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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Criatividade vai compensar baixo orçamento na abertura dos Jogos Rio 2016

22/09/2015 19h43
Rio de Janeiro
Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil
Com uma estimativa de orçamento dez vezes menor do que o dos Jogos de Londres 2012, as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 terão muita criatividade com baixo custo. É o que prometem os diretores Fernando Meirelles, Andrucha Waddington e Daniela Thomas, responsáveis pela festa de abertura, e Rosa Magalhães, que fará o encerramento.

Londres teve um gasto estimado, só com a cerimônia de abertura, de 27 milhões de libras. Somando os gastos das cerimônias de encerramento e abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicosteve, eles chegaram 80 milhões de libras.

Para Meirelles, o orçamento menor dos Jogos do Rio não vai diminuir a grandiosidade dos eventos de abertura e encerramento. “Para a gente isso não é um limite ou um drama, porque não faz sentido o Brasil fazer uma cerimônia espalhafatosa, torrar dinheiro num país que não tem saneamento; Bangu [bairro da zona oeste da capital fluminense] não tem saneamento. A gente não pode gastar a fortuna que foi gasto em Pequim ou em Londres. Então eu acho, de bom senso e sensato, nós apostarmos num bom conceito, no bom gosto. Um recado muito legal, sem esbanjar. Não é higt tech, é higt concept”, disse.

Rosa Magalhães garantiu que o luxo não vai faltar, apesar da festa ter um conceito diferente do carnaval. “Olha, o luxo a gente vai ter que ter alguma coisa, pelo menos papel prateado. Eu espero colocar um papel rochedo [alumínio] que passe por um strass grande. Não vai ser pobrinho não, uns penachos de vez em quando. Carnaval tem muitas facetas.”

Apesar de algumas dificuldades técnicas que o Maracanã oferece, como o campo ser menor do que os de estádios olímpicos, sem a pista de atletismo e ter portas de acesso pequenas, Andrucha Waddington prometeu muita ousadia, como em Londres, onde foi simulado um salto de paraquedas da rainha Elizabeth II com o personagem dos filmes de ação James Bond. “A ideia é quebrar tudo, a ousadia é nossa arma. A nossa rainha será a nossa cultura popular".

Sobre a possibilidade de vaias aos governantes, como ocorreu na abertura da Copa do Mundo 2014, Daniela Thomas, lembra que o país já passou por momentos políticos mais difíceis que o atual, como os 22 anos de ditadura militar, e que crises políticas acontecem no mundo inteiro, sendo as olimpíadas um período propício para superar as diferenças.

“As Olimpíadas passam por todas as questões políticas e fala sobre o humano, sobre o respeito, a admiração, sobre gostar, ter energia, ter vontade de viver. A gente quer fazer uma grande festa, a festa sempre é o melhor remédio. Se ela existir [a vaia], ela vai ser incorporada, do mesmo jeito que o Hino Nacional é cantado pela plateia, a vaia faz parte da festa. Vaiar, pular, gritar, tudo isso a gente quer, a gente quer todas as formas de atuação da plateia”.

Serão necessários 12 mil voluntários para as quatro cerimônias e 10 mil pessoas já se inscreveram. Não é preciso ser profissional, mas é desejável ter algumas habilidades específicas, como dança, patins, música, bicicleta e atuação. As inscrições on-line estão abertas até 30 de setembro. As audições começam no dia 7 de novembro e vão até fevereiro. Os ensaios começam em abril de 2016, três vezes por semana. A abertura dos Jogos está marcada para 5 de agosto e o encerramento no dia 21. Nos Jogos Paralímpicos, a abertura ocorre no dia 7 de setembro e o encerramento em 18 de setembro.

Edição: Aécio Amado


Fonte: Agência Brasil

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