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terça-feira, 30 de junho de 2015

Fronteiras blindadas

O Estado israelense decidiu reforçar o isolamento físico dos vizinhos árabes, com a construção de uma barreira (muro ou cerca) de 30km de extensão na fronteira com a Jordânia. O plano foi aprovado ontem pelo Gabinete de Segurança — composto pelos ministros ligados à área — e anunciado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. De acordo com ele, a medida foi elaborada em coordenação com as autoridades de Amã, e ainda não foi definida a data para o início das obras.

A nova barreira tem como propósito conter o fluxo de imigrantes africanos — e de jihadistas que poderiam se infiltrar entre eles — para território israelense através da Jordânia. “Isso é uma parte importante da nossa segurança nacional”, justificou Netanyahu. Outra preocupação do governo israelense é reforçar a segurança nos arredores do aeroporto internacional de Timna. A estrutura deve ser inaugurada no ano que vem e foi construída como alternativa para momentos em que o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, seja ameaçado por ataques de foguetes provenientes da Faixa de Gaza. Durante o último conflito entre forcas de Israel e o grupo palestino Hamas, no ano passado, o terminal chegou a ser fechado diante da ameaça de bombardeio.

O plano aprovado pelo Gabinete de Segurança define que a barreira seja erguida entre o balneário de Eilat, às margens do Mar Vermelho (extremo sul de Israel) e o aeroporto de Timna. Ela será praticamente a continuação das cercas e muros de 5m de altura que separam o país da região egípcia do Sinai. Na fronteira norte, outra cerca divide Israel e a Síria, inclusive no território das colinas de Golã, sob ocupação israelense desde 1967. Segundo o jornal Haaretz, a estrutura projetada para separar a Jordânia será semelhante à utilizada nas outras duas regiões dotadas de cercas de alta tecnologia, e deve contar com um sistema de recolhimento de informações. A obra foi orçada preliminarmente em dois bilhões de shekels (cerca de R$ 1,6 bilhão), verba já liberada pelo Gabinete de Segurança.

Israel assinou um acordo de paz com a Jordânia em 1994, e desde então mantém relações cordiais. A fronteira bilateral soma 240km, que incluem os 95km de extensão do vale do Jordão. Uma nota emitida pelo gabinete de Netanyahu esclareceu que Amã foi previamente informada sobre todo o plano de construção do bloqueio.

Anel de segurança
Quando o projeto de extensão das barreiras estiver concluído, o país estará praticamente rodeado por um anel de alta segurança. Além das cercas externas, Israel mantém uma rede de cercas e muros que isolam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Essas barreiras físicas são alvo de críticas dos que acusam o país de bloquear os acessos ao território palestino.

Apesar dos esforços de segurança, mais um ataque contra um veículo israelense foi reportado ontem na Cisjordânia. Segundo o Jerusalem Post, um carro que passava pelos assentamentos de Shilo e Shvut Rachel foi atingido por tiros, na noite passada. Três pessoas ficaram feridas, e pelo menos uma estava em estado grave.

Proteção reforçada
Desde 2013, os 266km de fronteira entre Israel e Egito são marcados por uma cerca de 5m de altura, coberta por arame farpado. A barreira se estende da Faixa de Gaza até o balneário de Eilat, a fim de conter o fluxo de pessoas e o contrabando de armas para o território palestino. No mesmo ano, Israel concluiu a construção de uma cerca de 70km de extensão ao norte de seu território, nas Colinas de Golã, para impedir a passagem de jihadistas vindos da Síria.

Fonte: Sinopse da Marinha/Correio Braziliense   

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