasil

Cristina agradece solidariedade do Mercosul contra "agressão dos fundos abutres"

29/07/2014 17h39Brasília
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil* Edição: Luana Lourenço
A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, agradeceu “profundamente” a todos os presidentes do Mercosul pela solidariedade com seu país em relação “à agressão dos fundos abutres”, que venceram uma ação na Justiça dos Estados Unidos contra o governo argentino. Segundo a presidenta, a Argentina vem pagando “religiosamente” todos os vencimentos da dívida externa, sem precisar contrair mais empréstimos.

Em discurso durante a 46ª Cúpula do Mercosul, em Caracas, Cristina disse que interesses estrangeiros e locais “pretendem assustar” os argentinos dizendo que sofrerão graves consequências se não fizerem o que pedem os fundos abutres. Segundo ela, no entanto, seu país padeceu dessa situação em 2001, quando cumpria com esses ditados.

“Os fundos estão imobilizados sem que ninguém decida sobre eles e possam chegar a seus legítimos donos”, disse a presidenta, referindo-se aos recursos destinados ao pagamento de títulos da dívida reestruturada e que foram bloqueados por decisão do juiz Thomas Griesa, do Tribunal de Nova York, a pedido dos representantes dos fundos abutres.

Cristina disse que não está pedindo “um presente”, já que a proposta colocada na mesa pelo governo argentino oferece uma taxa de retorno de 300% aos credores de 7,6% da dívida que não aceitaram as reestruturações em 2005 e 2010. Ela também cobrou a revisão das regras dos organismos multilaterais de crédito.

A presidenta Dilma Rousseff apoiou a colega argentina e disse que o problema que atinge o país vizinho ameaça todo o sistema financeiro internacional. “Não podemos deixar que a ação de poucos especuladores coloque em a risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros”, disse, cobrando também “regras claras que permitam foros imparciais, previsibilidade e, portanto, justiça no processo de restruturação de dívidas soberanas”.

O litígio do governo argentino com os fundos abutres coloca a Argentina sob risco de decretar a segunda moratória da dívida externa em 13 anos, o que pioraria ainda mais a crise econômica no país e teria impactos negativos, também, nos países do bloco. Para que isso não aconteça, um acordo entre as duas partes precisa acontecer até amanhã (30), para que os recursos bloqueados sejam liberados e os credores que aceitaram reestruturar a dívida recebam, sem a decretação do calote.

*Com informações da agência Telam

Fonte: Agência Brasil

Dilma reafirma condenação a uso desproporcional da força por Israel em Gaza

29/07/2014 17h30Brasília
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
Ao discursar hoje (29), em Caracas, durante a 46ª Cúpula dos Presidentes do Mercosul, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o fortalecimento dos mercados internos dos países integrantes do bloco, manifestou solidariedade à Argentina, que enfrenta uma crise relacionada à dívida externa, e defendeu o cessar-fogo imediato entre Israel e Palestina. Dilma ainda condenou o uso desproporcional da força por Israel.

“Os desafios que o Mercosul tem pela frente decorrem de um processo de integração como é o nosso, com um quadro internacional com algumas instabilidades visíveis. Daí porque é importante fortalecer nossos mercados internos, mercados internos que foram ampliados de forma significativa pelas políticas de inclusão social e distribuição de renda que foram uma das marcas e motores do nosso desenvolvimento”, disse Dilma.

Sobre a construção de uma acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, a presidenta informou que o assunto foi discutido entre os representantes do bloco sul-americano e que é preciso um intercâmbio equilibrado para que o acordo prospere. “No caso da negociação do acordo de associação entre o Mercosul e a União Europeia, nosso bloco já concluiu oferta compatível com os compromissos assumidos nas negociações de 2010. Esperamos agora que o lado europeu consolide a sua oferta. Essa negociação só poderá prosperar com um intercâmbio simultâneo de ofertas.”

A presidenta manifestou solidariedade à Argentina, que enfrenta um desafio no processo de reestruturação da sua dívida soberana. Segundo Dilma, o processo atinge todo o sistema financeiro internacional.

“O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça, não só para um país irmão, mas atinge todo o sistema financeiro internacional. Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros. Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, previsibilidade e, portanto, justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas”, afirmou.

No discurso, a presidenta condenou a escalada da violência no conflito entre Israel e Palestina e defendeu um cessar-fogo imediato e permanente.

“Não podemos aceitar impassíveis a escalada da violência entre Israel e Palestina”, afirmou Dilma, lembrando que, desde o princípio, o Brasil condenou o lançamento de foguetes e morteiros contra Israel e reconheceu o direito israelense de se defender. Ela ressaltou, porém, que é preciso destacar a veemente condenação brasileira ao uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza. “O governo brasileiro reitera seu um chamado a um cessar-fogo imediato, abrangente e permanente entre as partes”, completou.

Dilma considerou positivo o retorno pleno do Paraguai ao Mercosul e destacou a importância de avançar no livre comércio entre os países do bloco. A presidenta enfatizou ainda a importância de valorizar as relações do Mercosul com os países do Caribe e da América Central.

Os cinco presidentes dos países-membros do Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela – reuniram-se nesta terça-feira, pela primeira vez no âmbito da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, em Caracas. No último encontro, em julho do ano passado, o Paraguai estava suspenso e, no anterior, a Venezuela ainda não havia ingressado no bloco.

Fonte: Agência Brasil

SUS vai vacinar crianças contra hepatite A

29/07/2014 17h23
Brasília
Da Agência Brasil Edição: Luana Lourenço


O Ministério da Saúde anunciou hoje (29) a inclusão da vacina contra o vírus da hepatite A no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde, a partir deste mês.

O público-alvo, de acordo com o ministro Arthur Chioro, são crianças de 1 ano até 1 ano e 11 meses. A meta é imunizar 95% deste público em um ano, cerca de 3 milhões de crianças. Com a inclusão da vacina, o objetivo é prevenir e controlar a hepatite A gradativamente.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anuncia a introdução de uma nova vacina no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS)(Antonio Cruz/Agência Brasil)O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anuncia a introdução da vacina contra hepatite A no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministério investiu R$ 111 milhões na compra de 5,6 milhões de doses neste ano. Para o início da vacinação, já foram distribuídas 1,2 milhão de doses para os estados e municípios. O restante será distribuído gradualmente entre os meses de agosto e setembro.

Este mês, a vacina contra a hepatite A já está disponível nas unidades de saúde de 11 estados – Acre, Rondônia, Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal, segundo o ministério.
Vacinação contra sarampoO Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vaicna contra a hepatite A no calendário de vacinação para crianças de 1 ano até 1 ano e 11 mesesValter Campanato/Arquivo/Agência Brasil


No mês de agosto, a vacina chegará ao Amazonas, Amapá, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Pará, a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Santa Catarina, à Bahia e Paraíba. Já nos estados de Roraima, São Paulo e do Paraná, a imunização ocorrerá no mês de setembro.

Chioro disse que crianças que estiverem fora do público-alvo não serão vacinadas.

"A escolha da faixa etária é feita em cima de estudos técnicos exatamente por conta do período em que a criança terá capacidade de resposta imunológica pra se proteger contra a vacina. A partir de uma certa idade já é muito provável que a criança tenha entrado em contato com o vírus, então a recomendação do comitê técnico da Organização Mundial da Saúde [OMS] foi a introdução da 

vacina exatamente nesta faixa etária", disse Chioro.

A hepatite A é uma doença que atinge o fígado. De acordo com a OMS, a cada ano, ocorrem cerca de 1,4 milhão de casos no mundo.

De acordo com o Ministério da Saúde, 151.436 casos da doença foram registrados no Brasil entre os anos de 1999 e 2013. No período entre 1999 e 2012, 761 pessoas morreram por causa da doença.

Fonte: Agência Brasil

Mercosul exige cessar-fogo na Faixa de Gaza

29/07/2014 17h13Caracas
Da Agência Brasil* Edição: Nádia Franco
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou que os presidentes dos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) propuseram hoje (29), em reunião privada durante a 46ª cúpula do bloco, a divulgação de um comunicado expressando posição contra os ataques de Israel à população palestina e exigindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Maduro destacou que há um profundo sentimento de solidariedade com o povo palestino e que há consenso quanto à necessidade de um cessar-fogo imediato na região e de retomada das conversações de paz.

O presidente venezuelano fez as declarações antes de começaram as deliberações públicas da Cúpula do Mercosul, aberta nesta terça-feira na Casa Amarela, sede da Chancelaria venezuelana.

Além de Maduro, participam do encontro de Caracas os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner,  do Brasil; Dilma Rousseff, do Uruguai; José Mujica, do Paraguai; Horacio Cartes, e da Bolivia, Evo Morales.

Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, o objetivo da ofensiva israelense, que teve início há cerca de 20 dias, é destruir os túneis da froneira supostamente usados pelo movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Até agora, o número de mortos no conflito passa de 1.000, entre os quais há crianças e civis.

*Com informações da Agência Venezuelana de Notícias

Fonte: Agência Brasil