TRANSTORNOS À VISTA
Autor(es): VERA BATISTA
Categorias que ficaram de fora do aumento de 15,8%, concedido ao
funcionalismo, os auditores da Receita e os policiais federais querem a
reabertura das negociações com o Executivo. Eles pedem mudanças na LDO ainda este ano para garantir melhorias na remuneração.
Auditores da Receita e policiais federais pressionam o Palácio do
Planalto a reabrirem as negociações e garantir reajustes em 2013
Os servidores que não aceitaram a oferta do governo, de aumento nos
salários de 15,8%, em três parcelas até 2015, prometem não dar trégua à
presidente Dilma Rousseff. Por meio de operações-padrão e de ações que
prejudiquem o bom funcionamento da máquina pública, eles acreditam que
a convencerão a enviar uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) prevendo uma suplementação de verbas que aumentem os seus
rendimentos ainda em 2013.
"Com boa vontade, o Executivo pode refazer artigos específicos. A
LDO não é estática. Leis no Brasil são mudadas de acordo com o
interesse da sociedade", disse Pedro Delarue, presidente do Sindicato
dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Desde ontem, a
categoria voltou a pressionar o Palácio do Planalto a sentar-se à mesa
de negociações, intensificou a campanha salarial e retomou a operação
desembaraço zero (morosidade nos despachos de mercadorias) em portos,
aeroportos e fronteiras.
Delarue destacou que o objetivo é reforçar que o impasse nas
negociações é ruim para ambas as partes. Segundo ele, é importante que
"figuras de relevo" do Executivo, do Legislativo e do Judiciário façam a
equipe econômica enxergar a importância do papel dos
auditores-fiscais. "O Sérgio Mendonça (secretário de Relações do
Trabalho do Planejamento) é o negociador. Tem essa
responsabilidade e jogo de cintura para entender o seu papel. É ele
quem deve dizer que a ninguém interessa uma Receita Federal
desanimada", afirmou.
Mas o governo não dá sinais de que mudará de posição. Ontem, ao divulgar o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), a ministra do Planejamento, Miriam Belchior,
deixou claro no documento que a negociação fechada com a maioria das
categorias do funcionalismo público "garantiu o poder de compra dos
servidores para os próximos três anos, ao mesmo tempo em que permitiu
dar previsibilidade para os gastos com pessoal" e abrir espaço aos
investimentos. O foco continua sendo o equilíbrio de longo prazo das
contas públicas para minimizar os impactos da crise.
O governo, no entanto, deve se preparar para o pior. Além de os
funcionários da Receita ameaçarem radicalizar o movimento, os policiais
federais (agentes, escrivães e papiloscopistas) deixaram claro, em
reunião com ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que esperam um
sinal verde do Palácio do Planalto para a esperada reestruturação da
carreira da categoria. "Ontem, traçamos as estratégias. Daqui a 10
dias, voltaremos a conversar. Estamos dispostos a negociar, mas
queremos respostas concretas", disse Florentino Naziazeno Santos
Júnior, diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
Entre julho e agosto, os agentes promoveram uma grande greve, parando
portos, aeroportos e regiões de fronteiras, com custos elevados para a
população.
As lideranças sindicais representativas dos servidores de alta
renda, os chamados "sangues-azuis" pelo governo, estão também em
ferrenha campanha no Congresso para uma realocação das verbas públicas.
O mesmo movimento se observa entre os funcionários do Judiciário, que
tem total apoio do Supremo Tribunal Federal (STF) para um reajuste acima
dos 15,8% dados a 93% dos trabalhadores do Executivo. Esse movimento,
por sinal, está contribuindo para emperrar a votação do projeto do
Orçamento de 2013.
O relator-geral da proposta enviada pelo governo, senador Romero
Jucá (PMDB-RR), garantiu que, independentemente das divergências dos
parlamentares da Câmara e do Senado e das pressões dos servidores, vai
apresentar uma proposta preliminar ainda hoje. O documento já está
pronto há duas semanas, segundo declarou, mas como não há acordo entre
os que apoiam o governo e os que fazem oposição, a matéria não é
apreciada.
» Longo caminho
A peça orçamentária terá que percorrer um longo caminho. Caso a
proposta orçamentária de 2013 seja aprovada na Comissão Mista de
Orçamento, os deputados e senadores terão 10 dias para apresentar
emendas. Depois, os relatores setoriais das 10 áreas temáticas terão
que dar seus pareceres. A proposta retornará, então, à Comissão e, em
seguida, será votada no Plenário do Congresso. Se aprovada, será
sancionada com ou sem vetos, até 22 de dezembro, pela presidente Dilma
Rousseff.
Fonte: Correio Braziliense - 20/11/2012
Bom dia pessoal!
ResponderExcluirAos Servidores;
O Luciano prometeu o plano de cargo / carreira e salário, o Charlinho (Ex. Prefeito) deu e agora no dia 14/01/13 o Prefeito Luciano vai revogar a lei 3.049 que nos dá o direito de um salário digno juntamente com o valor da passagem e refeição.
Não vamos ficar de braços cruzados, pois agora estamos em maior número, vamos reivindicar o que nos é direito, vamos nos reunir no dia 14/01 em frente à Prefeitura para manifestação desse direito.
Obs. Não desistam do concurso, vamos juntos lutar através de uma ação coletiva no Ministério Público, pois muitos de nós nos demitimos do emprego por causa desse novo plano de salários sancionado pelo Charlinho.
Robson
Meu e-mail: rl-rj@ig.com.br