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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Vale vende ouro de minas no Brasil e Canadá

06/02/2013
Autor(es): Por Vera Saavedra Durão e Rafael Rosas | Do Rio
A Vale acaba de fechar um negócio inédito na história da companhia e que vai render ao seu caixa no curto prazo US$ 1,9 bilhão. A mineradora assinou um acordo com a canadense Silver Wheaton Corp. (SLW), da área de metais, de venda de parte do ouro que extrairá como subproduto das minas de cobre de Salobo, no Brasil, e das minas de Sudbury, no Canadá. Além do adiantamento, o pacote inclui o pagamento à Vale de US$ 100 milhões em opções sobre as ações da SLW negociadas na bolsa de Nova York.
O contrato dá direito à SLW de adquirir 25% de todo o ouro a ser produzido em Salobo durante toda a vida da mina, calculada em 50 anos. No caso de Sudbury, a canadense vai comprar 70% do metal precioso extraído das sete minas do complexo de níquel no Canadá por um período de 20 anos.
A expectativa da Vale é que quando Salobo I e II estiverem à plena operação deverão produzir entre 60 e 70 mil onças (31 gramas) de ouro ao ano. As minas de Sudbury extraem o equivalente a 40 mil onças ao ano.
Dos US$ 1,9 bilhão adiantados na transação pela SLW, US$ 1,33 bilhão correspondem ao adiantamento pelos 25% do ouro de Salobo e US$ 570 milhões adicionados a US$ 100 milhões em opções de ações da SLW pelos 70% do metal de Sudbury.
Além disso, a Vale vai receber pagamentos em dinheiro no futuro para cada onça de ouro entregue a SLW. Os pagamentos serão iguais ao menor valor entre US$ 400 por onça (mais um ajuste anual para inflação de 1% a partir de 2016 no caso do Salobo) e o preço de mercado. A onça do ouro foi cotada ontem a US$ 1,672,85. Se a Vale decidir expandir Salobo para mais de 28 milhões de toneladas de cobre antes de 2031, poderá receber ainda um pagamento em dinheiro de até US$ 400 milhões dependendo do tamanho da expansão.
O fato de a Vale ter acertado a venda de participações na produção de ouro dessas minas sem se comprometer com quantidade fixa - a SLW tem direito a um percentual do ouro produzido nas minas - compromete a canadense com o risco Salobo e o risco Sudbury, tornando-a quase uma sócia na produção de ouro dessas minas.
O acordo com a SLW tem duas aspirações para a Vale: revelar o valor dos ativos da empresa através de novos negócios e reforçar o caixa nos tempos difíceis para sustentar seu programa de investimentos. O adiantamento recebido por 25% do ouro de Salobo se multiplicado por quatro ou seja 100% equivale a US$ 5,3 bilhões, um valor superior ao custo do projeto de US$ 4,2 bilhões. A meta da companhia é levar os investidores a perceber que ela pode tirar o máximo de metais fora de seu portfólio. Depois de anos a Vale pode voltar a ser uma grande produtora do metal.
 Fonte: Valor Econômico

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