Quarta-feira, 17 de outubro de 2012 -
09h15
Lyne Santos
O investimento na infraestrutura “fora dos portos”, em acessos
rodoviários e ferroviários, é uma das principais medidas para que seja
garantida a expansão do transporte de cargas por contêineres, analisou o
presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop),
Mauro Salgado.
A observação está ligada ao fato de que as caixas metálicas são as que demandam uma logística mais sofisticada, com a utilização de caminhões e terminais retroportuários.
Para Salgado, que também é o diretor administrativo-comercial da Santos Brasil, grupo que explora, entre outras instalações portuárias, o Terminal de Contêineres (Tecon) de Santos, com a aplicação de recursos nessa infraestrutura, será possível para o País crescer no segmento de contêineres na proporção de um para três – ou seja, para cada 2% de incremento no PIB (Produto Interno Bruto), um aumento de 6% na movimentação dos contêineres. No mundo, o transporte por cofres cresce o dobro do PIB.
E, segundo o executivo, o Governo começou a entender essa necessidade. Uma demonstração foi a criação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), contratado pela Secretaria de Portos (SEP) e elaborado pela Universidade de Santa Catarina. “Do montante de dinheiro que deve ser gasto para que os portos atendam tudo que o País precisa até 2030, 65% será aplicado fora dos portos e 35% nos portos”, disse.
Porém, para que esses investimentos funcionem, o diretor acredita que o grande dever de casa é fazer com que a SEP e o Ministério dos Transportes consigam trabalhar juntos. Ambos atuarão em parceria no Plano Nacional de Logística Integrada, originado a partir do PNLP. “Temos preocupação de que hoje isso ainda não esteja funcionando bem”, disse.
Ao fazer uma análise da movimentação de contêineres nos portos brasileiros, Salgado destacou a existência de problemas em dois estados, onde o Governo precisará tomar providências: Paraná e Bahia. “O Governo ficou parado durante muito tempo. Não tomou as providências necessárias para que a oferta acompanhasse a demanda nessas regiões. O que falta é oferta de capacidade para contêineres”, afirmou.
A observação está ligada ao fato de que as caixas metálicas são as que demandam uma logística mais sofisticada, com a utilização de caminhões e terminais retroportuários.
Para Salgado, que também é o diretor administrativo-comercial da Santos Brasil, grupo que explora, entre outras instalações portuárias, o Terminal de Contêineres (Tecon) de Santos, com a aplicação de recursos nessa infraestrutura, será possível para o País crescer no segmento de contêineres na proporção de um para três – ou seja, para cada 2% de incremento no PIB (Produto Interno Bruto), um aumento de 6% na movimentação dos contêineres. No mundo, o transporte por cofres cresce o dobro do PIB.
E, segundo o executivo, o Governo começou a entender essa necessidade. Uma demonstração foi a criação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), contratado pela Secretaria de Portos (SEP) e elaborado pela Universidade de Santa Catarina. “Do montante de dinheiro que deve ser gasto para que os portos atendam tudo que o País precisa até 2030, 65% será aplicado fora dos portos e 35% nos portos”, disse.
Porém, para que esses investimentos funcionem, o diretor acredita que o grande dever de casa é fazer com que a SEP e o Ministério dos Transportes consigam trabalhar juntos. Ambos atuarão em parceria no Plano Nacional de Logística Integrada, originado a partir do PNLP. “Temos preocupação de que hoje isso ainda não esteja funcionando bem”, disse.
Ao fazer uma análise da movimentação de contêineres nos portos brasileiros, Salgado destacou a existência de problemas em dois estados, onde o Governo precisará tomar providências: Paraná e Bahia. “O Governo ficou parado durante muito tempo. Não tomou as providências necessárias para que a oferta acompanhasse a demanda nessas regiões. O que falta é oferta de capacidade para contêineres”, afirmou.
Um dos principais gargalos logísticos do Porto de Santos está na entrada da cidade
Em relação a Santos, o executivo afirmou que o Terminal de Contêineres (Tecon), operado na Margem Esquerda (Guarujá), continua trabalhando abaixo de sua capacidade, com cerca de 1,5 milhão de TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. A capacidade total é de 2 milhões de TEUs anuais.
De acordo com Salgado, a tendência é que o cenário continuará o mesmo, apesar da entrada em funcionamento, no próximo ano, dos empreendimentos da Brasil Terminal Portuário (BTP) e da Embraport, ambos em construção no cais santista.
“Haverá, sim, uma redistribui-ção de cargas”, enfatizou o empresário, prevendo ainda a migração de mercadorias de outras regiões – sobretudo do Espírito Santo, com o fim da guerra fiscal (unificação do ICMS). “Se fala hoje em uma migração de 10% do total movimentado por Santos, cerca de 33 mil TEUs”, explicou, referindo-se às cargas que deverão vir para o cais santista.
Sobre a construção dos dois novos terminais, que serão concorrentes do Tecon, Salgado se mostrou otimista. “Sempre estamos preocupados com a concorrência porque queremos ser os melhores. Mas a pior situação é você ter pouca capacidade no Porto, porque aí a carga migra do porto e trazê-la de volta é muito difícil, ainda mais se o outro lugar está funcionando”, observou.
Para o executivo, a BTP e a Embraport aparecem em um momento decisivo, pois, sem os novos terminais, o complexo santista teria problemas em cerca de um ou dois anos. “Eles garantem que a carga vai continuar sendo do Porto. Um estudo da Codesp apontou que, até 2022, com os terminais, não haverá falta de capacidade para contêineres em Santos”.
Fonte: A Tribuna
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