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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Anúncio do FED anima a economia; Bovespa sobe pelo 6º pregão consecutivo


Indicador foi impulsionado pela decisão do FED e da desoneração do governo brasileiro

Jornal do BrasilLuciano Pádua
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) apresentou forte alta nesta quinta-feira (13) impulsionada pelo anúncio do Banco Central dos Estados Unidos (FED) de iniciar um novo programa de estímulos à economia. O Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou com valorização de 3,40%, aos 61.958 pontos. Trata-se da sexto pregão consecutivo em que o mercado brasileiro fecha positivo.
Além do noticiário internacional, o Ministério da Fazenda anunciou nessa quinta-feira a desoneração de mais 25 setores da economia. Com a medida, chega a 40 o número de áreas que terão a carga tributária suavizada pelo governo.

De acordo com o economista da TOV Corretora Pedro Paulo Silveira, o mercado reagiu de forma positiva ao anuncio do FED e à iniciativa do governo, que já gerava expectativa nos analistas do setor financeiro.
Para Silveira, a nova rodada de estímulo do FED era muito aguardava pelo mercado internacional e teve impacto extremamente favorável não apenas na bolsa brasileira, mas em todos os mercados do mundo. “Foi um impacto no sentido de valorizar o preço dos ativos reais. De um lado, garantiu que a taxa de juros vai ficar baixa nos EUA por muito tempo e vai aumentar a liquidez (do fluxo de capital). Isso faz com que todas as bolsas subam porque aumenta a expectativa da economia global melhorar. Já era esperado há muito tempo”, analisou Silveira.
Apesar de o ministro da fazenda ter anunciado que o país fará de tudo para que essa liquidez de capitais externos desvalorize o real em relação ao dólar, o economista acredita que isso não ocorrerá. “O Brasil não fica vulnerável. Isso (rodada de estímulos do FED) aumenta a possibilidade de a economia global se recuperar. Ela melhorando, o Brasil melhora e diminui a sua vulnerabilidade”, explica.
A medida do FED definiu que a instituição comprará US$ 40 bilhões por mês em títulos segurados por hipotecas no país mensalmente. Ao contrário das duas outras rodadas de estímulo anunciadas pelo banco, que injetaram mais de US$ 2 trilhões na economia norte-americana, a nova medida não tem prazo para acabar.
Cenário nacional
Na Bovespa, os ativos dos setores siderúrgico e imobiliário foram os destaques positivos. As ações ordinárias e preferenciais da Usiminas subiram 7,92% e 13,49% e lideraram os ganhos. Os papéis da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) avançaram 10,66%, enquanto os da Gerdau, 4,24%.
As construtoras confirmaram a espiral de valorização que apresentaram nas últimas semanas. As ações da Brookfield tiveram ganhos de 9,56%, da Gafisa 9,26%, da Rossi Residencial 8,12%, as da PDG Realty 5,46%, e da MRV Engenharia 5,53%.
Os ativos da Gafisa são os que registram a maior recuperação na bolsa neste ano. Em agosto, seus papéis tiveram valorização de mais de 60%, impulsionados pela possibilidade de a empreiteira vender a Tenda, construtora de edifícios populares da Gafisa.
Na segunda-feira (10), a empresa divulgou que está explorando “opções estratégicas” para a sua subsidiária Alphaville Urbanismo. A construtora não acertou ainda se abrirá o capital da Alphaville, venderá sua participação ou manterá a situação atual. Suas ações valorizam 14,56% no ano. O American Depositary Receipt (ADR), recibos de ações de empresas de fora dos EUA negociados na Bolsa de Nova York, da Gafisa tiveram alta de 8,77% nesta quinta-feira, cotados a US$ 4,59.  
As ações da varejista B2W mantiveram a alta dos últimos meses, impulsionadas pelos rumores de que a Amazon pode vir a comprar a problemática empresa de varejo online da Lojas Americanas. Os papéis da companhia subiram 8,54%. Desde a sua mínima histórica, em 5 de junho, até este momento, os ativos somam ganhos de 86,34%.
No campo negativo, os ativos da Natura tiveram baixa de 3,28% e da Cielo, 2,53%. As ações da empresa do bilionário Eike Batista LLX chegaram a cair 12,62% e encerraram a sessão com queda de 1,26%, após a notícia de que o empresário cancelou a Oferta Pública de Aquisição dos papéis da companhia.  
Cenário internacional
As bolsas europeias encerraram o dia em desvalorização após comentários desfavoráveis sobre a Grécia e antes do resultado da reunião de política monetária do FED. O índice Stoxx Europe 600 teve leve declínio de 0,16%, terminando o dia aos 272,46 pontos.
O índice CAC 40, de Paris, perdeu 1,18%, para 3.502,09 pontos; o índice Dax, de Frankfurt, caiu 0,45%, para 7.310,32 pontos; o índice FTSE MIB, de Milão, teve queda de 1,07%, para 16.244,28 pontos; e o índice PSI20, de Lisboa, encerrou o pregão com baixa de 0,60%, aos 5.334,03 pontos. As informações são da Dow Jones.
Nos EUA, os principais índices do mercado fecharam em alta, impulsionados pela medida do FED. O Dow Jones, que agrega as 30 principais blue chips americanas, subiu 1,55%, aos 13.540 pontos, enquanto o S&P 500, que reúne as 500 principais empresas do país, avançou 1,63%, aos 1.460 pontos. Ambos os indicadores registraram suas máximas desde 2007. O Nasdaq Composite, de ações de tecnologia, teve alta de 1,33%, aos 3.156 pontos.

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