Miriam Belchior, ministra do Planejamento, reconheceu que salários da categoria estavam defasados
30 de agosto de 2012 | 22h 22
Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
Os militares terão 30% de reajuste salarial, a partir de primeiro de março de 2013. Ao contrário do que desejava a categoria, que queria um aumento maior na primeira parcela, já que consideram que seus salários estão muito defasados em relação às demais carreiras de Estado, o reajuste será parcelado igualmente em três vezes. Serão pagos em primeiro de março de 2013, 2014 e 2015. O aumento será linear para todos os postos.
O anúncio foi feito pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na tarde desta quinta-feira, 30. A ministra explicou que algumas categorias, como os militares, estavam recebendo aumentos diferenciados, reconhecendo que seus salários estavam defasados. Ao final dos três anos de reajustes concedidos, o impacto na folha de pagamentos será da ordem de R$ 12,5 bilhões.
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Inicialmente, os estudos enviados pelo Ministério da Defesa ao Planalto, pediam reajustes na casa de 45%. Embora reconhecendo que os militares precisavam ser contemplados com aumentos diferenciados, a presidente Dilma Rousseff e a área econômica consideravam a reivindicação acima das possibilidades das contas públicas.
Uma das maiores dificuldades de concessão de reajuste para os militares, de acordo com integrantes do governo, é o peso da folha de pagamentos desta categoria. O orçamento do Ministério da Defesa para 2012 é de R$ 64,794 bilhões. Deste total, 69,9% que correspondem a R$ 45,297 bilhões, vão para pagamento de pessoal e encargos. Dos cerca de R$ 45,3 bilhões destinados só a pessoal, R$ 28,5 bilhões representam o pagamento de inativos e pensionistas. Ou seja, os inativos representam 62,9% da folha de pagamentos e o pessoal da ativa, com R$ 16,8 bilhões, representa 37,1%.
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