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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Popularidade de presidente bate recorde

Autor(es): Por Raquel Ulhôa | De Brasília

O crescimento do percentual da população que considera o governo Dilma Rousseff "ótimo" ou "bom" (de 59% para 62% em três meses) e a estabilidade do alto nível de aprovação da maneira da presidente governar (77%) demonstram que o brasileiro está satisfeito com as medidas anunciadas pela petista, principalmente na área econômica, e não vincula a sua gestão com o chamado "mensalão do PT". A avaliação foi feita pelo gerente-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, na divulgação da terceira rodada da pesquisa CNI-Ibope realizada em 2012.
A pesquisa mostra que as notícias sobre o julgamento do mensalão são as mais lembradas pela população. Na enquete espontânea, sem apresentação de lista ou opções ao entrevistado, 16% fizeram menção ao noticiário sobre o caso. Em segundo lugar, as notícias mais lembradas são as referentes ao anúncio da redução nas tarifas de energia para 2013 (11%). "Aparentemente, a população está informada sobre o mensalão, que é a notícia mais lembrada, mas não está colocando a conta do caso na presidente Dilma. Parece haver uma separação clara: o mensalão ocorreu no governo passado, e o governo da presidente Dilma é outro governo", diz Fonseca.
Para ele, o que deve explicar a melhoria da avaliação do governo é a aprovação das medidas anunciadas na área econômica, como redução das tarifas de energia elétrica e da taxa de juros. "O que o indicador aparenta mostrar é que está havendo reação positiva em relação às medidas econômicas recém-tomadas pelo governo, por isso leva ao crescimento da avaliação do governo."
Um dado curioso da pesquisa, para o qual o gerente-executivo da CNI não apresentou explicação, é que a popularidade da presidente caiu mais entre os dois estratos extremos da sociedade: os entrevistados com renda familiar superior a dez salários mínimos (queda de 16 pontos percentuais) e os mais pobres, com renda familiar de até um salário mínimo (queda de 7 pontos). Em relação às regiões geográficas, os maiores índices de aprovação e confiança estão no Sul (respectivamente 82% e 78%) e no Nordeste (81% e 79%). O Sudeste tem o menor percentual de aprovação (73%) e de confiança (68%).
Fonte: Valor Econômico - 27/09/2012

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