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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Colômbia: Cidh vai investigar denúncia de espionagem à jornalistas

Publicação: 11/02/2014 21h34
Localização:  Bogotá

Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Fábio Massalli


A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Cidh) vai pedir ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, informações sobre a denúncia de que jornalistas colombianos e estrangeiros que cobrem o processo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) teriam sido espionados por integrantes do Exército do país. A informação foi divulgada hoje (11) pela relatora especial para liberdade de expressão da Cidh, Catalina Botero.

Durante uma apresentação na Fundação para Liberdade de Imprensa (Flip) da Colômbia, Botero disse que é “muito importante que se investigue as denúncias”. De acordo com a Rede de Televisão Univisión, o exército colombiano teria espionado os jornalistas que cobrem os diálogos de paz entre o governo e as Farc.

Botero disse que não poderia dar sua opinião sobre o caso, mas que, mediante protocolos da Cidh, pediria uma reação “imediata” do organismo para investigar. A equipe de reportagem da Univisión teria tido acesso a mais de 2,6 mil e-mails de repórteres colombianos e estrangeiros que teriam sido espionados por militares.

A reportagem citou diversas agências internacionais, públicas e privadas, como alvo de espionagem. São citados como “alvo” os e-mails dos representantes das Farc, em Havana, Hermes Aguilar e Bernardo Salcedo. Ambos atuam como porta-vozes da guerrilha, no processo de paz.

A denúncia veio à tona poucos dias depois da publicação de uma reportagem da revista Semana, em que é apontado um local onde seriam feitas supostas escutas ilegais aos negociadores do governo em Havana, Cuba. Supostamente, os correios eletrônicos eram espionados no mesmo lugar em que a escuta aos negociadores era feita.

O escândalo causou comoção na opinião pública e a imprensa e o governo Santos ordenou investigações “aprofundadas” bem como a demissão da chefia da inteligência militar no país. Hoje o Congresso Colombiano também convocou ao ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, para prestar esclarecimentos sobre o incidente.

Fonte: Agência Brasil

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