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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

BC dá pausa em sequência de atuações e dólar cai para R$ 2,023


Autor(es): Por José Sergio Osse e João José Oliveira

A ausência de intervenções do Banco Central no mercado de câmbio permitiu que o dólar fechasse a terça-feira em queda, na contramão da alta da moeda americana no exterior. Agentes brasileiros aproveitaram para corrigir parte dos ganhos da véspera e seguir a tendência de valorização do real, que vem sendo represada pelas atuações da autoridade monetária.
O dólar caiu 0,34%, para R$ 2,023, próximo à mínima do dia, que foi de R$ 2,022.
"A ausência do BC hoje [ontem] fez o dólar cair um pouquinho. O mercado aproveita para descontar parte da valorização não realizada do real por conta do BC", disse Felipe Pellegrini, gerente de mesa de tesouraria do Banco Confidence de Câmbio. "O BC já sinalizou que não quer o dólar abaixo de R$ 2, mas como não está tão perto, deixou o mercado rolar."
A terça-feira marcou o primeiro dia nos últimos três sem atuações do BC no câmbio. Nas duas sessões anteriores, a autoridade monetária fez três leilões de swap cambial reverso, que têm o efeito de compra de dólar futuro. Na sexta, o BC agiu para defender o piso de R$ 2 da banda informal - estimada entre R$ 2 e R$ 2,05. Na segunda, aproveitou a abertura em alta do dólar para aumentar a distância para esse piso.
A baixa também foi influenciada por um fluxo comercial positivo. Desde a nova rodada de estímulo econômico adotada pelo Federal Reserve (BC dos EUA), anunciada na semana passada, o mercado espera por um aumento, mesmo que ligeiro, no fluxo cambial, que até agora não se materializou. "O dinheiro realmente vai começar a chegar ao Brasil quando aparecer lá fora, depois que o Fed acelerar as compras de títulos", disse Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora. "Quando isso acontecer, e se o fluxo for grande, vamos ver Mantega abrir o saco de ferramentas para segurar o dólar."
Já as taxas de juros projetadas pelo mercado na Bolsa de Mercadorias & Futuros encerraram o dia com pequenas variações positivas. O contrato DI com vencimento em janeiro de 2013 passou de 7,31% para 7,32%. No caso do DI de janeiro de 2014, a taxa subiu de 7,79% para 7,81%.
Tem predominado no mercado a aposta de que a Selic vai permanecer nos atuais 7,5% ao longo do ano. Mas há quem espere por mais um corte da Selic, de 0,25 ponto percentual. Caso do Itaú Unibanco. "Entendemos a liberação dos compulsórios como mais um instrumento dentro do extenso rol de políticas de incentivo à economia, e não como um substituto a um novo recuo da taxa Selic, para qual esperamos mais uma queda de 25 pontos básicos, para 7,25% ao ano", aponta o economista da instituição financeira Adriano Lopes.

Fonte: Valor Econômico - 19/09/2012

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