Mursi reiterou, porém, que o decreto terá validade temporária até a nova Constituição entrar em vigor |
O presidente do Egito, Mhouhamed Mursi, disse ontem (29), em
entrevista à emissora estatal de televisão egípcia, que manterá o
decreto editado por ele, ampliando seus poderes e reduzindo a força do
Judiciário e do Legislativo. Mursi reiterou, porém, que o decreto terá
validade temporária até a nova Constituição entrar em vigor, o que ainda
não tem nada para ocorrer.
Em entrevista à emissora estatal,
Mursi disse que o Judiciário tem o direito de se manifestar sobre
questões políticas. Ele negou que a medida seja ditatorial. O presidente
acrescentou que no Egito “não há lugar para a ditadura”. Pelo decreto,
as decisões presidenciais não podem ser contestadas.
O decreto de
Mursi causou protestos em várias cidades do Egito. Os manifestantes
saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente. A Praça
Tahrir, que no ano passado virou o símbolo de resistência, deverá ser
hoje ocupada para manifestações. Manifestantes ocuparam o local em
fevereiro do ano passado e exigiram a renúncia do então presidente Hosni
Mubarak, que acabou deixando o poder.
A previsão é que movimentos
sociais e de oposição promovam hoje (30) mais um dia de protestos, após
as orações muçulmanas. Há manifestações organizadas no Cairo, capital
do Egito, onde na semana passada os protestos provocaram vítimas.
Fonte: Agência Brasil/Jornal do Brasil
Fonte: Agência Brasil/Jornal do Brasil
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