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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DIREITOS HUMANOS - Comissão deve ir à Amazônia investigar denúncias de turismo sexual

Brasília, quarta-feira, 31 de outubro de 2012 - Ano 13 Nº 2887
Marcello Larcher

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes deve ir à Amazônia averiguar denúncias do envolvimento de agencias de turismo, motéis e barcos privados na oferta de sexo com menores em território brasileiro. A CPI também deve visitar áreas indígenas para investigar denúncias envolvendo a exploração de crianças índias.

A presidente da Comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF), não ficou satisfeita com as explicações dadas pela Marinha e pela Amazonastur, estatal responsável pelo fomento ao turismo no estado do Amazonas, em audiência realizada ontem. “Temos uma série de denúncias, algumas já comprovadas, de associação do turismo de pesca à exploração sexual de crianças e adolescentes. Não estamos dizendo que é todo o turismo, não é isso”, disse.

A deputada disse que a comissão vai a Manaus e deve convocar o vereador Elias Emanuel (PSB), que fez as denúncias, foi convidado para explica-las à CPI, mas disse que não poderia comparecer por estar fazendo sua prestação de contas eleitoral.

A relatora da CPI, deputada Liliam Sá (PSD-RJ) disse que há indícios de que estão sendo oferecidos, nos Estados Unidos, pacotes turísticos para americanos que viriam fazer sexo com menores no Brasil.

Campanhas - Uma das diretoras da Amazonastur, Luciana Vieira de Souza, responsável pela fiscalização de estabelecimentos turísticos, disse à CPI que não tem dados sobre exploração sexual no estado, e que embora haja denúncias, elas são localizadas e ocorrem à margem do turismo oficial. No entanto, a empresa faz, segundo Luciana, campanhas constantes para esclarecer a população e os empresários do setor de turismo de forma a diminuir o problema.

O capitão dos portos da Amazônia Ocidental da Marinha do Brasil, Paulo César Machado, afirmou que a Capitania fiscalizou mais de 21 mil embarcações neste ano e não encontrou indícios de crime. Mas ressaltou que, além de não ser competência da Marinha combater esse tipo de crime, a exploração sexual de crianças e adolescentes é difícil de ser caracterizada.

“Nosso pessoal não é preparado para identificar esse tipo de crime, que não é fácil de perceber em fiscalizações de rotina. Mas estamos preparados para apoiar qualquer órgão que tenha esse conhecimento e mesmo para ajudar a fiscalizar a saída desses barcos de turismo”, disse.

A ida de integrantes da CPI à Amazônia ainda não tem data definida, mas a expectativa é que ocorra ainda neste ano.
Fonte: Jornal da Câmara

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