18/10/2013 - 13h59
- Nacional
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro- O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse hoje (18)
que a atuação das Forças Armadas na proteção ao leilão do Campo de
Libra, marcado para segunda-feira (21), garantirá o cumprimento de lei
aprovada pelo Congresso Nacional. “Se não houvesse necessidade, não nos
teriam chamado”, disse Amorim, ao comentar a solicitação de reforço pelo
governo do Rio, que está preocupado com a ocorrência de protestos para
impedir o evento.
“O governador [Sérgio Cabral] pediu o apoio das Forças Armadas
porque considerou que as forças do estado não eram suficientes e isso
está previsto na Constituição”, declarou Amorim. “Estaremos lá [no
leilão], com esse objetivo, é uma situação excepcional”, reforçou, após
palestra no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Apesar dos protestos que questionam a participação de empresas
estrangeiras no leilão, o ministro Amorim disse durante a palestra que o
leilão foi aprovado democraticamente. “É legítimo ter opinião diferente
da maioria do Congresso Nacional. Vivi 21 anos em governo autoritário e
acho que a existência do Congresso é importante. Minha resposta se
baseia no respeito à lei”, pontuou, sob vaias da plateia.
Dos cerca de 1,1 mil homens que integrarão as forças de segurança no
dia da licitação do Campo Libra, na Barra da Tijuca, cerca de 700 são
do Exército. A Força Nacional e as polícias Militar, Federal e
Rodoviária Federal também foram convocadas. As ações de segurança serão
coordenadas pelo Comando Militar do Leste, que fica no Rio de Janeiro e é
subordinado ao Ministério da Defesa.
Protestos contra a licitação estão sendo feitos em várias partes do país. Em São Paulo, na manhã de hoje, durante três horas, o saguão do prédio da Petrobras na capital paulista foi ocupado por sindicalistas e trabalhadores ligados à indústria do petróleo. Ontem, entidades do movimento social ocuparam o Ministério de Minas e Energia. Contra o leilão, o primeiro do pré-sal, também estão em greve os empregados da estatal.
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil
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