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segunda-feira, 4 de março de 2013

Super Tucano da Embraer vence batalha nos EUA

Finalmente prevaleceu o critério técnico dos especialistas e pilotos norte-americanos e a Embraer venderá Super Tucanos para a Força Aérea dos Estados Unidos, Usaf, na sigla em inglês. Serão 20 aeronaves de ataque.

É a segunda vez que a empresa brasileira vence a escolha da aeronave do programa de apoio aéreo leve - LAS, nas iniciais em inglês.

O contrato de US$ 427 milhões estava suspenso desde o início de 2012 por causa de uma ação judicial movida pela única outra concorrente, a americana Hawker, que discordava da seleção da Embraer Defesa e Segurança (EDS), em dezembro de 2011.

Os aviões serão repassados para as forças de autodefesa do Afeganistão, compondo uma nova aeronáutica de combate no país.

Há possibilidades de venda de 55 aeronaves, no valor de US$ 955 milhões. Todo o empreendimento é conduzido com um parceiro americano, a corporação Sierra Nevada, de Sparks, no estado de Nevada.

A encomenda cobre o lote dos 20 aviões, as estações terrestres de treinamento, os componentes e peças, mais a instrução do pessoal técnico. A venda habilita o Super Tucano e a própria EDS no muito restrito mercado de defesa dos Estados Unidos e alavanca as possibilidades de outros negócios.

Assim, o potencial desse produto no mercado mundial - estimado em US$ 4,5 bilhões - agora crescerá muito. O A-29 Super Tucano ganhou nome novo nos EUA, onde é tratado de Super-T. A Embraer vai produzir os aviões na fábrica de Jacksonville, na Flórida.

O Super-T ganhou novidades importantes. A Boeing fornecerá equipamentos de ponta, como o Joint Direct Attack Munition (Jdams), espécie de kit que transforma bombas “burras” em versões “inteligentes”, para ataques de precisão.

O Super Tucano é usado por forças de nove países e tem 180 mil horas de voo, das quais cerca de 28,5 mil cumprindo missões de combate. Toda a frota em atividade soma 172 turboélices de ataque e treino.

A aeronave emprega 130 diferentes configurações de armamento.

Agora, como contrapartida e tendo em vista que também é o melhor equipamento, o Brasil deve fazer a opção pelos aviões F-18 Hornet, norte-americanos, muito testados, e que trarão a tecnologia dos supersônicos para a Embraer.

Desde o ano de 2000 que a Força Aérea Brasileira (FAB) espera pelos novos caças supersônicos, para substituir os F-5 e os Mirage, com mais de 30 anos de uso, embora repotencializados.

Coube aos governos militares implantarem no País uma infraestrutura industrial bélica, cujo expoente é, hoje, a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).

Ora, os países que detêm a tecnologia são os mais poderosos. Depois de produzirmos aviões comerciais na Embraer, poderão sair da fábrica de Gavião Peixoto os caças supersônicos que equiparão a FAB até o ano de 2050.

Os franceses estão fornecendo helicópteros pesados e submarinos, além de uma base naval para os submersíveis. Norte-americanos e franceses serão atendidos, e o Brasil não importará mais tantos equipamentos para as nossas defasadas Forças Armadas.

Enfim, só se corrige o que se critica, criticar é um dever, e o progresso é obra de dissidentes.

Foi assim com a Embraer.
 
Fonte: Jornal do Comércio - RS - Editorial

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