22/10/2013 - 14h31
- Saúde
Thais Leitão e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
Brasília
– O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (22) que a sanção
da presidenta Dilma Rousseff à lei do Programa Mais Médicos representa
um ato de coragem, cujos efeitos serão percebidos ao longo dos anos.
Padilha citou o impacto do programa no Sistema Único de Saúde (SUS), com
a redução das filas nos setores de urgência e emergência, a
possibilidade de mais jovens terem acesso aos cursos de medicina com as
vagas que estão sendo criadas e a entrada de mais médicos brasileiros em
programas de residência.
"O debate que o programa tem provocado vai ajudar a mudar a
mentalidade que ainda existe no país de que saúde só se faz dentro de um
hospital de alta complexidade e que o direito de fazer medicina não é
para toda a população", disse Padilha, durante cerimônia no Palácio do
Planalto.
"Não há nada mais frustrante para um médico do que estar em um
pronto-socorro e receber um caso que não precisaria estar ali e poderia
ser resolvido na atenção básica, ou fazer uma cirurgia e ficar com medo
de dar alta ao paciente por não saber se tem médico no posto de saúde
próximo à sua casa", acrescentou o ministro. Ele negou que o Mais
Médicos seja apenas uma ação emergencial e transitória.
Ao rebater críticas dos que consideram o programa uma medida
eleitoreira, Padilha lembrou que o Mais Médicos foi construído como
resposta a solicitações de prefeitos de todos os partidos e de todas as
regiões do país, que se ressentiam da falta desses profissionais em seus
municípios.
Durante o evento, Padilha também se dirigiu a um médico cubano que
foi hostilizado por um grupo de médicos quando chegou ao Brasil. Ele
está trabalhando no município maranhense de Zé Doca, próximo a
Impetratriz. "Aquele corredor polonês da xenofobia que te recebeu em
Fortaleza não representa o espírito do povo brasileiro, nem da maioria
dos médicos", disse o ministro, sendo aplaudido.
Padilha enfatizou ainda a importância de uma mudança na lei, pela
qual caberá à pasta da Saúde conceder ao estrangeiros participantes do
programa o registro único, que é uma declaração provisória para exercer
suas atividades nos municípios até que a carteira de registro fique
pronta. A carteira, que funcionará como uma cédula de identidade médica
elaborada especificamente para o programa, será produzida pela Casa da
Moeda e deverá ser entregue em 30 dias. Com validade de três anos, ela
autoriza o exercício da medicina exclusivamente na atenção básica,
restrito às atividades do programa e aos municípios para os quais os
profissionais foram designados.
Ele ressaltou, no entanto, que é fundamental os conselhos regionais de Medicina (CRMs) continuarem fiscalizando a conduta ética e a prática profissional e citou os resultados do programa, conforme comentou mais cedo a presidenta Dilma Rousseff, em sua conta no Twitter. Dos 1.232 médicos que atendem pelo programa, 748 são brasileiros e 484 são profissionais com diplomas do exterior e registro do CRM. Ainda não obtiveram o documento 196 profissionais. O atendimento feito por eles beneficia 4,2 milhões de brasileiros.
Ele ressaltou, no entanto, que é fundamental os conselhos regionais de Medicina (CRMs) continuarem fiscalizando a conduta ética e a prática profissional e citou os resultados do programa, conforme comentou mais cedo a presidenta Dilma Rousseff, em sua conta no Twitter. Dos 1.232 médicos que atendem pelo programa, 748 são brasileiros e 484 são profissionais com diplomas do exterior e registro do CRM. Ainda não obtiveram o documento 196 profissionais. O atendimento feito por eles beneficia 4,2 milhões de brasileiros.
A partir do final deste mês, mais 2.180 profissionais formados em
outros países, selecionados na segunda etapa do programa, iniciarão suas
atividades em regiões carentes de médicos. No primeiro mês do Mais
Médicos, foram feitas 320 mil consultas em unidades básicas de saúde e
mais de 13 mil pacientes retiraram medicamentos das farmácias populares.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
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