20/10/2012 - 10h15
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os países ricos se comprometeram a dobrar as doações para
o Plano Estratégico de Biodiversidade. Na opinião do secretário
executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani, esse
será o grande legado da 11ª Conferência das Partes da Convenção sobre
Diversidade Biológica (COP11), que ocorreu até ontem (19) na cidade de
Hyderabad, Índia.
Com o compromisso serão disponibilizados mais 3 bilhões de euros
para apoiar o cumprimento das Metas de Aichi, que pretendem, até 2020,
promover a proteção dos ecossistemas mundiais. “O importante é que os
países ricos vão dobrar doações em relação à média entre 2006 e 2010.
Isso significa que teremos mais 3 bilhões de euros adicionais para
apoiar as Metas de Aichi”, disse o secretário com exclusividade à Agência Brasil, momentos antes de deixar Hyderabad.
“As negociação que fizemos foram muito bem sucedidas, graças à
atuação do nosso ministério [MMA] e do Itamaraty. O guarda-chuvas do
Ibsa [grupo formado por Brasil, da Índia e da África do Sul, destinado a
alinhar o posicionamento dos três países durante as negociações]
funcionou”, disse o secretário.
A conquista foi mais significativa pelo fato de os países ricos
terem alegado que a crise mundial impossibilitaria compromissos mais
significativos da parte deles. Como os Estados Unidos não são
signatários do Protocolo de Nagoia, assinados em 2010 na COP10, eles não
estão entre os países que assumiram o compromisso.
Participaram da COP11 negociadores de mais de 192 países. Os
recursos captados serão utilizados pelos países mais pobres para
implantar o Plano Estratégico de Biodiversidade, orientados pelas Metas
de Aichi a partir de cinco objetivos estratégicos: como envolver governo
e sociedade na identificação e no combate às causas fundamentais de
perda de biodiversidade; reduzir as pressões sobre a biodiversidade;
promover a sustentabilidade; proteger os ecossistemas, espécies e
diversidade genética e usar os benefícios de biodiversidade e serviços
ecossistêmicos.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: Agência Brasil
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