- 21/06/2015 18h03
- Brasília
Da Agência Brasil*
Edição: Aécio Amado
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude
Juncker, e o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vão se reunir
amanhã (22). O encontro ocorrerá antes da reunião extraordinário da zona
do euro. No mesmo dia está prevista também uma reunião extraordinária
do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) para debater
um possível reforço da linha de emergência de liquidez para os bancos da
Grécia. Na sexta-feira (19), o BCE aumentou a linha de emergência (ELA,
na sigla em inglês), mas o valor não foi divulgado.
No próximo
dia 30 chega ao fim o programa de resgate à Grécia e a data limite para
que o país pague 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional
(FMI). Na última quinta-feira (18) o Eurogrupo não conseguiu chegar a um
acordo que permita liberar fundos para Atenas.
Diante deste
cenário, foi convocada uma reunião de chefes de Estado e de Governo da
zona do euro para esta segunda-feira, em Luxemburgo. A reunião
extraordinária será dirigida pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e
foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
O
fim de semana foi marcado por reuniões técnicas tanto por parte do
governo como dos credores internacionais. O primeiro-ministro grego
Alexis Tsipras divulgou que foi apresentado um novo conjunto de
propostas, tendo em vista “um acordo benéfico mútuo”. As instituições
internacionais credoras da Grécia também se reuniram esta tarde para
debater uma solução para o problema da dívida grega mesmo sem terem
conhecimento das novas propostas de Atenas.
Em 2010 a Grécia
pediu o primeiro resgate e desde então o país tem sofrido uma quebra
significativa da economia e das condições sociais. Este ano, o país
voltou a ter um cenário de recessão no primeiro trimestre o que deve se
repetir no segundo trimestre. A situação do setor bancário no país é
considerada preocupante já que existe uma crescente fuga de depósitos
que passaram dos 2 bilhões de euros só na semana passada.
Entre
os principais pontos de divergência entre a Grécia, a União Europeia e o
FMI estão temas como os das metas fiscais para evitar que o país gaste
mais do que arrecada, o aumento do imposto sobre o consumo e os cortes
no sistema de pensões entre outros pontos.
*Todas as informações são da Agência Lusa
Fonte: Agência Brasil
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