22/10/2013 - 14h02
- Nacional
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O motorista que costuma trafegar pelas ruas e avenidas
da região central da capital paulista tem de ficar mais atento às
mudanças implantadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) por
meio do projeto Área 40. Desde ontem (21), a velocidade máxima, que
estava padronizada em 50 quilômetros por hora (km/h), foi reduzida para
40 km/h. Com a medida, a companhia pretende aumentar a segurança de
pedestres e ciclistas e reduzir o número de acidentes e atropelamentos
na região. Segundo a CET, a medida tem caráter educativo e ainda não há
data para o início da fiscalização.
As alterações abrangem as vias da denominada rótula central, com
extensão de 5 km, passando pelo circuito das avenidas Mercúrio,
Ipiranga, São Luís, Rangel Pestana e pelos viadutos Nove de Julho,
Jacareí e Dona Paulina; além da Praça Doutor João Mendes, Rua Anita
Garibaldi, Praça Clóvis Bevilacqua, Avenida Rangel Pestana, do Viaduto
25 de Março, e, fechando o círculo, do Viaduto Mercúrio.
Nessa área, segundo a CET, há uma concentração de pedestres e a
expectativa é criar condições mais seguras. Dados da companhia mostram
que, de 2011 para 2012, o número de mortes de pedestres caiu de 617 para
540.
Para orientar o motorista, foram utilizadas 136 placas de
sinalização vertical de regulamentação e advertência, além de 217 metros
quadrados de sinalização horizontal em vias afetadas pela mudança.
O consultor de tráfego Sérgio Ejzenberg, observa, que há mais de 15
anos, as autoridades das grandes metrópoles no mundo inteiro têm adotado
essa estratégia. “Na hora em que você reduz a velocidade, você reduz os
acidentes, reduz a gravidade dos acidentes e também o número de
atropelamentos.”
Na avaliação dele, a medida é positiva, levando em consideração o
fato de que nessa região há uma grande quantidade de pessoas circulando
em meio a motocicletas, veículos e ônibus. No entanto, ele adverte que o
projeto requer fiscalização especial. “Para fiscalizar a redução da
velocidade, os radares normais não servem, porque eles não são
eficientes e geram uma enxurrada de multas, vira uma indústria de
multas.” Para o especialista, o ideal seria a colocação de lombadas
eletrônicas.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil
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