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11 DE junho, DIA DA BATALHA NAVAL DE RIACHUELO

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Após classificar 5 atletas na Paralimpíada, associação prepara torcida por eles

31/08/2016 16h04
Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil

A delegação recorde do Brasil na Paralimpíada do Rio de Janeiro, com 285 atletas, tem cinco que se prepararam na Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef), que agora se organiza para torcer por eles nas arquibancadas. Segundo a presidenta de honra e fundadora da Andef, Tânia Rodrigues, o clima na instituição é de grande animação, e a entidade está buscando o envolvimento da comunidade.

"Estamos procurando motivar os moradores de Niterói e São Gonçalo, as escolas, para que não percam esse grande aprendizado", diz a fundadora da entidade, que completa 35 anos em 2016. Para Tânia, o brasileiro tem muito a aprender sobre a pessoa com deficiência. "Nosso país tem um olhar de que são pessoas menos aptas, coitadinhos, que não podem fazer nada e precisam de ajuda. A população poderá ver a potencialidade dessas pessoas, apesar das limitações, às vezes, muito severas."

Com esse aprendizado, Tânia diz esperar que o mercado privado se interesse mais pelo esporte paralímpico. Para Tânia, atualmente, essa distância das empresas é um dos maiores problemas enfrentados pelos atletas e técnicos. "Antigamente, nosso inimigo número 1 eram os arquitetos; hoje, são os marqueteiros. Eles não conseguem ver a nossa potencialidade. Tivemos exemplos de grandes empresas que não quiseram associar seu nome a pessoas com deficiência. Isso é triste."

O Instituto Masan, patrocinador da entidade, vai distribuir 10 mil ingressos para parceiros e escolas estaduais e organizar caravanas para que alunos da Andef assistam a seus colegas nas arenas. A instituição estará representada na Paralimpíada por Lucas Araújo, da bocha; Fábio Bordingon, do atletismo; Zeca Monteiro e Wanderson de Oliveira, do futebol de sete; e Edênia Garcia, da natação.

Outros atletas de alto rendimento da entidade chegaram a disputar vagas, mas não se classificaram. Foi o caso de Yagonny Reis, de 24 anos, que é recordista mundial dos 800 metros (m), mas enfrentou dificuldades na preparação depois que a prova foi retirada no calendário paralímpico. Ele tentou vagas na provas de 400 metros e de 1,5 mil metros, mas a exigência muscular da primeira prova acabou gerando lesões que levaram a três cirurgias, o que prejudicou seu ciclo.

"Não tenho como medir a importância de o público apoiar os Jogos Paralímpicos. Temos o que mostrar, o nosso trabalho também é muito bonito. Não por sermos portadores de necessidade que fazem esporte, mas por praticarmos esporte", enfatizou.

O atleta disse que não via grande expectativa da população para os Jogos até pouco tempo atrás, mas, nas últimas semanas, o assunto foi ganhando mais evidência. Para Yagonny, ver os Jogos da arquibancada será uma motivação, e não uma frustração. "A vontade de estar lá é muito grande, com certeza, mas poder estar lá dá vontade de querer algo mais. Depois, também quero ter essa experiência."

Jorge Veiga, de 28 anos, que treina na Andef, já conquistou recordes no salto triplo, prova que também não faz parte do calendário paralímpico. No salto em altura, ele chegou a atingir índice olímpico, mas sua posição no ranking nacional o deixou de fora dos Jogos.

O atleta conta que tem feito propaganda da Paralimpíada onde trabalha, para que os colegas comprem ingressos. "Não vou ficar triste porque não fui [competir]. Tive meu resultado, e vou lá, firme e forte, torcer por eles".

Jorge contou que ficou arrepiado em muitos momentos dos Jogos Olímpicos, quando viu a torcida apoiando os atletas e a entrega de medalhas no pódio. "Imagine o atleta paralímpico lá, e o estádio lotado. Vai ser muito emocionante."
Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Maia: desmembramento de votação do impeachment pode mudar rito contra Cunha

31/08/2016 16h37
Brasília
Karine Melo e Carolina Gonçalves – Repórteres da Agência Brasil

Permissão para votar separadamente destaque sobre direitos políticos de Dilma pode abrir precedente e mudar o rito do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha, diz Maia
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje (31) que a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de permitir votar separadamente um destaque que resultou na manutenção dos direitos politicos de Dilma Rousseff, pode abrir um precedente e mudar o rito do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Câmara.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, coordenou o julgamento no qual o Senado aprovou, nesta quarta-feira, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mas manteve seus direitos políticos.

“A decisão do ministro Lewandowski abriu precedente para que se vote uma proposição, um projeto de resolução." De acordo com Maia, a decisão do ministro, que teve como base o Regimento da Câmara dos Deputados, abre caminho para que, em vez do parecer do Conselho de Ética, seja posto em votação um projeto que pode sofrer alterações no plenário.

Polêmica

Com isso, seria retomada a discussão suscitada por aliados de Cunha em meio à tramitação de um processo contra o parlamentar, que é considerado o mais longo na Casa, o que foi apontado como mais uma estratégia para protelar o resultado. Consultada por aliados do peemedebista, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara havia definido que o que vai a voto é o parecer do Conselho de Ética, e não um projeto.

Maia assegurou que a decisão é polêmica e que, por isso, não pode ficar apenas nas mãos do presidente da Casa. Ele afirmou que a definição será coletiva, mas não antecipou de que forma a questão será submetida aos demais parlamentares. “Não estou dizendo que vai, mas temos que avaliar com cuidado”, disse.

Presidência da República

Segundo na linha de sucessão, Rodrigo Maia ficará no exercício da Presidência da República a partir de hoje (31) por causa da viagem de Michel Temer à China, para participar da reunião do G20 (grupo das 20 maiores economias mundiais). Perguntado sobre como pretende se comportar no cargo, Maia disse se espelhará em Marco Maciel, que ficou conhecido pela postura comedida quando foi vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso. “Vou presidir de forma interina, com muita discrição”, afirmou.

Ao comentar o resultado do julgamento do impeachment hoje no Senado, Rodrigo Maia disse que a base de Temer saiu “muito fortalecida” e vai colaborar para a aprovação dos projetos do governo para “reorganizar e colocar o Brasil de volta ao rumo do crescimento”. Maia ressaltou que o pacote de medidas de Temer não trará prejuízos a qualquer cidadão. “Agora vamos votar matérias importantes para reorganizar o Estado brasileiro, sem que isso signifique tirar nada de ninguém.”
Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Dilma perde salário, mantém 8 servidores e terá de deixar Alvorada em 30 dias

31/08/2016 16h39
Brasília
Ivan Richard e Iolando Lourenço - Repórteres da Agência Brasil


Concluído o processo de impeachment pelo Senado Federal e a decretação da perda do mandato, a presidenta cassada Dilma Rousseff terá até 30 dias para deixar o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

Como ex-presidenta, Dilma não receberá salário, mas terá direito a oito servidores, sendo dois assessores, quatro seguranças e dois motoristas além de dois carros.

Todas as despesas relacionadas à gestão dos servidores e dos dois veículos serão custeadas pela Casa Civil, com recursos do Tesourou Nacional.

Atualmente, têm direitos aos mesmos benefícios concedidos à Dilma os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardozo e Luiz Inácio Lula da Silva.

Até então único presidente cassado depois da redemocratização, Collor não teve direito a assessores, seguranças e veículos porque respondia a processo penal no Supremo Tribunal Federal. Após ser absolvido, no entanto, Collor requereu e passou a ter direito aos benefícios. 

Até a Constituição de 1998, os ex-presidentes tinham direito a aposentadoria vitalícia, conforme lei aprovada durante o regime militar. O benefício foi revogado pela Constituição de 1988.
Edição: Armando Cardoso

Fonte: Agência Brasil

Mais de 4,5 mil itens do patrimônio da União estão desaparecidos, diz TCU

31/08/2016 16h51
Brasília
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) quer saber onde foram parar 4.564 itens do patrimônio da União que estão registrados como extraviados nos sistemas da Presidência da República. Entre os itens desaparecidos, estão travessas, aparelhos de som, vasos decorativos e até um faqueiro de prata que foi presente da rainha Elizabeth II, da Inglaterra.

Para o relator da matéria, ministro Walton Alencar Rodrigues, o desaparecimento dos itens mostra um sistemático desvio do patrimônio público e o retrato da incapacidade de apuração dos fatos. “É como se, a cada dia, no período de 2010 a 2016, incluídos sábados, domingos e feriados, mais de dois itens do patrimônio nacional desaparecessem de dentro da Presidência da República, apesar da fiscalização exercida por inúmeros agentes de segurança”, disse Rodrigues.

No mesmo processo, o TCU questiona a destinação de 1.073 presentes recebidos pela Presidência da República entre 2003 e 2016. Segundo o relatório, 361 desses presentes foram classificados como pessoais ou consumíveis, como, por exemplo, medalhas, bebidas ou alimentos. Quinze itens considerados de natureza pública foram incorporados ao patrimônio da Presidência da República.

Na opinião de Rodrigues, a incorporação dos presentes é resultado de uma interpretação equivocada de um decreto, o que “hostiliza os princípios da legalidade e moralidade administrativa”. “Os presentes são recebidos pelos presidentes brasileiros em razão da natureza pública e representativa do cargo que ocupam, e não como mecanismo de obtenção de receita ou acumulação de patrimônio”, explicou.

O TCU deu 120 dias para que seja identificada a localização de 568 bens recebidos na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que sejam incorporados ao acervo público 144 bens recebidos pela presidenta Dilma Rousseff, cujo processo de impeachment foi aprovado nesta quarta-feira pelo Senado. Também foi determinado que as pessoas físicas ou jurídicas que estiverem com os acervos presidenciais não poderão vender ou doar os objetos.

Os ministros do Tribunal de Contas da União também recomendaram à Casa Civil que faça estudos para aperfeiçoar a legislação que regulamenta os acervos dos presidentes da República, para deixar claro os motivos e as excepcionais ocasiões em que os itens recebidos podem ser de propriedade do presidente, permanecendo os demais como bens públicos.

Texto ampliado às 16h58
Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Temer é notificado de decisão do Senado sobre impeachment de Dilma

31/08/2016 15h50
Brasília
Paulo Victor Chagas e Pedro Peduzzi - Repórteres da Agência Brasil




O presidente Michel Temer foi notificado há pouco da decisão do Senado Federal de afastar definitivamente Dilma Rousseff da Presidência da República.

O documento que oficializa o resultado da votação foi entregue a Temer às 15h30 pelo primeiro secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO). Temer será empossado daqui a pouco, às 16h, em sessão solene do Congresso Nacional. Do Palácio do Planalto, onde ele está reunido com ministros e assessores próximos, partirão cinco vans e carros oficiais em um comboio rumo ao Senado.

Além de ministros de Estado, foram convidados para acompanhá-lo os comandantes das três Forças Armadas. Ao chegar no Congresso, Temer será recebido por parlamentares que são líderes do governo como a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ele se encaminhará ao gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros, de onde vai aguardar ser chamado para fazer um juramento de defender e cumprir a Constituição.

Depois, participará de uma reunião com alguns de seus ministros, a fim de definir as prioridades de governo enquanto estiver na China, onde participará da reunião da Cúpula de Líderes do G-20, dias 4 e 5 de setembro.

Antes de iniciar a viagem, Michel Temer repassará, em caráter interino, o comando do país ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). De acordo com o Planalto, a cerimônia será rápida, protocolar e fechada à imprensa, na Base Aérea de Brasília.
Edição: Carolina Pimentel

Fonte: Agência Brasil

Defesa de Dilma vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal

31/08/2016 15h34
Brasília
Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil

A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff informou hoje (31) que ingressará com, pelo menos, duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o processo de impeachment, concluído hoje pelo Senado.

Segundo o advogado de defesa de Dilma, ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, não há justa causa para o impeachment e houve cerceamento de defesa em várias fases do processo.

“Entraremos, em princípio, com duas ações, uma ainda hoje e outra dentro de alguns dias. Vamos discutir irregularidades formais do processo, cerceamento ao direito de defesa, pelo fato de senadores terem julgado o processo antes da defesa poder se expressar”, explicou Cardozo.

De acordo com ele, durante a comissão especial, por exemplo, vários senadores alegavam que a defesa poderia “fazer o que quisesse” que o resultado já estava definido. “Isso é uma ofensa substantiva ao devir do processo legal”.

Riscos

O defensor da presidenta cassada acrescentou ainda que não há motivo legal para o impeachment. “Vamos questionar também a falta de justa causa para o processo, falta de motivo. Sei que existem juízes que partem de uma visão mais tradicional de que não se pode rever um processo de impeachment, uma visão, a meu ver, antiga. Temos uma visão mais moderna”, pontuou.

Para Cardozo, a ideia de que o impeachment não pode ser questionado coloca em risco, inclusive, ministros de STF e o procurador-geral da República. “Se não pudermos rever oimpeachment, amanhã ou depois ministros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República poderão ser afastados sem pressuposto legais. Não é o mérito político da questão que vamos questionar, vamos questionar a falta de pressupostos jurídicos estabelecidos na Constituição”.

Para o ex-ministro da Justiça, hoje representa um “dia triste para a democracia”. “É um dia triste para a democracia brasileira em que uma presidenta legitimamente eleita foi afastada de um cargo sem nenhum fundamento e nenhum pressuposto constitucional, inclusive com falta de pressupostos do devido processo legal”.
Edição: Denise Griesinger

Fonte: Agência Brasil

PSDB e DEM se queixam de PMDB colaborar para Dilma não perder direitos políticos

31/08/2016 15h24
Brasília
Mariana Jungmann e Ivan Richard – Repórteres da Agência Brasil

Senadores opositores à ex-presidenta Dilma Rousseff lamentaram a absolvição dela da perda dos direitos políticos por oito anos e culparam o PMDB pela aprovação do destaque apresentado por senadores petistas referente a esse quesito. Para tucanos e democratas, a bancada do PMDB fechou um acordo com o PT para salvar a ex-presidenta neste aspecto.

“É um acordo que está preocupando a todos nós, que é um acordo feito entre a bancada do PMDB e a bancada do PT. Isto realmente é algo que nos surpreendeu, nós não esperávamos, de maneira nenhuma, ver o apoio do PMDB a esta reivindicação do PT”, afirmou o líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO).

Para ele, o posicionamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que declarou apoio ao destaque que rejeitava a pena de perda dos direitos políticos, foi a prova de que um acordo tinha sido firmado entre os dois partidos.

“Ele se pronunciou em relação a isso, colocou o seu voto explicitamente. O que deixa claro que houve um entendimento para que acolhesse a questão de ordem – que é totalmente descabida – e ao mesmo tempo encaminhar o voto favorável. É lógico que ficou claro o acordo PT-PMDB”, disse.

Para o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o posicionamento da bancada peemedebista durante a segunda votação do julgamento causou “um descoforto enorme” na base aliada do presidente Michel Temer. Ele cobrou clareza dos peemedebistas sobre suas posições e compromissos.

“Se de um lado o resultado era aquele que o Brasil esperava, e isso é positivo, é preciso, e fica esse alerta do presidente do PSDB, que o partido do hoje presidente Michel Temer diga com clareza até onde vai o seu compromisso com o seu próprio governo e a própria agenda. Fomos surpreendidos com a manifestação de líderes importantes do PMDB e dissonância com aquilo que vínhamos defendendo conjuntamente durante todo o processo”, disse.

As lideranças aliadas avaliam agora se vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal para questionar o julgamento no que se refere à manutenção dos direitos políticos de Dilma. Ronaldo Caiado dá a questão como certa e diz que vai acionar a Suprema Corte. Já Aécio Neves disse que seu partido ainda está “avaliando”.

Os líderes do PMDB, no entanto, garantem que não houve uma orientação do partido para que seus senadores votassem favoravelmente ao apelo dos petistas pela manutenção dos direitos da ex-presidenta. Segundo o líder da bancada, senador Eunício Oliveira (CE), cada senador votou de acordo com sua consciência.

“Não foi o PMDB que decidiu isso, foram os partidos todos. Essa decisão foi pluripartidária aqui. Numa decisão criminal não há encaminhamento por parte de líderes. Não houve entendimento, não houve acordo, houve sentimento aqui dentro da Casa e decisão dos senadores”, afirmou o líder.

Eunício evitou avaliar se o benefício concedido a Dilma poderá ser estendido ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também sofre processo de cassação. Parlamentares tucanos acusaram que a manutenção dos direitos da ex-presidenta poderia ser usada como argumento para que o deputado também mantivesse os seus direitos após ser cassado, contrariando a Lei da Ficha Limpa.

“Não cabe aos senadores fazer julgamento do deputado Eduardo Cunha. E essa interpretação, a posteriori, quem não estiver satisfeito, recorre ao Supremo e o Supremo vai decidir. Mas o presidente foi muito claro aqui: cabia aos senadores interpretarem a Constituição”, afirmou.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), também garantiu que não houve acordo para que sua bancada votasse a favor de Dilma no segundo quesito do julgamento. “O partido não fechou questão, foi uma decisão pessoal”, disse, ao deixar o plenário do Senado.

Para ele, no entanto, já é esperado que a questão vá ser discutida no Supremo Tribunal Federal e chamou a decisão de uma “jabuticaba”, se referindo a uma saída tipicamente brasileira. “Se ela vai prosperar é o Supremo que vai decidir”, disse.
Edição: Maria Claudia

Fonte: Agência Brasil

Após impeachment, Equador e Bolívia vão chamar embaixadores de volta

31/08/2016 15h13
Brasília
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil


Após o impeachment de Dilma Rousseff, o presidente da Bolívia, Rafael Correa, afirmou hoje em sua conta na rede social Twitter que vai chamar de volta o representante do país no BrasilImagem de Arquivo/Agência Brasil

Twitter do presidente do Equador, Rafael CorreaImagem/Twitter

Após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente do Equador, Rafael Correa, disse hoje (31) que vai chamar de volta o representante do país no Brasil. A informação foi divulgada por meio de seu perfil no Twitter.

“Destituíram Dilma. Uma apologia ao abuso e à traição. Retiraremos nosso encarregado da embaixada. Jamais compactuaremos com essas práticas, que nos recordam as horas mais obscuras de nossa América. Toda a nossa solidariedade à companheira Dilma, a Lula e a todo o povo brasileiro. Até a vitória sempre!”

Também por meio das redes sociais, o presidente da Bolívia, Evo Morales, já havia dito que chamaria seu representante no Brasil de volta, caso o impeachment de Dilma fosse aprovado no Senado Federal. No Twitter, ele escreveu:

“Se prosperar o golpe parlamentar contra o governo democrático de Dilma, a Bolívia convocará seu embaixador. Defendamos a democracia e a paz.”

Resultado

Por 61 votos a 20, o plenário do Senado decidiu pelo impeachment de Dilma. Não houve abstenção. A posse de Michel Temer ocorrerá às 16h.

Depois de aprovar a perda do mandato, o Senado manteve, por 42 votos a 36, os direitos políticos de Dilma. Com isso, ela pode ocupar cargo público. Foram registradas três abstenções.
Edição: Denise Griesinger
Fonte: Agência Brasil

Saiba como votou cada senador no julgamento final do impeachment

31/08/2016 15h10
Brasília
Do Portal EBC

Por 61 votos a 20, o plenário do Senado condenou hoje (31) a presidenta Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, em sessão com mais de 2 horas de duração. Com isso, a petista será definitivamente afastada de seu cargo. Pela segunda vez na história do Brasil, uma figura política é destituída da Presidência da República por meio do impeachment. Não houve abstenções.

Foram realizadas duas votações no julgamento do afastamento definitivo de Dilma Rousseff. A primeira votação decidiu sobre o impeachment. A outra, definiu que a presidente não ficará inelegível por oito anos e poderá ecercer função pública. Ambas exigiam o quórum qualificado de dois terços para aprovação. 

O processo teve fim nove meses após a autorização da abertura do processo pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A votação decisiva, comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, foi aberta, nominal e por registro eletrônico. 

Lewandowski reabriu a sessão às 11h15, com a leitura do relatório resumido sobre o processo. "É um resumo de tudo o que aconteceu até o momento, inclusive os argumentos da acusação e da defesa", disse o ministro que anunciou um "brevissimo resumo do que importa".

No documento, o ministro listou provas e os principais argumentos que foram apresentados ao longo dos últimos dias pela acusação e pela defesa. Após quase 70 horas de julgamento, iniciado na última quinta-feira (25), foram ouvidos, além da própria representada, parlamentares, testemunhas e os advogados das duas partes.
Confira como cada senador votou no impeachment:
ParlamentarPartidoUFVoto
Acir GurgaczPDTROSim
Aécio NevesPSDBMGSim
Aloysio Nunes FerreiraPSDBSPSim
Alvaro DiasPVPRSim
Ana AméliaPPRSSim
Angela PortelaPTRRNão
Antonio AnastasiaPSDBMGSim
Antônio Carlos ValadaresPSBSESim
Armando MonteiroPTBPENão
Ataídes OliveiraPSDBTOSim
Benedito de LiraPPALSim
Cássio Cunha LimaPSDBPBSim
Cidinho SantosPRMTSim
Ciro NogueiraPPPISim
Cristovam BuarquePPSDFSim
Dalírio BeberPSDBSCSim
Dário BergerPMDBSCSim
Davi AlcolumbreDEMAPSim
Edison LobãoPMDBMASim
Eduardo AmorimPSCSESim
Eduardo BragaPMDBAMSim
Eduardo LopesPRBRJSim
Elmano FérrerPTBPINão
Eunício OliveiraPMDBCESim
Fátima BezerraPTRNNão
Fernando Bezerra CoelhoPSBPESim
Fernando CollorPTCALSim
Flexa RibeiroPSDBPASim
Garibaldi Alves FilhoPMDBRNSim
Gladson CameliPPACSim
Gleisi HoffmannPTPRNão
Helio JoséPMDBDFSim
Humberto CostaPTPENão
Ivo CassolPPROSim
Jader BarbalhoPMDBPASim
João Alberto SouzaPMDBMASim
João CapiberibePSBAPNão
Jorge VianaPTACNão
José AgripinoDEMRNSim
José AnibalPSDBSPSim
José MaranhãoPMDBPBSim
José MedeirosPSDMTSim
José PimentelPTCENão
Kátia AbreuPMDBTONão
Lasier MartinsPDTRSSim
Lídice da MataPSBBANão
Lindbergh FariasPTRJNão
Lúcia VâniaPSBGOSim
Magno MaltaPRESSim
Maria do Carmo AlvesDEMSESim
Marta SuplicyPMDBSPSim
Omar AzizPSDAMSim
Otto AlencarPSDBANão
Paulo BauerPSDBSCSim
Paulo PaimPTRSNão
Paulo RochaPTPANão
Pedro Chaves (suplente de Delcídio Amaralcassado pelo Senado)PSCMSSim
Raimundo LiraPMDBPBSim
Randolfe RodriguesREDEAPNão
Regina SousaPTPINão
Reguffesem partidoDFSim
Renan CalheirosPMDBALSim
Ricardo FerraçoPSDBESSim
Roberto MunizPPBANão
Roberto RequiãoPMDBPRNão
Roberto RochaPSBMASim
RomarioPSBRJSim
Romero JucáPMDBRRSim
Ronaldo CaiadoDEMGOSim
Rose de FreitasPMDBESSim
Sérgio PetecãoPSDACSim
Simone TebetPMDBMSSim
Tasso JereissatiPSDBCESim
Telmário MotaPDTRRSim
Valdir RauppPMDBROSim
Vanessa GrazziotinPC do BAMNão
Vicentinho AlvesPRTOSim
Waldemir MokaPMDBMSSim
Wellington FagundesPRMTSim
Wilder MoraisPPGOSim
Zezé PerrellaPTBMGSim

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil

Temer grava pronunciamento que será exibido hoje à noite

31/08/2016 15h10
Brasília
Paulo Victor Chagas e Pedro Peduzzi



Pronunciamento de Temer será exibido hoje à noite em rede de rádio e televisãoAntonio Cruz/Agência Brasil

Após acompanhar - pela televisão - a votação do Senado que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer gravou hoje (31) o pronunciamento que será transmitido por emissoras de rádio e televisão nesta noite.

Ao lado de ministros e assessores, ele acompanhou toda a votação final do julgamento de Dilma no Palácio do Jaburu, onde gravou um discurso à Nação. No pronunciamento, Temer vai pregar mais uma vez a defesa que vem fazendo de unidade nacional.

Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, estavam desde cedo na residência oficial de Temer assistindo a sessão do Senado, além de assessores presidenciais. Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e Dyogo Oliveira, do Planejamento, também foram ao Jaburu no final da manhã.

Dilma cassada

Por 61 a 20, o plenário do Senado afastou, de forma definitiva, presidente Dilma Rousseff do cargo para qual foi reeleita em 2014. Com isso, a expectativa é de que Michel Temer assuma o cargo definitivamente ainda hoje (31), às 16h, em cerimônia no Senado Federal.

Ainda hoje, ele participará de uma reunião com alguns de seus ministros, a fim de definir as prioridades de governo enquanto estiver na China, onde participará da reunião da Cúpula de Líderes do G-20, dias 4 e 5 de setembro.

Antes de iniciar a viagem, Michel Temer repassará, em caráter interino, o comando do país ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). De acordo com o Planalto, a cerimônia será rápida, protocolar e fechada à imprensa, na Base Aérea de Brasília.

Na China, além de participar das reuniões do G-20, Temer pretende se reunir com investidores e presenciar o encerramento de um seminário previsto para 2 de setembro, em Xangai, ao lado de empresários brasileiros e investidores chineses.
Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

CUT diz que está de luto após aprovação do impeachment

31/08/2016 14h54
São Paulo
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Conhecida por suas cores vermelhas, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) mudou a cor de sua página na internet hoje (31). Dizendo estar de luto, a central adotou a cor preta para falar sobre a aprovação doimpeachment de Dilma Rousseff pelo Senado. Com uma mensagem no topo de seu site, a entidade diz que a “CUT está de luto. O golpe é contra o povo”.

Em nota publicada no site, Vagner Freitas, presidente da central, disse que o Senado aprovou o afastamento de Dilma “apesar de não ter sido provado nenhum crime de responsabilidade”.

“O golpe na democracia afetará profundamente a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade e dos brasileiros e brasileiras que mais precisam da manutenção e ampliação dos direitos e das políticas públicas, tanto hoje quanto no futuro. Não se trata de uma simples troca de comando e, sim, da usurpação dos destinos do Brasil por uma parcela da classe política, do judiciário e da imprensa que quer o poder a qualquer preço”, diz Freitas.

Para ele, o julgamento foi “um desfile de hipocrisia”, já que muitos dos senadores “são réus e estão sendo processados pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção e outros crimes”. “Sem o menor constrangimento, [eles] se sentiram no direito de julgar uma presidente inocente, que não cometeu nenhum crime, não têm contas no exterior, nem foi acusada de corrupção e que foi eleita de forma legítima por mais de 54 milhões de brasileiros e brasileiras”, ressaltou.

Extinção de direitos conquistados

Segundo Freitas, a aprovação do impeachment significará “redução ou extinção de direitos conquistados com muita luta, desde a [Consolidação das Leis Trabalhistas] CLT de 1943 até os programas sociais da Constituinte de 1988, que têm feito o Brasil, embora mais lentamente do que desejaríamos, deixar de ser um país de miseráveis, famintos, analfabetos, doentes, sem moradia e água tratada, sem emprego, sem atendimento odontológico e médico”. Para ele, as propostas que foram divulgadas até agora pelo presidente Michel Temer “são contra os interesses da classe trabalhadora”.

“A última delas, o corte de verbas para os programas de alfabetização, já foi anunciada oficialmente pelo governo ilegítimo. O congelamento de gastos públicos por 20 anos, atrelados somente à correção da inflação, vai deixar milhões de pessoas sem os já modestos, porém essenciais, serviços de saúde, educação, segurança e lazer hoje existentes”, disse o presidente da CUT, que também criticou a possível mudança nas leis trabalhistas e na Previdência. “O jogo contra o povo é bruto, cruel”, ressaltou.

Segundo Freitas, a “CUT e os movimentos sociais vão lutar contra os retrocessos”. “Não queríamos barrar o golpe simplesmente para defender Dilma – cuja honestidade e seriedade já seriam suficientes para tanto –, mas para impedir a onda conservadora que se agiganta ao redor, a perda de direitos, o retrocesso”, diz ele, que prometeu reforçar a luta contra o novo governo.

“Hoje, neste dia de luto, daremos início a mais um ciclo de luta pela retomada da democracia. Para o mês de setembro, a CUT já marcou um Dia Nacional de Paralisação, um Esquenta Greve Geral contra a retirada de direitos, no dia 22”, finalizou.
Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

Lista de concessões terá cinco portos



Data de publicação: 31/08/2016

Segundo noticiado pelo O Estado de S.Paulo, a primeira reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que vai autorizar lista de concessões e privatizações do governo, terá cinco empreendimentos em portos, segundo informou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. Serão dois terminais de combustíveis em Santarém (PA) e um terminal para movimentação de trigo no porto do Rio de Janeiro, além das renovações de duas concessões: terminal de fertilizantes de Paranaguá (PR) e terminal de contêineres de Salvador.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Resenha Comércio Exterior 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Jogos Olímpicos do Rio acabam com chuva, alegria e carnaval

Rio 2016

22/08/2016 00h16
Rio de Janeiro
Nathália Mendes - Enviada especial do Portal EBC

Apesar da chuva, a festa de encerramento da Rio 2016 acabou em carnaval no MaracanãReuters/Kevin Lamarque/Direitos Reservados

Em uma festa que reforçou o que tem de melhor e extrapolou as fronteiras fluminenses para falar da arte e cultura nacional, o Rio de Janeiro se despediu dos Jogos Olímpicos na noite deste domingo (21), em cerimônia realizada no Estádio do Maracanã. Em espetáculo pensado para ressaltar a criatividade do brasileiro e sua capacidade de criar com as próprias mãos, o tom foi de celebração e congraçamento.

No Maracanã, os mais de 200 países que participaram da Olimpíada de 2016 deram adeus ao Rio de Janeiro em uma cerimônia realizada sob chuva e com direito mais uma vez a muita música brasileira, principalmene o samba.

Em comparação à cerimônia de abertura, o encerramento teve orçamento e tempo reduzido, o que tradicionalmente acontece em Jogos Olímpicos. Além de receber um aporte financeiro menor, com cifras finais não reveladas pelos organizadores, a apresentação final também é mais curta. Enquanto a abertura se estendeu por quatro horas, o encerramento teve duração de 2h30.

A grande quantidade de lugares vazios, especialmente os mais próximos do gramado, chamou a atenção. O Maracanã ficou bem mais vazio do que na final do futebol masculino, disputada no dia anterior no mesmo estádio. Além disso, outros empecilhos testaram os criadores do espetáculo: o ensaio geral das coreografias só pode ser realizado horas antes do início da cerimônia. O tempo também não colaborou, com chuva, frio e ventos fortes durante quase toda a cerimônia.

A imagem do Cristo Redentor, um dos cartões postais, iluminou o Estádio do Maracanã Reuters/Powel Kopczynski/Direitos Reservados

Diante das limitações impostas pelo local da cerimônia, como o pouco espaço disponível, os lugares no nível do campo e as portas com menos de dois metros de altura, recursos artísticos que funcionaram na abertura, como projeções e coreografias, foram novamente utilizados.

Figura que dividiu brasileiros e norte-americanos durante a cerimônia de abertura, Santos Dumont voltou a ser evocado no encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Fotos históricas do inventor foram mostradas no telão do Maracanã. O personagem histórico, interpretado pelo ator Tuca Andrade, conferiu que era hora da festa começar em um relógio de pulso, uma de suas invenções. Projeções de engrenagens foram exibidas no chão do estádio, encerrando o breve ato inicial da festa.

Alguns dos cartões postais do Rio de Janeiro, como os Arcos da Lapa, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, tiveram suas formas moldadas pelos dançarinos. No total, três mil pessoas integram o elenco, sendo 300 dançarinos profissionais e 2,7 mil voluntários. O norte-americano Bryn Walters, um dos maiores especialistas em coreografias de massa e montagem e responsável pelas aberturas de Atenas 2004 e Londres 2012, assinou a coreografia do show.

O Hino Nacional brasileiro foi executado no batuque da percussão e entoado por um coro de crianças, representando cada uma das estrelas da bandeira do país, projetada no chão do estádio.

Delegações dos países que participaram da Rio 2016 desfilam no MaracanãReuters/Vasily Fedosenko/Direitos Reservados

Em seguida, teve início a parada dos atletas, em um clima bem mais informal e descontraído do que se viu no dia 5 de agosto. Os competidores entraram em uma fila única, ao longo de um corredor formado pelos porta-bandeiras, em uma grande confraternização ditada por música eletrônica, repente e frevo.

Trabalho manual

O ato seguinte contou a história da arte popular brasileira, em suas diversas manifestações e extrapolando as fronteiras da cidade-sede. As pinturas e gravuras rupestres encontradas no parque arqueológico da Serra da Capivara, no Piauí, ganharam vida com movimentos coreografados. No chamado "momento lembrança", Arnaldo Antunes declamou o poema "Saudade", de sua autoria, evocando a palavra que só existe em língua portuguesa.

A tradição das rendeiras foi exaltada ao som da tradicional canção "Mulher Rendeira", entoado pelas Ganhadeiras de Itapuã, grupo que resgata as antigas tradições do bairro de Salvador. Uma projeção criou a ilusão de que uma renda tinha sido tecida no chão do estádio. Em seguida, o grupo Corpo apresentou um trecho do espetáculo Parabelo, em ritmo de forró.

O público levantou-se logo nos primeiros acordes de "Asa Branca", uma das canções mais conhecidas de Luiz Gonzaga, improvisando uma ciranda nas arquibancadas. Em homenagem a mestre Vitalino e suas esculturas, os dançarinos foram caracterizados como bonecos de barro e mostraram passos do forró.


Vaias

Repetindo uma tradição olímpica, a cerimônia de premiação da maratona masculina aconteceu no meio do encerramento, na entrega das últimas medalhas dos Jogos. O ouro ficou com o queniano Eliud Kipchoge, a prata com o etíope Feyisa Lilesa e o bronze com o norte-americano Galen Rupp. Na apresentação dos atletas recém-eleitos para compor a Comissão dos Atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI), a mais aplaudida foi a saltadora russa Yelena Isinbayeva.

Depois da homenagem aos voluntários da Rio 2016, em que o cantor Lenine apresentou uma versão feita para eles de sua música Jack Soul Brasileiro, a bandeira da Grécia foi hasteada e o hino do país entoado para o recolhimento da bandeira olímpica.

Na passagem para a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, o prefeito Eduardo Paes foi anunciado e acabou sendo muito vaiado. Em seu discurso, o presidente do COI, Thomas Bach, pontuou, em português: “Valeu, Brasil! Esses foram Jogos Olímpicos maravilhosos, na Cidade Maravilhosa”.


Os japoneses, anfitriões da Olimpíada de 2020, mostraram o que farão em TóquioReuters/Toby Melville/Direitos Reservados


Toque oriental

Os próximos anfitriões também tiveram tempo de mostrar o que querem fazer daqui a quatro anos, em Tóquio. Em uma apresentação que começou com o hino japonês, se observou uma mistura de luzes, formas geométricas, tambores tradicionais (taikos) e a cultura dos videogames.

Os espectadores vibraram no momento em que o personagem Mario deixou a animação exibida no telão para "saltar" de um cano montado no centro do estádio. Na verdade, era o primeiro-ministro japonês, Shinz Abe, com os trajes do famoso encanador do mundo virtual.

Os japoneses também fizeram questão de agradecer, por meio de projeções da palavra "arigato" (que quer dizer obrigado) em vários idiomas, expressando gratidão ao mundo pela solidariedade e apoio prestados após o terremoto que devastou o país em 2011. No fim, eles fizeram o convite: "vejo você em Tóquio”.
Chuva

Carnaval

No momento em que Bach declarou os Jogos Olímpicos encerrados, um lamento ecoou das arquibancadas. A chama olímpica foi apagada em um ato cheio de simbolismo. Enquanto a cantora Mariene de Castro interpretava a música Pelo tempo que durar, de Marisa Monte e Adriana Calcanhoto, uma chuva, que representa a abundância das águas tropicais, caiu sobre a pira, extinguindo o fogo.

A mensagem passada, no entanto, foi de renovação. Um grande árvore feita de cordas foi içada no centro da cena, em meio a colorida representação da flora brasileira, reforçando o início de um novo ciclo.

E o Maracanã virou carnaval com a chegada do Cordão do Bola Preta e de integrantes de escolas de samba, embalados pela marchinha “Cidade Maravilhosa”, hino da cidade do Rio de Janeiro.

O público ficou de pé para cantar as marchinhas que ganham o carnaval de rua e sambas-enredos consagrados. A festa ficou completa com a chegada de um carro alegórico, convidando os atletas a tomarem o gramado e acompanharem os fogos de artifício. Só faltou avisar que a festa tinha acabado: atletas, voluntários e o público continuou dançando, ao som do samba tocado nos alto-falantes, como se os Jogos estivessem só começando.
Edição: Armando Cardoso

Fonte: Agência Brasil

"Chegamos como hóspedes, saímos como amigos”, diz presidente do COI

Rio 2016
21/08/2016 22h31
Rio de Janeiro
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil


Thomas Bach agradece brasileiros pelo sucesso da Rio 2016Reuters/Stoyan Nenow/Direitos Reservados

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, agradeceu hoje (21), na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, a participação dos brasileiros para o sucesso do evento. “Chegamos como hóspedes, saímos como amigos”, disse, emendando, em português: “Esses foram Jogos Olímpicos maravilhosos na cidade maravilhosa”.

Bach disse que os jogos vão deixar um grande legado para as próximas gerações e destacou que o evento foi uma celebração da diversidade. Ele agradeceu a participação dos voluntários que trabalharam durante os jogos e destacou o desempenho dos atletas. “Ao competir com amizade e respeito, a conviver com harmonia, estão mandando mensagem poderosa de paz para o mundo inteiro”, disse.

O presidente do COI também falou sobre a participação dos atletas refugiados na Olimpíada. “Vocês nos inspiraram com seu talento e sua força. Vocês são o símbolo de esperança para milhões de refugiados no mundo”, disse.

Seis representantes de programas educacionais e sociais que recebem o apoio do Comitê Olímpico Internacional foram homenageados pelo COI, representando a população carioca. Entre eles, estava o gari Renato Sorriso, que participou da apresentação da cidade no encerramento da Olimpíada de Londres, em 2012.
Edição: Carolina Pimentel

Fonte: Agência Brasil

Chama olímpica é apagada e marca fim da Rio 2016

Nuzman diz que "valeu cada segundo" organizar Olimpíada no Rio

Rio 2016

21/08/2016 22h17
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil


Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman discursa no encerramento da Rio 2016Reuters/Vasily Fedosenko/Direitos Reservados

Ao discursar na cerimônia de encerramento da Rio 2016, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Arthur Nuzman, disse que é o "homem mais feliz do mundo".

"O melhor lugar do mundo é aqui, no Rio", disse para o público, que acompanha a cerimônia no Maracanã. 

Para Nuzman, a realização dos jogos é a prova da capacidade de organização dos brasileiros.

Carlos Arthur Nuzman disse que fazer os jogos no Rio foi um grande desafio, e destacou os sete anos de luta e trabalho na organização da competição. “Mas valeu a pena cada segundo, cada minuto, cada dia, cada ano, graças a vocês”. Ele também agradeceu o apoio da torcida e de todos os brasileiros, especialmente dos voluntários que trabalharam durante os jogos. “Todos os brasileiros são heróis olímpicos. A torcida do Brasil tem a medalha de ouro”, disse Nuzman.
Edição: Carolina Pimentel

Fonte: Agência Brasil

Chuvas e ventos fortes deixam o Rio em estado de atenção

Rio 2016

21/08/2016 22h14
Rio de Janeiro
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil


No encerramento dos Jogos Olímpicos, chuvas deixam o Rio em estade de atençãoReuters/Yves Herman/Direitos Reservados

O município do Rio de Janeiro entrou em estado de atenção na noite de hoje (21) por causa de ocorrências provocadas por ventos muito fortes na cidade. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, as rajadas de vento, que devem continuar acima de 76 quilômetros por hora, serão acompanhadas de chuva fraca a moderada.

O estado de atenção, decretado às 20h25 deste domingo, é acionado quando um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade.

Até este momento, o maior registro de vento foi às 20h, na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Forte de Copacabana, com velocidade de 122,8 km/h. De acordo com os parâmetros do Sistema Alerta Rio, ventos acima de 76 km/h são de intensidade muito forte.

Alerta

O temporal acontece justamente na noite da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, no Maracanã. A prefeitura recomenda que as pessoas evitem ficar perto de árvores, áreas descampadas ou locais em que possa haver destalhamento de imóveis.

Os moradores do Rio também devem permanecer em locais seguros e evitar áreas sujeitas ao desprendimento de itens suspensos, como estruturas metálicas e outdoors. “Caso seja imprescindível transitar pelas vias pública, fazê-lo com atenção, pois itens suspensos correm risco de se desprender por causa dos ventos”, informou o comunicado da prefeitura.

Por causa da queda de árvores e galhos, a Rua João Lira, no Leblon, está totalmente interditada. Em outras ruas pode haver interdição de uma faixa ou a adoção do sistema pare e siga.
Edição: Armando Cardoso

Fonte: Agência Brasil