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terça-feira, 30 de junho de 2015

O plano realista da Petrobras



Empresa de petróleo e gás com o maior endividamento do mundo, a Petrobras anunciou ontem o novo plano de negócios focado em reduzir a alavancagem até 2018. Para isso, a companhia vai reduzir 37% nos investimentos entre 2015 e 2019 e colocar em prática um programa ousado de venda de ativos, que pretende recuperar ao caixa da empresa US$ 15,1 bilhões até 2016 e mais US$ 42 bilhões entre 2017 e 2018. Para alcançar o objetivo, o plano foi todo construído em cima de novos parâmetros de mercado, mais realistas, e com foco específico no setor de produção e exploração de óleo e gás.

O plano de investimento da companhia, que previa aportes de R$ 206,8 bilhões até 2019, foi reduzido para US$ 130,3 bilhões. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, ressaltou que as premissas acompanham a nova realidade. O plano anterior previa preço do barril de brent em US$ 120. Hoje está em US$ 60. “Também estamos diante de uma taxa cambial diferente. Tudo foi revisto para colocar a empresa num rumo gerencial correto. Nós queremos reduzir o endividamento e focar a rentabilidade ”, afirmou.

A Petrobras, que hoje tem uma alavancagem cinco vezes maior que sua geração de caixa, pretende reduzir o endividamento líquido para menos de 40% até 2018 (o equivalente a três vezes a geração de caixa) e para menos de 35% a partir de 2020 (2,5 vezes o caixa). Para isso, diminuiu também a previsão de produção, que antes era de 4,8 milhões de barris diários em 2020, para 2,8 milhões de barris diários. “Não podemos comemorar os cortes. Por outro lado, o plano é positivo porque, pela primeira vez em 10 anos, é um projeto realista”, avaliou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires.

O foco na atividade-fim, de produção e exploração de óleo e gás, ficou evidente no plano, que deixou de lado projetos em outros segmentos, como petroquímicos e fertilizantes. Do total de US$ 108,6 bilhões, 86%serão alocados para desenvolvimento de produção; 11% para exploração; e 3% para suporte operacional. Serão destinados US$ 64,4 bilhões a novos sistemas de produção no Brasil, dos quais 91% no pré-sal.

No plano de investimentos total, apenas uma parcela de 10% dos recursos será destinada a abastecimento, cerca de US$ 12,8 bilhões. “Isso é preocupante. Pode significar que o país ficará mais dependente das importações de derivados de petróleo”, ressaltou Pires.

Fonte: Sinopse da Marinha/Correio Braziliense    

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