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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

UE congela bens e restringe vistos para envolvidos em protestos na Ucrânia

  • 20/02/2014 20h18
  • Brasília
Da Agência Brasil* Edição: Nádia Franco
Protesto na Ucrânia
Confrontos entre manifestantes e a polícia na Ucrânia causam pelo menos 90 mortesIgor Kovalenko/EPA/Lusa
Ministros da União Europeia (UE) firmaram, nesta quinta-feira (20), acordo com o presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovich, para convocação de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas, ainda neste ano, segundo informou hoje (20) o primeiro-minsitro da Polônia, Donald Tusk. O acordo prevê também a instalação, nos próximos dez dias, um governo de unidade nacional. Além disso, o bloco europeu decidiu impor o congelamento dos bens e restringir vistos para viagens aos ucranianos envolvidos em atos de violência.
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, considerou a decisão de aplicar "sanções individuais" a responsáveis por violações de direitos humanos na Ucrânia, "positiva" e "eficaz". "São sanções individuais, dirigidas às pessoas responsáveis por violações de direitos humanos ou atos de violência. Não são sanções contra o povo da Ucrânia, não são sanções contra a Ucrânia – achamos que isso seria contraproducente, o povo ucraniano já tem sofrido bastante nos últimos meses", afirmou Maçães.
A crise política na Ucrânia começou no final de novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia e de aprofundamento das relações com a Rússia.
Após várias semanas de calma, Kiev voltou, desde terça-feira (18), a ser palco de violentos confrontos entre ativistas antigovernamentais e forças de segurança. Os confrontos provocaram mais de 90 mortos, dos quais 70 apenas nesta quinta-feira, segundo médicos que apoiam os manifestantes. Também no confronto desta quinta, 67 policiais foram feitos reféns pelos manifestantes.
O Parlamento da Ucrânia decidiu hoje proibir a operação "antiterrorista" anunciada ontem (19) pelos serviços de segurança e dirigida contra manifestantes extremistas e radicais. Dos 238 deputados reunidos em sessão extraordinária da Rada (Parlamento ucraniano), apenas dois se recusaram a votar pela proibição da operação, que foi aprovada por nove votos.
A operação foi anunciada pelo chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, Alexandr Yakimenko. As ações cobririam todo o país e poderiam contar com a participação do Exército. Yakimenko não especificou a natureza das medidas previstas. Pouco antes, o Ministério do Interior anunciou que armas de guerra tinham sido entregues às forças de segurança e a polícia admitiu usar balas reais.
No campo diplomático, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que vai enviar à capital, Kiev, a pedido do presidente ucraniano, um representante para participar de mediação com a oposição. Putin, a chanceler alemã, Angela Merckel,  e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacaram, a necessidade de “encontrar, o mais rapidamente possível, uma solução política para a crise na Ucrânia”. Segundo nota divulgada após conversas telefônicas entre os três líderes, “o banho de sangue deve cessar”.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da França, da Alemanha e da Polônia estão em Kiev tentando conseguir o fim dos confrontos. Após reunião, no entanto, Vitali Klitschko, um dos líderes da oposição na Ucrânia, disse que ainda não há acordo para a saída do país da atual crise. O chefe da diplomacia polonesa, Radoslaw Sikorski, disse no Twitter que "foram realizados progressos" nas negociações, mas ressaltou que "persistem importantes divergências".
*Com informações da Agência Lusa

Fonte: Agência Brasil

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