21/10/2013 - 18h52
- Nacional
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um grupo de aproximadamente 250 pessoas está
concentrado na Candelária para um protesto em defesa da educação, dos
professores e petroleiros em greve e contra o leilão do Campo de Libra,
que ocorreu hoje (21).
O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Schmitd,
diz que o protesto é contra o leilão. "Isso é um jogo de cartas
marcadas, já existia um consórcio chinês, em parceria com a Petrobras,
que ia ganhar o leilão. Na realidade, o governo está querendo
terceirizar tanto a experiência, a capacidade de explorar em águas
profundas, como fornecer petróleo barato para a China", disse.
O consórcio formado por cinco empresas – a anglo-holandesa Shell, a
francesa Total, as chinesas CNPC e Cnooc e a Petrobras – foi o vencedor
da 1ª Rodada de Licitação do Pré-Sal e terá o direito de explorar e
produzir o petróleo da área de Libra, na Bacia de Santos. Dos 70%
arrematados pelo consórcio, 20% são da Shell e 20% da Total. A CNPC e a
Cnooc têm, cada uma, 10%, assim como a Petrobras, que já tinha
garantidos 30%.
Integrante da Aldeia Maracanã, que fica no prédio do antigo Museu do
Índio e perto do Estádio do Maracanã, a indígena Assurini contou que
apoia os petroleiros e professores. "O brasileiro está sendo sufocado de
todas as maneiras. Vandalismo é quando você vai no hospital e não tem
médico, não tem remédio. Vandalismo é o que o Estado comete contra o
cidadão".
Com um cartaz em que agradece ao "movimento" pela oportunidade de se
manifestar, a aposentada Belinha Santos contou que está no protesto em
defesa dos aposentados. "Eu me aposentei com direitos adquiridos, com as
contribuições, e eles vão diminuindo o nosso benefício e não pagam o
que nos devem, nos roubando mensalmente".
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil
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