dia da:

11 DE junho, DIA DA BATALHA NAVAL DE RIACHUELO

domingo, 25 de maio de 2014

Minha indignação - Precisamos da Intervenção das Autoridades para que o processo ande!

 - com as empresas que não empregam os marítimos recém-formados, e exigem experiências.


O Big Brother do mercado marítimo

Sempre achei esse programa fútil. Preconceituosamente falando, coisa para gente burra assistir. No duro, coisa para gente burra. Mas ontem, mudei completamente de idéia. Pensei naquela casa, na relação entre as pessoas e em como elas conseguem ser tão falsas umas com as outras e como fazem da vida um verdadeiro jogo competitivo e selvagem.
O mercado marítimo vive fazendo poses frente às emissoras de TV, dizendo que está precisando de gente, que o Brasil está crescendo, que o raio que o parta, mas a grande realidade é que tudo isso é apenas um conjunto de impressões. O mercado marítimo se comporta exatamente como o Big Brother Brasil, da Rede Globo, só que pior, porque ninguém espia, nem vota.
Quantos casos já fiquei sabendo de pessoas que entregaram seus currículos cheios de cursos e qualificações e que foram sumariamente amassados pelos próprios seguranças da empresa. Quantos pedidos não passam da portaria?
Quantas pessoas já te falaram que iriam te ajudar, que iriam levar seu contato para um amigo aqui, ali, e quando menos você percebe essa pessoa já não te atende mais, te evita?
Quantas vezes você mudou o rumo da sua vida confiando num mercado ou em profissionais do mercado, se formou, ralou, suou, mandou currículo para Deus e o mundo e nada?
O mercado marítimo está cheio dessas pessoas, que falam bem do mercado porque elas estão bem, porque o mercado para elas está bom.
Deixe-me esclarecer uma coisa para você, que deseja ser marítimo: O mercado está ótimo para quem é oficial. Ponto. Para quem não é, ou seja, 99,99999999% do todo, o mercado está tão fechado quanto qualquer um.
Dizem que necessitam de mão de obra qualificada, mas é mentira, porque conheço nkpi! (Gostou dessa, Cintra?) pessoas qualificadas que vivem mandando seus currículos e não são chamados para nada.
Assim como o Big Brother, todos sabem a verdade dos fatos e como as pessoas são falsas. No entanto, queremos sempre dar uma chance ao acaso e deixar o programa rolar para ver o que acontece. Estamos sempre dando uma chance à vida, que sempre prova que os resultados serão os mesmos.
Sim, os resultados são sempre os mesmos. Para que você entre numa empresa via processo seletivo, sem que ninguém te conheça, num mercado extremamente fechado, competitivo e mafioso como é o offshore, é muitíssimo difícil. Eu mesmo, não conheço ninguém.
Caso você conheça alguém, tenha qualificações, cursos e esteja disposto a ir para a guerra, talvez consiga algo, para começar, bem abaixo do seu valor.
A esta altura do texto, vocês já viram que eu não estou aqui para repetir a mentira da mídia e falar bem do mercado. O mercado está bom para quem já está empregado. Esse papo de mercado aberto é uma mentira.
Portanto, a conjuntura é a seguinte: O mercado é a casa do BBB, os profissionais empregados são os participantes e os desempregados são o público. Os profissionais empregados despejam milhões de conjecturas a respeito, dentre as quais, meia-dúzia realmente condiz com a realidade. Os desempregados todos ouvem e votam no que elas pensam ser o mercado offshore. No final das contas, quem ganha o prêmio geralmente já está empregado, e quem está desempregado, bem, continua desempregado, mas alimentando a esperança de algo mudar no próximo ano.
Um forte abraço, perdoem a franqueza e até o BBB13.
Por Marcus Lotfi

Rodrigo Cintra | 23/01/2012 às 16:23 | Responder
nkPi! é minha fala, Lotfi…
rs
Pois é.
É mais ou menos por aí mesmo.
Oficiais são bem absorvidos pelo Mercado, assim como os Sondadores Cyber, Toolpushers e os pouquíssimos brasileiros que são Subsea Engineer.
Os demais profissionais estão numa verdadeira guerra.
Não tem vaga, mas estão jogando cada vez mais profissionais no Mercado.
Vamos ver aonde isso vai parar.
Por outro lado, Lotfi, essa questão do “profisisonal qualificado” é meio relativa. Qualificado para o quê?
Vou dar um exemplo clássico:
Currículo do cara que é Técnico em alguma coisa pela Escola Técnica da Tia Loló e que tem curso de motorista, embalador, pedreiro e padeiro. Até “técnico a distância” eu já vi.
As empresas têm ido buscar seus técnicos diretamente na CEFET e no SENAI, essa é a realidade hoje. Outro dia me perguntaram porque tem tanta gente de Volta Redonda e Resende embarcado. Precisa explicar? Com uma CSN e um monte de montadoras, fora os SENAIs que funcionam de verdade, formando os melhores profissionais que já vi na área técnica, eu vou buscar aonde?
Agora, é óbvio que tem o apadrinhamento, principalmente na Perfuração e nas atividades que não são exercidas por Marítimos, onde oficialmente só te é exigido os cursos de Salvatagem.
Eu já recebi um meio oficial de caldeiraria como Motorman e o ccara não sabia nem aonde estava. Culpa da empresa, que na hora da seleção (eu perguntei depois á ass de RH porquê de ter me mandado aquele profissional) coloca profisisonais que pelo visto possuem uma cartola d eonde puxam todo tipo de coisa. a menina me disse que ele foi contratado porque o navio tinha caldeira e se eu era um Oficial de Máquinas e ele um meio oficial de caldeiraria, então ele podia ser meu auxiliar.
Essas pérolas acontecem com freqüência.
O pior de tudo é que, depois que a coisa está feita, a bordo a rotina fica complicada, mas a gente dá o jeito. Pior mesmo é o cara que tá ali querendo trabalhar, não tem a ménima condição de estar ali e não teve culpa nenhuma de ter caído de pára quedas.

Fabio Andre | 23/01/2012 às 17:44 | Responder
Infelizmente ouvindo estas noticias começo agreditar nisto que esta falando.Sou Técnico de Enfermagem possuo a CIR pela Capitania dos Portos de Porto Alegre, Todos os curso exigidos ,vacinação feita, e varios cursos de expecialização na aréa de emergências e mais o curso Técnico de Segurança do Trabalho.Passei 10 dias em Macaé no Rio de Janeiro largando varios curriculos na verdade foi 370 curriculos todas as empresas de navegação, quantas entraram em contato nenhuma.È extremamente frustrante você gasta e não a retorno.
azevedoseguranca@hotmail.com

HELIO GENILSON BRAZ | 24/01/2012 às 11:03 | Responder
Marítimos mesmo, com CIR e tudo, mas infelizmente, poucas chances ou até nenhuma para entrar neste mercado de trabalho. falam de experiências, que se adquire ao longo do exercício da função, falam de Ingles Fluente, que se adquire na prática e no interesse de se aprender, porém, vejo que, a cada dia, sem o QI, é praticamente impossível!!!!!!!!!!!

Marcus Lotfi | 24/01/2012 às 14:45 | Responder
Isso aí, amigos, comentem, porque essa verdade não é contada por ninguém. Só aqui no Portal Marítimo.

julio cesar | 24/01/2012 às 20:48 | Responder
Sr Marcus Lotfi gostaria de elogiar seu trabalho mas venho lembrar ao senhor que brilhantemente deu voz aos concursados da Guarda Portuaria do RJque nada adiantou pois ainda estamos sendo enrrolados pela Cia das Docas..o Certame continua na messma..ou seja parado..o senhor poderia voltar a falar sobre o assunto por favor..alguem tem que explicar alguma coisa merecemos respeito…o senhor e nossa esperanca.

REGINALDO | 25/01/2012 às 3:13 | Responder
Eu sou leitor diario deste portal porque acho as pessoas que fazem as materias MUITO COMPETENTES e de uma opinião sólida.
Prova disso é esta materia, a coisa se comporta exatamente assim.
Infelizmente, os estrangeiros têm mais chances que nòs. Eu sou MNC, estou me sustentando em uma companhia aos trancos e barrancos, me viro a todo custo para falar um outro idioma, as empresa exigem que nós, os BRASILEIROS falemos outro idioma em nosso país, ou não temos oportunidade.
È LAMENTÀVEL, mais essa é a dura realidade que vivemos aqui. As oportunidades continuam exatamente como antes, às vezes tendo de pagar um e outro para chegar em algum lugar.
Mas nòs podemos mudar esta imagem no dia em que nos unirmos e pararmos os navios, sairmos as ruas e falar o que sentimos, enquanto estivermos calados como vaquinhas de presèpio sò balancando a cabeca, a coisa vai ficar assim e atè pior.

Antonio S.Lins | 21/02/2014 às 12:14 | Responder
O BBB.da marinha.e suas exigencias de experiencias,mas parece com a sindrome da produçao.pra dentro.”onde nada sai da ilha”

William Fraga | 16/04/2014 às 8:21 | Responder
Bom dia a todos. Dando continuidade aos comentários aqui colocado, passo pela mesma situação citada a cima. Sou MCB, Técnico em Segurança do trabalho, faço faculdade de Logística, tenho experiência em Manobras de rebocadores, Comando de Rebocadores, Vários cursos da profissão, inclusive os de Salvatagem e Huet para embarque em Plataformas. Porém estou desembarcado desde março de 2013, e não é por falta de qualificação. Os únicos embarques que consegui foram os Free Lance que fiz por uma empresa terceirizada, mas só recebemos no período embarcado. Quero dizer com isso que, é verdade sim o mercado está fechado para quem não é oficial, e cada vez mais eles estão colocando gente no mercado, colocando falsas esperanças no coração desses pais de família em busca de um sustento para seus filhos. Fico triste com esse nossa situação. É muito constrangedor o cara ficar mais de 1 ano em busca de uma oportunidade, perseverando cheio de esperanças de que vai conseguir uma vaga, mas no final acaba decepcionado com tudo a sua volta.

(Não estou mais aguentando isso, estou fazendo novos planos. Vou embora para a Legião Estrangeira da França, sim é loucura para alguns, mas é uma solução para quem aqui não tem mais nada a fazer, tarde para recomeçar devido a família formada. Mas pelo menos lá eu sei que tenho uma oportunidade de ser alguém e ser útil. É melhor Morrer por alguma coisa, do que viver por nada.) fraga.mcb@gmail.com

ADEILSON | 28/04/2014 às 8:00 | Responder
Fico muito triste com essa situação..estou na luta e na busca de uma oportunidade faz tempo
Sou Tecnólogo em segurança no trabalho,sou técnico em segurança,inglês,Huet,salvatagem, NR10, Espanhol..mando vários currículos e nada…
Estou me dedicando as madrugadas,sábados e domingos para estudar para os concursos públicos…(divido meu tempo em trabalho e estudo)..pra não passar necessidades,trabalho em uma empresa de guindaste que me paga R$1300,00…não estou me desvalorizando ao ganhar esse salário….é que eu não posso passar fome e nem deixar as contas atrasarem…ainda bem que sou sozinho….se tivesse família,já teria enlouquecido
Desculpas pelo desabafo!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Verificação de peso de contêineres – IMO aprova mudanças no SOLAS

Publicado em 20/05/2014 por Rodrigo Cintra | Deixe um comentário
CTU


O Comitê de Segurança Marítima da Organização Marítima Internacional (MSC) aprovou as mudanças tão esperadas para o Código SOLAS, em convenção que vai exigir a verificação do peso do contêiner como condição para carregamento dos mesmos em navios que estejam carregados com mercadorias destinadas a exportação, ou seja, longo curso.

Como sabemos, erros na declaração do peso dos contêineres já é um problema de longa data tanto para a Indústria como para as autoridades governamentais e isso representa, além da questão fiscal e aduaneira, um grande risco para a segurança dos navios, suas tripulações, outras cargas a bordo, para os estivadores e também no transporte terrestre dos mesmos pelas estradas .

Isso sem falar na falta de atenção no preenchimento do BL (Bill of Landing) por parte dos navios, fato que não raro gera problemas para todos, principalmente para o Comandante, que é o responsável por este preenchimento e para o Armador.

As mudanças aprovadas entrarão em vigor em julho 2016 após a adoção final pelo MSC que está prevista para novembro de 2014.

O Conselho Mundial de Navegação (World Shipping Council – WSC) , cujos membros representam cerca de 90% da capacidade de transporte mundial por contêineres, tem sido um dos principais defensores da verificação de peso do contêiner e tem trabalhado em cooperação com a IMO pelos últimos sete anos para que isso seja possível. O WSC também participou do grupo de peritos que desenvolveu o novo Código CTU (Code of Practice for Packing of Cargo Transport Units).

A fim de auxiliar todos os participantes da cadeia de suprimentos e os países signatários do SOLAS na implementação deste novo código, o MSC também emitiu uma circular com as diretrizes de implementação.
Chris Koch - Presidente e CEO do WSC
Chris Koch – Presidente e CEO do WSC
“Ao tomar essa decisão, a IMO tem demonstrado sua liderança contínua na tentativa de garantir a segurança do transporte de carga por parte da indústria de transporte marítimo internacional “, disse o Presidente e CEO da WSC, Chris Koch. “Parabenizamos o Secretário-Geral da IMO e os governos dos países membros da IMO pelo desenvolvimento e aprovação dessas medidas que, após devidamente aplicadas e executadas, devem contribuir para a melhoria da segurança nas operações marítimas. As alterações à Convenção SOLAS e diretrizes de implementação relacionados em matéria de verificação de peso dos contêineres representam o resultado de um esforço de colaboração do qual tivemos o prazer de fazer parte e estamos ansiosos para aprovação final das alterações, em novembro de 2014. “

A MSC também aprovou um novo Código CTU, incluindo contêineres intermodais . O novo Código CTU, que irá substituir as atuais orientações da IMO / OIT / UNECE (Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa) vai agora para a OIT (Organização Internacional do Trabalho) para aprovação. A UNECE já aprovou.

O Código CTU fornece informações e orientações aos envolvidos nas operações com os contêineres .

Fonte: Portal Marítimo

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Pesquisa encomendada pelo DIA atesta que 69% rejeitam liberação da maconha

19/05/2014 00:30:00

Se depender da maioria da população do Rio, a erva vai continuar sendo proibida

CONSTANÇA REZENDE


Rio - Se depender da maioria da população do Rio, a maconha vai continuar sendo uma erva proibida. Pesquisa realizada pelo Instituto GERP, encomendada pelo DIA, aplicada em 870 pessoas do estado, entre os dias 18 e 23 de abril, revela que 69% dos entrevistados são contra a legalização da droga. Já os que defendem a liberação para qualquer finalidade somam 17% e, apenas para uso medicinal, 10%.
Foto:  Divulgação



De acordo com a pesquisa, 56% dos que não aceitam a legalização apontam o aumento da violência como principal motivo da rejeição. Um grande contingente (42%) é contra por acreditar que a droga faz mal à saúde. Porém, a questão divide especialistas da área médica.

O coordenador da Câmara Técnica de Psiquiatria e Saúde Mental do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Miguel Chalub, afirma que a erva “é inofensiva” e não contém componentes químicos que causam dependência. “Quando a pessoa quer parar de consumir, ela consegue. Já tive vários pacientes usuários, são pessoas normais. O grande problema é ela ser proibida, o que gera banditismo”, disse Chalub, 50 anos de psiquiatria.
Maria Lucia Karam acha que se a maconha fosse legalizada, quebraria ciclo vicioso da indústria do tráfico
Foto:  Carlo Wrede / Agência O Dia

Já o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, defende que a maconha pode causar doenças mentais graves. “A droga desencadeia quadros de esquizofrenia, bipolaridade, transtornos depressivos e quadros psicóticos, como alucinações. Não se pode brincar com isso”, afirmou. 
Para a juíza Maria Lúcia Karam, presidente da LEAP Brasil (Law Enforcement Against Prohibition), uma entidade internacional com sede nos EUA que combate a proibição de drogas, a questão deve ser pensada em torno da violência. Segundo Maria Lúcia, se a maconha fosse legalizada, quebraria o ciclo vicioso da indústria do tráfico. “Onde se vende cerveja, por exemplo, não existe troca de tiros, mas isso já aconteceu nos EUA em 1920, quando a bebida era proibida”, argumentou.

Enquanto isso, debates e atos sobre a legalização vem tomando conta da cidade. A Marcha da Maconha reuniu, na semana passada, em Ipanema, cerca de 12 mil pessoas. Segundo o vereador Renato Cinco (Psol), organizador da marcha, em 2005, a passeata reunia 400 pessoas. Ele considerou o resultado de 69% de pessoas contra a legalização como positivo. “No ano passado, as pesquisas mostravam um número 10% maior contra a legalização. Aos poucos, a mentalidade da população vai mudando. Demorou um século só para o tema entrar em debate”, sustentou.

Já o cientista político e professor da PUC-Rio, Ricardo Ismael, afirma que o resultado mostra que o tema ainda é tabu. Isso porque ainda há preconceito contra usuários e se acredita que a legalização aumentará a adesão à erva. “As pessoas temem pelos próprios filhos, acham que a maconha pode levar ao consumo de outras drogas. Os meios de comunicação precisam ampliar mais o debate sobre ela para que essa resistência acabe.”
Carlini diz que o canabidiol é o melhor tratamento hoje contra esclerose múltipla, mais que a morfina
Foto:  Carlo Wrede / Agência O Dia



Permissão no Brasil como remédio

Na última quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou que estuda alterar, até o fim de junho, a importação de medicamentos pelo Brasil que levam canabidiol, substância presente na maconha, e que trata doenças neurológicas. Países como Canadá, Estados Unidos, Israel e Holanda já permitem o uso terapêutico da erva.

O diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo, Elisaldo Carlini, que não defende a legalização da droga para uso recreativo, é a favor do uso medicinal da substância. Segundo Carlini, o canabidiol é o melhor tratamento que existe atualmente para esclerose múltipla, mais que a própria morfina.

“O efeito analgésico dela é bem melhor. Também funciona para epilepsia e enjoos de quimioterapia. O país está atrasado em não legalizar para uso medicinal. Só pode haver perda de memória no momento do consumo, assim como outros medicamentos também podem produzir efeitos colaterais”, explica. Sobre o uso recreativo, ele argumenta ser estranho uma pessoa querer ter um efeito “alucinógeno”, com uma substância que pode funcionar como tratamento médico. “A medicina e outros especialistas, e até religiosos, precisam estudar melhor por que uma pessoa que não tem uma doença quer utilizar uma droga”, disse.

Já o psiquiatra Miguel Chalub, do Cremerj, afirmou que o álcool tem mais efeitos nocivos do que a maconha. “A pessoa fica mais agressiva e seus valores ficam inibidos”, disse. Para o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Paes, é um mito que as pessoas apresentam mais tendência a cometer crimes, quando consomem a erva. “O que aumenta a violência é a proibição, já que a maioria dos presos com drogas são réus primários e, na prisão, eles têm contato com pessoas que organizam facções.”

NO URUGUAI, GOVERNO REGULA PRODUÇÃO

A pesquisa do GERP mostra que os que concordam com a liberação da maconha (27,2%) defendem seu uso para qualquer fim (17,3%) ou uso medicinal (9,9%), o que está sendo estudado no Congresso Nacional, onde tramita um projeto de lei, do deputado Eurico Júnior (PV-RJ). Pelo texto, o poder público criaria medidas voltadas ao controle e à regulação das substâncias psicoativas e de seus derivados.

A redução do tráfico (55,2%) é tida como fator principal na defesa da discriminalização. Em segundo lugar está “a liberdade de fazer o que quiser com o próprio corpo” (25,7%), seguido da “diminuição da violência e prisões” (24,5%) e dos benefícios para a saúde (9,5%).

Uma das perguntas entre os defensores da liberação era sobre a produção e comercialização da maconha, iniciativa já seguida pelo vizinho Uruguai. Este mês, o presidente José Mujica assinou decreto que regulamenta a produção e comercialização de maconha no país. No caso dos pesquisados do Rio, o modelo seria a venda em pontos autorizados (46%), farmácias (15%) ou o plantio em casa (14%).


Fonte: O Dia Online




Anvisa estuda liberar uso controlado de produtos à base de maconha

Publicação: Sexta-feira, 16/05/2014 às 13:37:23     Atualização: 16/05/2014 às 14:11:10

O tema será debatido e deliberado pela diretoria colegiada em reunião pública


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou hoje (16) que está discutindo o reenquadramento da substância canabidiol, derivada da maconha e que atualmente integra a lista de substâncias proscritas no país.

“Um novo enquadramento seria necessariamente para uma categoria de produto controlado, semelhante a que já se adota para outros medicamentos de uso controlado no país”, informou a agência, por meio de nota.

Ainda de acordo com a Anvisa, o tema será debatido e deliberado pela diretoria colegiada em reunião pública. A próxima reunião está prevista para acontecer no dia 29 de maio.

O assunto ganhou repercussão depois que o juiz Bruno César Bandeira Apolinário, da 3ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou uma mãe a importar um remédio com princípio ativo do canabidiol. O medicamento não tem venda permitida no Brasil e era importado ilegalmente por Katiele Fischer para tratar crises convulsivas da filha de 5 anos.

Com base na melhora da menina com o tratamento alternativo e com o aval dos médicos, o magistrado decidiu proibir a Anvisa de impedir a importação do medicamento, mas destacou que a decisão vale apenas para o caso da família Fisher.


Fonte: Agência Brasil/clicabrasília

Para juiz, candomblé e umbanda não são religiões

Publicação: Sexta-feira, 16/05/2014 às 19:46:00

O juiz federal Eugenio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio, afirmou em uma sentença que "as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões". Referindo-se à umbanda e ao candomblé, o magistrado afirmou que elas "não contêm os traços necessários de uma religião" por não terem um texto-base (como a Bíblia ou o Corão), uma estrutura hierárquica nem "um Deus a ser venerado".

Nessa decisão, emitida em 24 de abril, o juiz negou um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que obrigasse o Google a retirar 15 vídeos ofensivos à umbanda e ao candomblé postados no site YouTube. O episódio começou no início do ano, quando a Associação Nacional de Mídia Afro levou ao conhecimento do MPF, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, um conjunto de vídeos veiculados na internet por meio do site YouTube.

Segundo essas gravações, as religiões de origem africana estão ligadas ao "mal" e ao "demônio". Um dos vídeos afirma que "não se pode falar em bruxaria e magia negra sem falar em africano" e outro associa o uso de drogas, a prática de crimes e a existência de doenças como a Aids a essas religiões. Embora as opiniões sejam atribuídas a grupos evangélicos, não foi possível identificar quem publicou ou divulgou essas gravações na internet.

Para o Ministério Público Federal, esses vídeos disseminam o preconceito, a intolerância e a discriminação a religiões de origem africana. Por isso, o órgão enviou recomendação ao Google no Brasil para que retirasse as gravações da internet.

Mas a empresa se negou a atender o pedido, afirmando que o material divulgado "nada mais é do que a manifestação da liberdade religiosa do povo brasileiro" e que os vídeos discutidos não violam as regras da empresa. Diante da postura do Google, o MPF foi à Justiça para pedir a retirada dos vídeos. Mas o juiz não atendeu o pedido. "Os vídeos contidos no Google são manifestações de livre expressão de opinião", afirmou Araújo.

O procurador da República Jaime Mitropoulos já recorreu da decisão ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região. "O ordenamento jurídico brasileiro estabelece que as relações sociais devem primar pela solidariedade, liberdade de crença e de religião, pelo respeito mútuo, pela consagração da pluralidade e da diversidade. A liberdade de expressar crença religiosa ou convicção não serve de escudo para acobertar violações aos direitos humanos, atacando ou ofendendo pessoa ou grupo de pessoas", afirma o procurador.

"Realmente não há uma hierarquia nem um código canônico que oriente as religiões de origem africana, mas isso não faz com que elas não sejam religiões. Além de serem religiões, o candomblé e a umbanda são filosofias de vida e manifestações culturais enraizadas no Brasil", afirmou Manoel Alves de Souza, presidente da Federação Brasileira de Umbanda.

Márcio Righetti, presidente da Associação Nacional de Mídia Afro, entidade que denunciou os vídeos ao MPF, classificou como "infeliz" a decisão do juiz. "Essa intolerância tomou uma proporção absurda. A gente não pode conviver com isso com naturalidade. Hoje são (atacadas) as religiões africanas, amanhã podem ser os judeus, os católicos, os evangélicos", afirmou ao canal de TV Globonews.


Fonte: Agencia Estado/clicabrasília

Acidente de ônibus mata 25 pessoas no Ceará

Publicação: Domingo, 18/05/2014 às 15:51:00 Atualização: 18/05/2014 às 16:57:55

Segundo o motorista, uma moto freou bruscamente e ele perdeu o controle da direção

 Canindé Notícias
Um ônibus da Viação Princesa tombou hoje (18) na rodovia BR-020, no município de Canindé (CE), e 25 pessoas morreram no local. O veículo saiu de Boa Viagem (CE), às 7h, com destino a Fortaleza (CE) com 46 passageiros a bordo. O acidente foi comunicado à Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança do Ceará às 8h20.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, o motorista relatou que uma moto, que trafegava na frente do ônibus, freou bruscamente e ele acabou perdendo o controle da direção.

Alguns pacientes foram atendidos em Canindé e aqueles em estado grave foram transferidos para Fortaleza. Segundo o hospital Instituto Doutor José Frota, da capital, os 11 pacientes atendidos na unidade necessitam de intervenção cirúrgica, sendo alguns pacientes, de alta complexidade.


Fonte: Agência Brasil/clicabrasília

Dia Mundial de Combate à Homofobia: por um mundo sem preconceito

Manifestantes protestaram por uma nova edição da lei que garante punição contra a discriminação

Daniel Cardozo
daniel.cardozo@jornaldebrasilia.com.br

O Dia Mundial de Combate à Homofobia foi marcado por mobilizações no centro de Brasília. Dois movimentos se encontraram na Praça das Fontes, em frente ao Conjunto Nacional, para marcarem posição contra o preconceito. A ação teve direito a beijaço, batuque e gritos de guerra.

A concentração estava marcada para as 13h mas, uma hora depois do combinado, o movimento ainda era discreto, com a presença dos militantes do Comitê LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) do Distrito Federal. A mobilização foi reforçada pelo Levante Popular da Juventude, que também fazia um ato contra a homofobia e o racismo. E também se mostrava favorável ao feminismo.

Os dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República apontam que as denúncias de homofobia aumentaram 431% no Distrito Federal entre os anos de 2011 e 2012. Com isso, o DF é o líder nacional no Disque 100, número usado para denunciar a violação dos direitos humanos.

Objetivos

De acordo com Evaldo Amorim, membro do Comitê LGBT do DF, um dos objetivos da manifestação foi pedir ao governo uma nova edição da Lei Distrital 2.615, aprovada em maio do ano passado, mas vetada em menos de um mês por pressão da bancada evangélica da Câmara Legislativa. A lei determina punição contra a discriminação.

“À época, foram estipulados 60 dias para a publicação de uma nova lei, mas isso até hoje não aconteceu. O que é importante saber é que o cidadão pode procurar os seus direitos e denunciar a prática homofóbica no Disque 100”, afirmou.

A Secretaria de Justiça realizou, na última sexta, uma audiência pública sobre a Lei 2.615. Reuniram-se entidades LGBT, o secretário de Justiça, Jefferson Ribeiro e a Ordem dos Advogados do Brasil do DF. Por enquanto, foi apenas debate. Não existe previsão ainda para que a regulamentação seja colocada em prática.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

domingo, 18 de maio de 2014

Salário mínimo de R$ 10 mil

Na SuíçaPublicação: 18 de Maio de 2014 às 00:00

Carolina Montenegro
BBC Brasil

Genebra - Um salário mínimo mensal de R$ 9.970. Essa é a proposta que a Suíça vota nas urnas neste fim de semana, liderada por sindicatos e partidos de esquerda. O valor equivale a 4 mil francos suíços, ou 22 francos suíços (US$ 24,70) por hora de trabalho. Se aprovado, o primeiro salário mínimo do país também será o mais alto do mundo. Atualmente, o ranking mundial é liderado por Luxemburgo (US$ 10,65), seguido por França (US$ 10,63) e Austrália (US$ 10,21). No Brasil, o mínimo mensal de R$ 724 reais corresponde a R$ 3,29 por hora (US$ 1,48). Os dados são da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para 2013.

Divulgação
Obama faz compra em loja que reajustou salário de funcionáriosObama faz compra em loja que reajustou salário de funcionários
“A grande questão na Suíça é o custo de vida, que é muito alto. Estima-se que o mínimo rendimento para uma vida decente no país seja de 3,8 mil francos suíços”, explicou à BBC Brasil o economista brasileiro Guilherme Suedekum, que cursa mestrado em Estudos de Desenvolvimento Econômico no Graduate Institute, em Genebra.

Dados do governo da Suíça indicam que apenas 9% da população economicamente ativa, ou seja, 330 mil suíços, recebem salário mensal inferior a 4 mil francos. O país também figura entre os mais ricos da Europa e resistiu incólume à crise econômica que abala o continente desde 2010. Grande parte do feito deve-se ao setor bancário, o mais lucrativo da Suíça. “Do ponto de vista econômico, a proposta da adoção de um salário mínimo é mais prejudicial do que benéfica, mas do ponto de vista social, pode ser uma opção de desenvolvimento com menos pujança”, afirmou Suedekum.

Segundo a União Sindical Suíça (USS), que propôs o referendo, a iniciativa promoveria um salário digno, distribuiria a renda no país e também ajudaria a diminuir a diferença de salários pagos a homens e mulheres (que representam a maioria entre os que recebem menos). “Quero que meu filho possa sair da faculdade com a garantia de um salário mínimo que ao menos pague as contas dele”, afirmou a vendedora suíça Barbara Martin.

Grande parte dos imigrantes também vê com bons olhos a ideia do mínimo. “Dá uma sensação de mais segurança e é um valor alto, ao contrário do mínimo no Brasil, que não dá para nada”, disse Larissa Ribeiro, manicure em um salão de Genebra.

Por outro lado, os opositores sugerem que a proposta possa provocar uma disparada da inflação e do desemprego. “Como o mínimo é um indexador e serve de base para toda a economia, a tendência é de que ele puxe para cima os outros salários e os preços também”, acrescentou Suedekum.

Em comunicado divulgado nesta semana, a Associação Suíça dos Empresários declarou que a aprovação de um mínimo seria uma medida “socialmente e economicamente fatal”.

Segundo a organização, pequenos e médios empresários teriam dificuldade de arcar com os salários, principalmente em regiões menos abastadas do país, fora do eixo Genebra-Zurique.

Fonte: TN/BBC Brasil

sábado, 17 de maio de 2014

Farc anunciam que vão abandonar narcotráfico após acordo de paz

16/05/2014 21h01
17/05/2014 08h07
Bogotá
Leandra Felipe - Correspondente Agência Brasil/EBC Edição: Helena Martins
Delegação do governo da Colômbia durante leitura do acordo "Solução para o problema das drogas ilícitas"
Delegação do governo da Colômbia durante leitura do acordo "Solução para o problema das drogas ilícitas"Foto: Oficina do Alto Comissariado para a Paz - Colômbia



"Substituição e erradicação manual de cultivos ilícitos; desminagem e limpeza de campos minados durante o conflito armado; estabelecimento de uma nova política para combater a lavagem de dinheiro e a corrupção estatal vinculada ao tráfico; e o compromisso das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de se desvincularem totalmente do narcotráfico após firmado um acordo final de paz". Esses foram os principais pontos do acordo parcial sobre drogas ilícitas, apresentado, no fim da tarde de hoje (16), pela mesa de diálogos entre as Farc e o governo colombiano, em Havana, Cuba.

"O objetivo é liberar a Colômbia dos cultivos ilícitos, da semeadura de coca e da produção de cocaína", apontou o negociador-chefe do governo, Humberto de la Calle, em entrevista coletiva, logo após a leitura do texto com os principais pontos do acordo. Integrantes da mesa negociadora disseram que houve consenso sobre três dos cinco pontos do tema.

Agora, será estabelecido um programa de cultivos ilícitos, com planos integrais de desenvolvimento e participação das comunidades, inclusive na recuperação das áreas ambientais afetadas por esses cultivos. Também serão criados programas de saúde pública de prevenção ao consumo e haverá um compromisso para encontrar soluções para o fenômeno de produção e comercialização de drogas.

O documento admite que a persistência dos cultivos ilícitos na Colômbia está relacionada à existência de condições de pobreza, marginalidade e debilidade institucional, aliada à existência de grupos criminosos dedicados ao narcotráfico. No comunicado, governo e Farc reconhecem ainda que a produção e a

comercialização de drogas “permearam, alimentaram e financiaram o conflito interno”.

A política de substituição de cultivos ilícitos utilizará a erradicação manual de plantas de coca, maconha e papoula, uma prática que já é adotada no combate ao narcotráfico. Entretanto, até então a erradicação era forçada, realizada sem consentimento e sem "negociação" com os camponeses. Com a proposta, a erradicação será mantida, mas mediante a substituição de cultivos e a participação dos camponeses para evitar o "replantio".

"A erradicação forçada fracassou e deixou um desastroso saldo ambiental. Suas vítimas deverão ser reparadas e a erradicação deverá ser consensual e baseada em alternativas efetivas aos camponeses", afirmou o negociador-chefe das Farc, Iván Márquez.

O acordo parcial foi explícito ao mencionar que “a política deve manter o reconhecimento de usos ancestrais e tradicionais da folha de coca, como parte da identidade cultura da comunidade indígena e da possibilidade de utilização de cultivo para fins médicos e científicos, bem como outros usos que venham a ser estabelecidos.”

Com relação ao consumo de drogas ilícitas no país, o documento afirma que os programas que serão criados deverão ter um enfoque em direitos humanos e saúde pública, fundamentado na participação das comunidades. Será criado um Sistema Nacional de Atenção ao Consumidor de Drogas Ilícitas que incluirá ações complementares de reabilitação e reinserção social.


A mesa decidiu ainda que, uma vez concluído o processo de paz, as Farc e o governo estarão compromissados a intensificar a luta contra o crime organizado e suas redes de apoio, porém sempre protegendo as comunidades vinculadas ao Programa Nacional Integral de Substituição de Cultivos de Uso Ilícito.

Uma nova estrutura de investigação será criada para combater a lavagem de dinheiro e a corrupção relacionada ao narcotráfico. “Isso deverá fortalecer a efetividade institucional e combater a corrupção dentro do próprio Estado, caso seja comprovada vinculação do Ente estatal com narcotráfico”.

A “nova estratégia” inclui mapeamento dos mecanismos de lavagem de dinheiro e identificação da cadeia no narcotráfico. No final do acordo, o governo do país se comprometeu a iniciar os programas de substituição de cultivos e combate à corrupção e ao envolvimento estatal no narcotráfico.

As Farc, por sua vez, se comprometeram a contribuir de maneira “efetiva” e com maior determinação, mediante ações práticas para a solução definitiva do conflito.

O anúncio do acordo parcial sobre drogas era esperado, desde o começo dessa rodada de negociações, iniciada na segunda-feira (12), quando as Farc se pronunciaram dizendo que só faltavam dois pontos para um acordo parcial sobre as drogas. Mas a imprensa colombiana foi surpreendida, porque a expectativa era de que um acordo fosse anunciado na semana que vem.

O acordo parcial foi celebrado a menos de nove dias das eleições presidenciais, em um momento em que o presidente Juan Manuel Santos, candidato à reeleição, apresenta queda nas pesquisas de intenção de voto, e após graves acusações de que assessores de sua campanha presidencial de 2010 teriam recebido dinheiro de narcotraficantes.

A denúncia foi apresentada pelo ex-presidente Álvaro Uribe, eleito senador em março. No ano passado, Uribe criou o Centro Democrático, partido de direita, e lançou a candidatura de Oscar Zuluaga, que na reta final da campanha apresenta empate técnico com Santos.

Fonte: Agência Brasil

Manifestantes lançam rojões contra a polícia em Guarulhos

16/05/2014 20h22
17/05/2014 08h05
São Paulo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil Edição: Wellton Máximo
Um grupo de cerca de 50 pessoas entrou em confronto com a Polícia Militar (PM) próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Os manifestantes bloquearam a Avenida Jamil João Zarif, no bairro Taboão.

Em seguida, de acordo com a PM, o grupo saqueou uma loja de fogos de artifício e lançou rojões contra os policiais. Foi enviado, então, reforço com homens de quatro batalhões da região, além de apoio com helicóptero e com Batalhão de Choque. O Corpo de Bombeiros também foi chamado para conter os focos de incêndio provocados pelo grupo.

A PM ainda não tem informações sobre presos ou as razões do protesto.

Fonte: Agência Brasil

CPI da Petrobras pretende ouvir José Sergio Gabrielli na próxima terça

16/05/2014 20h20Brasília
Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil Edição: Wellton Máximo
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras começará efetivamente os trabalhos de investigação das denúncias de irregularidades na companhia na terça-feira (20). Como primeiro depoimento, o ex-presidente da empresa, José Sergio Gabrielli deverá ser ouvido especialmente sobre a decisão de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Gabrielli presidia a Petrobras em 2011, quando a refinaria foi comprada por valores muito acima dos de mercado. Em audiências recentes no Senado e na Câmara, a atual presidenta da empresa, Graça Foster, admitiu que a compra foi “um mau negócio”, mas ressaltou que o cenário na época era diferente do atual.

Graça Foster está com depoimento marcado na CPI para o dia 27. Antes dela, contudo, os senadores ouvirão o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, considerado o responsável por elaborar um parecer recomendando a compra da refinaria, o que teria induzido o Conselho Administrativo a aprovar o negócio.

Segundo o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), foi feita uma inversão nas previsões de tomadas de depoimentos – inicialmente estava previsto que Graça Foster seria a primeira a ser ouvida. Ele explicou que as mudanças ocorreram para adequação das agendas e porque os senadores não queriam perder a programação inicial de promover duas reuniões de trabalho da comissão por semana.

Na última quarta-feira (14), a CPI da Petrobras fez a primeira reunião para definir um plano de trabalho. Foram aprovados 74 requerimentos que incluem nomes de pessoas convidadas e convocadas para depor, além do pedido de documentos para serem analisados e do auxílio de dois delegados federais nos trabalhos da comissão. Futuramente, funcionários e parte da diretoria atual e anterior da Petrobras deporão na CPI para esclarecer a compra de Pasadena e outros contratos sob suspeita de irregularidades.

Fonte: Agência Brasil

Ministério Público investigará convocação de greve da PM do Rio

16/05/2014 19h13
17/05/2014 10h57
Rio de Janeiro
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Wellton Máximo
O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação sobre uma possível greve da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro no próximo mês. Em nota, o órgão informou que vai apurar uma convocação, por meio de redes sociais, para os policiais pararem as atividades a partir de 15 de junho.

Segundo o texto, o procurador da República e coordenador do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial (Cgeap), Fernando Aguiar, determinou a instauração de procedimento administrativo no MPF para investigar a denúncia. O procurador afirmou, por meio da nota, que não tolerará qualquer tipo de paralisação por parte da Polícia Militar e poderá reprimir qualquer movimento com medidas judiciais.

"Isso é um atentado inaceitável ao Estado Democrático de Direito e à nossa Constituição. Caso haja greve, adotaremos aqui o mesmo procedimento adotado pelo Ministério Público Federal na Bahia, ou seja, adotaremos as medidas judiciais cabíveis no âmbito da Justiça Federal, inclusive com a prisão dos líderes do movimento grevista, caso isso seja necessário à manutenção da ordem pública”, destacou o procurador.

Hoje (16), o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (Aspra), Vanderlei Ribeiro, disse não descartar uma paralisação provocada pelo excesso de trabalho e os baixos salários.

“Eu não descarto nada [sobre uma paralisação]. Só não posso antecipar. O clima [na tropa] é de angústia, de insatisfação, de revolta. O homem tem um limite, tanto físico quanto emocional, para suportar toda a carga de trabalho. Hoje o policial militar trabalha acima de 50 horas semanais”, declarou Vanderlei.

Ele pediu que o MPF investigue as condições de trabalho da tropa. “Até o momento, o Ministério Público não se manifestou em defesa do trabalhador policial, quanto à exploração da carga horária, na medida em que o comando suspende a folga do policial. Gostaria que o Ministério Público intercedesse em relação ao trabalho escravo na Polícia Militar. O policial trabalha armado e precisa de equilíbrio emocional”, disse o presidente da associação.

Vanderlei disse que uma reunião entre as várias associações de PMs e dos Bombeiros está marcada para a próxima terça-feira (20), quando serão definidos os rumos do movimento. Em seguida, será buscada uma reunião com o governador Luiz Fernando Pezão, para tentar uma negociação. Segundo ele, o salário inicial de um policial militar gira em torno de R$ 1,5 mil, bem distante dos R$ 5 mil defendidos pela associação.

Por meio de nota, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luis Castro Menezes, informou não ter identificado, até o momento, nenhuma real ameaça de greve, tanto nos contatos com os comandantes das unidades como com a tropa. Ele esclareceu que, por ser o representante da corporação no governo do estado, está aberto para ouvir reivindicações da tropa. O comandante informou ainda que a hipótese de greve fica ainda mais afastada por causa do alto grau de profissionalismo demonstrado nos eventos internacionais recentes na cidade.

* Matéria ampliada para incluir a resposta da Polícia Militar

Fonte: Agência Brasil

MPF/RJ recorre da decisão que não considera os cultos africanos como religião



São Luís - De origem africana, o Tambor de Crioula é considerado patrimônio imaterial do país desde 2007 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Direitos Humanos
16/05/2014 18h53
Rio de Janeiro
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Helena Martins


Na foto, o Tambor de Crioula é dançado em homenagem a São Benedito, em São Luís.

Arquivo / Wilson Dias / Agência Brasil


Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) recorreu da decisão do juiz da 17ª Vara Federal do Rio, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido de retirada de vídeos com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras. O juiz alegou que tais crenças “não contêm os traços necessários de uma religião”, que seriam um texto-base, como o Corão ou aBíblia, estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado.

Na decisão, Araújo coloca que “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença - são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião”.

No recurso, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos, argumenta que os 15 vídeos em questão caracterizam crime de ódio, pois são baseados na “intolerância e na discriminação por motivos religiosos”, ressaltando que a comunidade internacional “praticamente chegou ao consenso sobre a necessidade de coibir práticas desse tipo”.

Ela cita a promulgação de documentos como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (1966), a Declaração sobre a Raça e os Preconceitos Raciais (1978) e a Declaração sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação fundadas na religião ou nas convicções (1981).

A Ação Civil Pública foi proposta a partir de uma representação da Associação Nacional de Mídia Afro, que apontou vídeos divulgados no Youtube que trariam mensagens que “associam as referidas religiões à figura do diabo e a tudo de mal que a ele possa estar ligado, muito embora 'diabo' ou 'demônios' sequer façam parte do universo das religiões de matrizes africanas”, diz o recurso de Mitropoulos.

No agravo de instrução, o procurador destaca também que o Ministério Público Federal expediu recomendação para que a Google Brasil retirasse os vídeos da internet. Mas, segundo ele, a empresa manteve os vídeos sob o argumento de que “tudo não passa de um fiel retrato da liberdade religiosa do povo brasileiro”.

Para o presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (Ccir), Ivanir dos Santos, o juiz Eugênio Rosa de Araújo não se posicionou na decisão com a neutralidade que requer o cargo. “Eu acho que o juiz não externou uma posição como juiz, ele externou uma posição como uma pessoa que tem uma religião, e o estranho é que ele é um funcionário de um Estado laico. Ele, na verdade, ofende a lei que ele tem que zelar, o próprio artigo da constituição que fala de discriminação de religião e preconceito”.

Santos informa que o Ccir fará uma reunião na próxima semana sobre a questão para, se for o caso, denunciar o juiz ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Procurado pela Agência Brasil, o CNJ não comentou a decisão e disse que “é órgão administrativo do Judiciário e não tem interferência sobre questões judicializadas”.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Navegação de cabotagem traz ganhos ambientais e financeiros ao país

09/05/2014 | TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Assunto foi abordado durante seminário realizado na CNT nessa quinta-feira (8).



Foto: Arquivo/CNT
Navegação de cabotagem traz ganhos ambientais e financeiros ao país

Num país com dimensões continentais e com uma extensa costa marítima como o Brasil, a navegação de cabotagem traz diversos benefícios. Esse foi um dos assuntos abordados, nessa quinta-feira (8), durante o Seminário Desafios e Perspectivas da Navegação Marítima de Cabotagem no Brasil, na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Segundo o presidente da Deicmar Ambiental, empresa de soluções ambientais, Gerson Foratto, a matriz de transporte brasileira é desequilibrada devido à predominância do modal rodoviário, responsável por aproximadamente 60% do movimento das mercadorias brasileiras. Para reduzir a emissão de gases poluentes para a atmosfera, o ideal, para ele, seria uma “participação quase tripartite de cada um dos modais”. 

Entre os benefícios ambientais, Foratto menciona a contribuição para o cumprimento das metas da Polícia Nacional de Mudanças Climáticas, a melhoria da qualidade do ar e a eficiência energética, com a redução do consumo dos combustíveis fósseis. Além disso, há também ganhos relacionados a melhorias na saúde pública e na mobilidade urbana de cidades e à redução de riscos logísticos, principalmente em relação ao transporte de produtos químicos. “São fatores que não paramos pra refletir, mas que a cabotagem ajudaria bastante”, ressalta.

Apesar dos notáveis ganhos com investimentos na cabotagem, Foratto diz que nada é feito no Brasil. “Nós estamos repletos de diagnósticos, sugestões, mas nós não fazemos nada. Falta ousadia dos gestores públicos, seja na presidência da República ou na agência reguladora. Os instrumentos já existem. O que nós precisamos é agir”, conclui.

Ganhos financeiros
A cabotagem gera não só ganhos para o meio ambiente, mas também para a economia de um país. O turismo náutico, com os cruzeiros marítimos, traz divisas e reflete em impacto econômico positivo, como a contribuição para o comércio com a venda do artesanato local. “O cruzeiro marítimo serve também como degustação daquela cidade que é visitada”, explica o vice-presidente da Cruise Lines International Association (Clia) Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) Brasil, Cláudio Carneiro. 

No entanto, segundo ele, as temporadas de cruzeiros são curtas no país e deveria se investir na categoria para que ela ocorresse por mais tempo na costa brasileira. “É questão de intenção, vontade. Temos certeza de que o país tem condições de atender uma demanda de cruzeiros durante todo o ano”, alega. 

Visão governamental
Segundo o capitão-de-mar-e-guerra da Marinha do Brasil, Mauro José Rocha de Araújo, um dos objetivos da Política Marítima Nacional é a inserção otimizada do modal de transporte aquaviário na estrutura do comércio interno e externo brasileiro. Além disso, estão previstos incentivos à produção de navios no país, aprimoramento da infraestrutura portuária, aquaviária e de reparos navais, formação, atualização, valorização e aproveitamento dos recursos humanos empregados nas atividades marítimas, estaleiros eficientes e capazes de acelerar a produção, entre outros. No que cabe à Marinha, ele menciona estímulos à participação da indústria privada nacional na construção naval militar, à implantação ou ao desenvolvimento de instituições de ensino no campo das atividades marítimas, ao preparo profissional, à regulação das profissões relacionadas ás atividades marítimas, à segurança do tráfego marítimo e da navegação.

Para o capitão, o crescimento e a consolidação da cabotagem no Brasil fortalecem o poder marítimo brasileiro. “É importantíssimo termos uma navegação marítima de cabotagem que seja condizente com a situação estratégica que o Brasil hoje ocupa. É importante também para a defesa nacional termos essa força de reserva pra que ela possa rapidamente ser transformada em situação de crise”, esclarece.

Uma das recomendações do gerente de estudos e desempenho portuário da Agência Nacional de Transporte de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Antônio Correia Serra, é que deveria se começar do contrário, isto é, partir das condições ideais e delas, então, agir para que sejam efetivadas na realidade. “Não é uma lei que muda a cabotagem, são fragmentos nos setores que vão por aí afora que podem modificá-la. Nós temos que sair do plano da discussão”, enfatiza. 

Segundo ele, a cabotagem no país ainda é uma aventura, com incertezas não só da própria natureza do mar, como questões logísticas de atracamento e desatracamento de embarcações em portos brasileiros. Além disso, a burocracia é outro entrave para a maior utilização do modal. “A cabotagem não vai sobreviver se não tiver agilidade na entrada e saída do porto”, alerta. Serra complementa que há muito espaço para o setor crescer e que basta que as políticas sejam bem conduzidas.

Ana Rita Gondim

Fonte: Agência CNT de Notícias