Simone Goldberg
Rio -
Com os esforços
voltados para o desenvolvimento das reservas do pré-sal, a Petrobras
reduziu seu apetite por empreitadas internacionais. Além do Brasil, a
estatal já fincou sua bandeira em 27 países e em dezoito deles tem
atividades de exploração e produção (E&P): Estados Unidos, México,
Austrália, Turquia, várias nações africanas e sul-americanas são
exemplos. Seu plano de negócios em vigor, para o período 2012-2016,
prevê investimentos totais de US$ 236,5 bilhões. Destes, US$ 10,7
bilhões - dos quais US$ 6 bilhões em projetos em implantação - serão
aplicados fora das fronteiras brasileiras, com foco em E&P.
O plano de negócios atual também prevê um
programa de desinvestimentos no exterior, avaliado em US$ 14,8
bilhões. Na lista de itens "vendáveis" já estão participações em
blocos exploratórios no Golfo do México e refinarias, uma nos Estados
Unidos e outra no Japão
. As conversas para a venda dos blocos exploratórios no Golfo do México já estão em andamento. Nos
Estados Unidos, além da refinaria de Pasadena, a estatal tem
participação em mais de 170 blocos exploratórios - a maioria em águas
profundas - e é operadora em mais de cem deles.
"A alienação de ativos de refino e de exploração e
produção no exterior reflete a mudança do foco estratégico da empresa,
que agora visa o atendimento da demanda doméstica e o desenvolvimento
do pré-sal", diz o analista de petróleo da Tendências, Walter de
Vitto.
Fonte: Valor Econômico / Sinopse do Comando da Marinha
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