Relator do projeto argumenta que situação atual aumenta a procura por
cursos particulares que estão fora do alcance dos mais pobres
Amanhã a Comissão de Educação e Cultura (CE) deve votar projeto que
estabelece a fluência oral como um dos objetivos do ensino de línguas
estrangeiras na educação básica (PLS 71/12). Para Cícero Lucena
(PSDB-PB), autor da proposta, o investimento no ensino de idiomas na
rede pública tem sido alto, mas os resultados, modestos. Caso o texto
seja aprovado e não haja recurso para votação em Plenário, segue para a
Câmara.
Cícero propõe modificação na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB) para deslocar o ensino de línguas estrangeiras da chamada parte
diversificada para o centro do currículo, além de antecipar o início da
obrigatoriedade para o 5º ano do ensino fundamental.
Em sua avaliação, a medida abrirá milhares de novos postos de trabalho para estudantes de Letras, e os
concursos para admissão de professores de idiomas passarão a incluir
provas orais, aumentando a exigência de competência profissional e
conduzindo a reformas curriculares na formação de docentes.
Flexa Ribeiro (PSDB-PA), relator, diz que a oralidade tem sido posta
em segundo plano, o que aumenta a procura por cursos particulares que
estão fora do alcance da população mais pobre.
Relator, Flexa Ribeiro apresentou parecer favorável ao projeto de Cícero |
Cícero defende o deslocamento da disciplina para o centro do currículo |
Outro projeto na pauta da CE determina que atividades de educação
física nas escolas sejam ministradas por profissionais da área. O PLS
103/12, de Ivo Cassol (PP-RO), também tramita em votação final.
Atualmente, pela LDB, o professor de educação física deve ter nível
superior para dar aula a alunos dos anos finais do ensino fundamental e
do ensino médio. Mas, para alunos do 1º ao 5º ano do ensino
fundamental, é aceito que as aulas sejam dadas pelo professor formado em
Pedagogia, mas sem formação específica em Educação Física.
Relator da proposta na comissão, Benedito de Lira (PP-AL) concorda
que, para o bem da saúde dos alunos, é necessário um professor
devidamente qualificado em Educação Física. O senador acrescenta que os
cursos de Pedagogia não abordam o ensino da disciplina com a mesma
profundidade de outras.
Pelo projeto, concursos para professores de língua estrangeira em escolas como esta no Paraná passarão a incluir provas orais |
Fonte: Jornal do Senado
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