21/10/2013 - 12h49
Da Agência Brasil *
Brasília – Vestígios de estrôncio-90 radioativo foram detectados
hoje (21) na água da chuva acumulada nas barreiras de proteção dos
tanques de armazenamento de líquido contaminado da Usina de Fukushima
Daiichi, no Japão. A informação é da empresa que administra a central de
energia nuclear, Tokyo Electric Power (Tepco).
Segundo a empresa, o estrôncio-90 foi acumulado devido as fortes
chuvas que atingiram o Japão nos últimos dias, provocadas pela
proximidade do Tufão Wipha. De acordo com a Tepco, os níveis de radiação
nos tanques de armazenamento estavam acima do limite de 10 becqueréis
por litro em cerca de seis conjuntos de tanques. Em uma das áreas, foi
registrado o índice de 710 becqueréis por litro.
A Tepco informou que parte da água tóxica se infiltrou no solo. A
empresa acrescentou que é pouco provável que ela tenha atingido o Oceano
Pacífico devido as barreiras criadas para impedir esse vazamento. Essas
barreiras, de aproximadamente 30 centímetros de altura, foram
construídas para reter a água altamente radioativa que se acumula no
interior dos tanques.
Uma vez retida, a água é transferida para outros recipientes, quando
é verificado o nível de radiação antes de ser descarregada. As chuvas
de ontem (20), no entanto, foram intensas e a água transbordou as
barreiras.
A Autoridade de Regulamento Nuclear japonesa informou que autorizará
a Tepco a descarregar a água das barreiras se os índices de radiação
estiverem abaixo dos 15 becqueréis por litro de césio-134; abaixo de 25
becqueréis por litro de césio-137; e abaixo de 10 becqueréis por litro
estrôncio-90. Outra exigência é que não haja vestígio de outras
substâncias emissoras de raios Gama na água.
Desde o início de outubro, vários incidentes devido as chuvas
ocorreram na Central Nuclear de Fukushima. No início de outubro, cerca
de meia tonelada de água radioativa transbordou pela barreira. Na última
quarta-feira (16), devido às fortes chuvas causadas pelo Tufão Wipha,
houve vazamentos nos reservatórios de águas pluviais.
* Com informações da Agência Itar-Tass
Edição: Marcos Chagas
Fonte: Agência Brasil
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