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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dilma afaga dissidentes do PMDB com cargo na Caixa

18/06/2014 - 07:25
Política

Presidente nomeou para uma das vice-presidências do banco indicado de Geddel Vieira Lima, um dos líderes da ala rebelde do partido aliadoA presidente Dilma Rousseff participa da Convenção Nacional do PMDB, acompanhada do vice Michel Temer e do presidente do Senado Renan Calheiros, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff participa da Convenção Nacional do PMDB, acompanhada do vice Michel Temer e do presidente do Senado Renan Calheiros, em Brasília (Alan Marques/Folhapress)


A presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um aceno à ala dissidente do PMDB na semana seguinte à convenção do partido que decidiu, em uma votação apertada, pelo apoio à sua reeleição. Ela permitiu que um dos líderes dos rebeldes no partido, o baiano Geddel Vieira Lima, desse o aval a uma indicação para uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal.

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Roberto Derziê, cujo nome foi publicado nesta terça-feira em edição do Diário Oficial da União(DOU), ocupará a área de operações corporativas, antiga logística, no lugar de Paulo Roberto dos Santos, que foi exonerado do cargo. Derziê é funcionário de carreira há mais de 20 anos no banco e ocupou o cargo de Geddel quando ele o deixou em dezembro de 2013 para disputar o Senado pela Bahia, em uma chapa que dará palanque ao senador Aécio Neves (PSDB) no Estado.

Para conseguir o apoio do PTB à reeleição, Dilma nomeou para o cargo de Geddel Luiz Rondon Teixeira de Magalhães Filho, primeiro tesoureiro do partido. Quando Rondon foi nomeado, a Executiva Nacional do PMDB reclamou e, desde então, articulou uma estratégia para contemplar também o PMDB com outra vice-presidência.

A nomeação de Derziê para o cargo, porém, só acabou vindo depois da convenção nacional do PMDB no dia 10 deste mês, quando o partido decidiu apoiar por 398 votos a favor (59,13%) e 275 contrários (40,87%) o apoio à aliança com Dilma. O resultado, porém, foi considerado apertado e um sinal de como as bases do PMDB não devem ingressar plenamente na campanha da petista. Na convenção de 2010, os votos favoráveis à escolha de Temer como vice de Dilma responderam por 84,85%. A Bahia de Geddel foi um dos Estados que, segundo a cúpula do partido, votou contra a aliança. Ele nega.

Os dissidentes do PMDB alegam que o governo Dilma excluiu a legenda das decisões de governo durante todos os quatro anos de mandato. Além disso, afirmam que o PT priorizou candidaturas próprias nos Estados para ampliar suas bancadas no Congresso Nacional e minimizar a influência do partido no Legislativo.

Derziê começou a se aproximar do PMDB por meio de Moreira Franco, quando o hoje ministro da Secretaria de Aviação Civil ocupou a vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Por meio de Moreira Franco, Derziê assumiu a superintendência Nacional de Loterias da Caixa em outubro de 2007.

Em outubro de 2002 assumiu a Superintendência Nacional de Serviços de Captação e também um cargo de consultor técnico na Vice-Presidência de Pessoa Física. Em junho de 2011, Moreira Franco sugeriu o nome dele para Geddel Vieira Lima, que na época era vice-presidente de Pessoa Jurídica. Geddel procurava alguém que fosse de confiança e entendesse bem do funcionamento da instituição para ocupar a diretoria-executiva da sua vice-presidência. "Conheci Derziê nessa época. É um excelente profissional."

(Com Estadão Conteúdo)

Fonte: Veja Online

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