Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília
– O Vaticano estuda a possibilidade de limitar o número de visitantes à
Capela Sistina, que diariamente recebe em média mais de 10 mil pessoas. Há dias
em que o número de turistas no local chega a 20 mil, segundo dados do Vaticano.
No total, são cerca de 5 milhões de visitantes por ano. A Capela Sistina fica
no Palácio Apostólico, onde mora o papa Bento XVI, e reúne obras de vários
artistas da Renascença.
A possibilidade de limitação aos turistas foi divulgada hoje (31) pelo
diretor dos Museus do Vaticano, Antonio Paolucci, em texto publicado no jornal
oficial do vaticano, o L'Obsservatore
Romano.
Segundo o Vaticano, o barulho e o excesso de gente impossibilitam
que as pessoas possam apreciar as famosas pinturas de Michelangelo no teto.
Especialistas dizem que a umidade e o pó também estão colocando em risco
algumas das pinturas. Hoje é comemorado o 500º aniversário da data em que
Michelangelo terminou suas obras na Capela Sistina.
“Poderíamos conter o acesso e introduzir o número limitado”, disse o
diretor de Museus do Vaticano. “É preciso pôr em prática todas as providências
tecnológicas mais avançadas capazes de garantir a eliminação da poeira e dos
poluentes, a troca de ar e o controle da temperatura e da umidade”,
acrescentou.
Paolucci não disse quando a restrição ao número de turistas começa a
vigorar, mas informou que será “em breve e em curto prazo.” No texto, o diretor
lembra que, em 31 de outubro de 1512, o papa Júlio II inaugurou a Abóbada de
Michelangelo, concluída depois de quatro anos.
Ele recorda que o papa não imaginava aquela arte se tornaria um objeto
de admiração e até de destruição. Paolucci destaca, no texto, que a arte
europeia passou por transformações a partir das pinturas na Capela Sistina.
Fonte: Agência Brasil
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