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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Mutirão do Into faz 120 operações de joelho nesta semana para diminuir fila

22/09/2014 17h27
Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
Um mutirão de médicos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), no Rio de Janeiro, vai operar, até sexta-feira (26), 120 pacientes que necessitam de procedimentos de média e alta complexidade no joelho, como artrose, artrites, lesões e deformidades que comprometem a função normal do joelho. Dentre as cirurgias já confirmadas estão as de artroplastia, osteotomia e de reconstrução de ligamentos.

Este é o 19º mutirão de cirurgia do Into, desde o ano passado, para tentar diminuir a fila de cirurgias de cerca de 14 mil pessoas em todo o país. O vice-diretor do Into e especialista em joelho, Naasson Cavanellas, explicou que as cirurgias de joelho são as mais procuradas.

“Hoje a maior fila é a de artroplastia de joelho [que substitui articulações com artrose por uma prótese]. São cerca de 2 mil pessoas", explicou ele, e acrescentou que “existe uma demanda natural no mundo para esse tipo de cirurgia, por ser de alta complexidade e porque as pessoas têm vivido mais e querem ter maior qualidade de vida”. Ele comentou também que o avanço da tecnologia tem possibilitado bons resultados com tais cirurgias.

Cavanellas acredita que filas como a da artroplastia tendem a crescer, não apenas pelo aumento da população idosa, como também pelo fato de o Into ser referência no território nacional. “Entre fazer uma cirurgia complexa com um médico desconhecido, em um hospital talvez não tão bem aparelhado, ele [paciente] prefere esperar para ser atendido aqui”, argumentou.

Apesar da longa espera, que pode demorar meses e até anos em alguns casos, o médico ressaltou que o número de cirurgias, em 2013, foi 42% maior do que em 2012, quando a fila de espera chegava a 21 mil pessoas. De janeiro de 2013 até agosto deste ano foram feitas 13.987 cirurgias pela equipe do Into - 5,2 mil só neste ano.

O recadastramento e a revisão administrativa e assistencial de pacientes da lista de espera, além das parcerias com unidades de saúde com serviço de ortopedia, como os hospitais estaduais da Criança e Dona Lindu, no Rio de Janeiro, possibilitaram essa redução.

“A maioria dos pacientes são idosos com diagnóstico de artrose, doença que causa o desgaste da articulação, provocando dor, inchaço e rigidez. A cirurgia restaura a função do joelho e alivia a dor, permitindo que a pessoa retorne às suas atividades diárias. Os pacientes passam ainda por tratamento de fisioterapia para ajudar na reabilitação”, explicou.

O Centro de Cirurgia de Joelho faz aproximadamente mil consultas e 120 procedimentos cirúrgicos por mês. Em 2013 fez 1.524 cirurgias, número recorde anual, sendo a maior parte de artroplastia total primária (primeira prótese de joelho) e para substituir a articulação por prótese.

No mês passado, a Defensoria Pública exigiu na Justiça que a União apresente, em 160 dias, um plano para reduzir a fila de espera do Into.

A assessoria do Into explicou que o instituto vem cumprindo as solicitações da Defensoria Pública, e adiantou que medidas já vinham sendo tomadas antes da exigência judicial, cujas ações estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público Federal e pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) do Ministério da Saúde.

Fonte: Agência Brasil

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