Autor(es): Por Raquel Ulhôa | De Brasília
O crescimento do percentual da população que considera o governo
Dilma Rousseff "ótimo" ou "bom" (de 59% para 62% em três meses) e a
estabilidade do alto nível de aprovação da maneira da presidente
governar (77%) demonstram que o brasileiro está satisfeito com as
medidas anunciadas pela petista, principalmente na área econômica, e não
vincula a sua gestão com o chamado "mensalão do PT". A avaliação foi
feita pelo gerente-executivo da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Renato da Fonseca, na divulgação da terceira rodada da pesquisa
CNI-Ibope realizada em 2012.
A pesquisa mostra que as notícias sobre o julgamento do mensalão são
as mais lembradas pela população. Na enquete espontânea, sem
apresentação de lista ou opções ao entrevistado, 16% fizeram menção ao
noticiário sobre o caso. Em segundo lugar, as notícias mais lembradas
são as referentes ao anúncio da redução nas tarifas de energia para
2013 (11%). "Aparentemente, a população está informada sobre o
mensalão, que é a notícia mais lembrada, mas não está colocando a conta
do caso na presidente Dilma. Parece haver uma separação clara: o
mensalão ocorreu no governo passado, e o governo da presidente Dilma é
outro governo", diz Fonseca.
Para ele, o que deve explicar a melhoria da avaliação do governo é a
aprovação das medidas anunciadas na área econômica, como redução das
tarifas de energia elétrica e da taxa de juros. "O que o indicador
aparenta mostrar é que está havendo reação positiva em relação às
medidas econômicas recém-tomadas pelo governo, por isso leva ao
crescimento da avaliação do governo."
Um dado curioso da pesquisa, para o qual o gerente-executivo da CNI
não apresentou explicação, é que a popularidade da presidente caiu mais
entre os dois estratos extremos da sociedade: os entrevistados com
renda familiar superior a dez salários mínimos (queda de 16 pontos
percentuais) e os mais pobres, com renda familiar de até um salário
mínimo (queda de 7 pontos). Em relação às regiões geográficas, os
maiores índices de aprovação e confiança estão no Sul (respectivamente
82% e 78%) e no Nordeste (81% e 79%). O Sudeste tem o menor percentual
de aprovação (73%) e de confiança (68%).
Fonte: Valor Econômico - 27/09/2012
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