Enquanto convivem com a tarefa de,
ao mesmo tempo, aderir à fibra óptica sem subutilizar as redes já construídas,
as teles têm metas de qualidade do serviço de banda larga a cumprir.
Atualmente, pelos contratos, as
operadoras não têm a obrigação de entregar a totalidade da velocidade
contratada pelo consumidor, mas só 10%. A partir de novembro, a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai usar outros parâmetros para
fiscalizar as velocidades.
As empresas terão de garantir, no
mínimo, 20% da velocidade prometida. Esse percentual vai aumentar
gradativamente, para 30% e 40%, até o fim de 2014. Na média, as velocidades têm
de ficar em torno de 60% do que foi contratado, chegando a 80% daqui a dois
anos.
Para conseguir fiscalizar esses
serviços, a Anatel está recebendo inscrições de voluntários de todo o país, que
tenham banda larga e concordem em participar do programa. Batizado de Brasil
Banda Larga, o projeto recebeu mais de 45 mil inscritos em pouco mais de 15
dias de início.
A Anatel precisa apenas de 12 mil
voluntários, que irão receber um aparelho medidor, gratuitamente, em casa, e
não poderão revelar a ninguém, sobretudo às operadoras, que participam dessa
fiscalização do governo.
Para o presidente da Anatel, João
Rezende, essa é uma boa oportunidade para que as empresas melhorem suas redes
para entregar um serviço melhor. "É importante que cidadãos de todos os
Estados participem, para que tenhamos um raio X de como está a banda larga
nacionalmente", afirmou Rezende.
Dos 45 mil inscritos até sexta-feira,
mais da metade encontra-se na região Sudeste do país. Do Estado de São Paulo,
11.795 se cadastraram. No Rio de Janeiro, foram 5.692 e em Minas Gerais, 5.529
inscrições, feitas on-line.
A Anatel informou que embora as
inscrições já tenham superado em quase 400% a necessidade de voluntários,
precisará de mais interessados das demais regiões. No Acre, por exemplo, foram
apenas 136 inscritos.
As medições só poderão ser feitas
nos serviços das empresas que têm mais de 50 mil clientes. Caso da Oi, Net,
Telefônica/Vivo, GVT, Algar Telecom (CTBC), Embratel, Sercomtel e Cabo Telecom.
A fiscalização da banda larga fixa
vem dois meses depois de a Anatel ter avaliado o serviço móvel das teles. Em
julho, a agência suspendeu as vendas de chips de três delas por 11 dias.
Fonte:
Valor
Econômico - 20/09/2012
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