Tânia Rêgo/ABr
Rio de Janeiro - Operação em alto-mar das Forças Armadas prepara país para defesa das plataformas de petróleo
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Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Vôos rasantes, bombas, tiros de canhão e
metralhadoras e fumaça em plena costa brasileira fizeram parte da
simulação de ataque de duas aeronaves contra o navio de desembarque de
carro de combate Almirante Sabóia, de 138 metros de comprimento, da
Marinha brasileira.
O ataque simulado, feito hoje (28) a cerca de 80 quilômetros da entrada
da Baía de Guanabara, foi um dos exercícios da terceira edição da
Operação Atlântico 3, coordenada pelo Ministério da Defesa.
De acordo com o comandante da Primeira Divisão da Esquadra da Marinha,
contra-almirante Márcio Ferreira de Mello, testes como esses servem para
preparar o país para emergências que possam ameaçar a chamada Amazônia
Azul, área marítima com cerca de 700 quilômetros de extensão a partir da
costa brasileira.
“Neste ano focamos na defesa de instalações estratégicas, como as
nossas plataformas de petróleo e nossas linhas de comunicação marítimas,
pois o tráfego marítimo é responsável por 95% do nosso comércio
exterior”.
Outro objetivo importante, segundo Ferreira de Mello, é testar e
incrementar a integração entre as três Forças para momentos de atuação
conjunta.
A operação durou duas semanas, mobilizou cerca de 10 mil homens das
Forças Armadas e custou aproximadamente R$ 15 milhões. Além da parte
marítima, que contou com submarinos, navios-patrulha oceânicos, fragatas
e corvetas, a parte aérea mobilizou aviões, helicópteros e homens,
enquanto carros de combate do Exército encarregaram-se da proteção
terrestre.
Ao longo do dia foram feitos cinco exercícios: simulação de ataque
de aeronaves à Força Naval, de incêndio a bordo causado por ataque,
incidente de proteção marítima envolvendo um suposto navio exercendo
atividades ilegais em águas brasileiras, tiro de superfície sobre alvo à
deriva e a transferência de um militar entre dois navios.
Embarcado há 16 dias, o estudante Antônio Marco Ferreira Neto, 19
anos, foi um dos 23 alunos do Colégio Naval que se apresentaram como
voluntários para participar da operação como observadores. “Vim, porque
queria ter um melhor preparo para fazer uma escolha no futuro na
carreira que pretendo seguir a Marinha”.
Cursando o 3º ano do ensino médio, o rapaz disse que a parte da Armada
foi a que mais gostou de ver durante os testes. “Foi muito proveitoso o
convívio com praças e oficiais que nos deram muitas informações a
respeito da carreira”, comentou.
As operações Atlântico anteriores ocorreram em 2008 e 2010. O
contra-almirante ressaltou que todos os anos as Forças Armadas fazem
pelo menos duas operações de testes, na costa ou nos rios brasileiros.
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil
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