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domingo, 25 de novembro de 2012

Promotor Henry Wagner Vasconcelos não dá chance para a defesa no caso Eliza

 Minas Gerais -  Iluminado pelo santo da Justiça, o promotor Henry Wagner Vasconcelos foi a peça fundamental na condenação de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, na morte de Eliza Samudio, na noite de sexta-feira. Espírita, deixou que imagem de São Miguel Arcanjo dividisse a mesa do plenário durante todo o júri com as mais de 16 mil páginas do processo sobre o crime.
A proteção do guardião irradiou sobre ele, fazendo com que sua atuação conquistasse os jurados e o transformasse no grande homem responsável pela punição dos réus. "Macarrão foi o feitor. Bruno não iria sujar suas mãos. Com todo respeito, não há escapatória para ele. Não pode pegar menos 20 anos de prisão", confia o promotor.
A fé no que ainda está por vir, vem da certeza sobre as provas do processo. Há apenas quatro meses no caso, mas com a segurança de quem conhece cada detalhe dos autos, sacou a peça que comoveu e convenceu os jurados: o álbum de fotos do bebê Bruninho, queimado pelos réus numa tentativa de apagar os vestígios do crime.

O promotor ainda deu ao júri uma apresentação clara e objetiva de peças complicadas - como os extratos contas telefônicas e a intensa comunicação entre os acusados -, facilitando o entendimento de todos e colocando em xeque a versão dos envolvidos.

As artimanhas dos advogados, que desde o início tentaram anular e tumultuar o julgamento, não foram suficientes para derrubar a atuação de Henry. Em cada um dos pesados confrontos, o promotor conseguiu dar um nó nos argumentos da defesa e contra-atacou as manobras sem perder a classe.

Porta-voz dos abalados pelas pontuações firmes do promotor, a advogada de Fernanda, Carla Silene, usou braçadeira com a palavra 'Respeito' e anunciou que vai reagir com representação na Corregedoria do Ministério Público.
Mas nada que abale a tranquilidade de Henry. Depois de mais de 12 horas diárias de trabalho, ele não conseguia dormir sem antes satisfazer a curiosidade de sua mulher sobre os detalhes do julgamento.

Relembre o caso

A modelo paranaense Eliza Samudio teve um caso com o ex-goleiro do Flamengo. Depois de engravidar, afirmou que o pai da criança era Bruno. De acordo com a investigação da Polícia Civil, para se livrar das cobranças, Bruno teria planejado o assassinato de Eliza, então com 25 anos. A criança nasceu em 2010.

A vítima foi sequestrada em 4 de junho de 2010 na Barra da Tijuca. Dormiu na casa de Bruno no Recreio dos Bandeirantes e chegou ao sítio em Minhas Gerais dia 6. Ela teria sido assassinada no dia 10 do mesmo mês.

Foram julgados Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo do atleta, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador. O advogado do ex-policial civil Marcos Aparecido Santos, o Bola, Ércio Quaresma, deixou o júri e seu cliente será julgado separadamente. Dayanne Souza, ex-mulher de Bruno, também teve seu julgamento adiado após o advogado que a defendia ser solicitado pelo ex-goleiro do Flamengo. Já este foi o terceiro a ter o julgamento adiado, após uma manobra da defesa. Eles serão julgados no dia 4 de março de 2013, junto com  Wemerson Marques, o Coxinha, e Elenilson Vitor. 
Fonte: O Dia Online

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