- 22/06/2015 14h34
- São Paulo
Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
Edição: Nádia Franco
Membros da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara dos
Deputados que investiga a violência contra jovens negros e pobres de
bairros da periferia visitaram hoje (22), na capital paulista, os
bairros Jardim Rosana e Jardim Iracema. A comissão ouviu, nos dois
bairros, relatos de parentes de vítimas da violência e integrantes de
movimentos de resistência à criminalidade.
No Jardim Rosana, sete pessoas morreram e duas ficaram feridas em janeiro de 2003. Um dos mortos na chacina foi Laercio de Souza Grimas, o DJ Lah, do grupo Conexões do Morro. No Jarim Iracema, em marços deste ano, 12 pessoas foram alvejadas.
No Jardim Rosana, sete pessoas morreram e duas ficaram feridas em janeiro de 2003. Um dos mortos na chacina foi Laercio de Souza Grimas, o DJ Lah, do grupo Conexões do Morro. No Jarim Iracema, em marços deste ano, 12 pessoas foram alvejadas.
O vice-presidente da CPI e coordenador no estado
de São Paulo, Orlando Silva (PCdoB-SP), explicou que o trabalho da
comissão tem várias etapas, começando com um estudo dos dados e
estatísticas oficiais dos governos federal e estaduais. Em seguida, são
ouvidos especialistas no tema, líderes jovens, prentes de pessoas que
estiveram em chacinas e atos graves. Depois, vem a fase do território,
na qual os integrantes da CPI visitam locais emblemáticos, onde
ocorreram os atos.
“As mortes vão muito além dos números e
estatísticas: são vidas e famílias que são violadas gravemente.
Portanto, o sentido de estar aqui é ouvir um pouco da experiência de
comunidades que enfrentam situações alarmantes de violência no seu
cotidiano", disse Silva. Segundo o deputado, a CPI levará as
reivindicações da comunidade ao governo estadual e estudará com o
Ministério Público a possibilidade de fazer deslocamento de competência
para que os casos sejam apurados no âmbito federal.
Hoje à noite,
a CPI fará uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo para encerrar seus trabalhos no estado.
Rosângela
Sales Santos Silva é mãe de Bruno Wagner, morto aos 18 anos uma das
chacinas. Ela contou que o rapaz havia saído de casa para comprar uma pizza
e, ao passar por uma praça, foi atingido por sete tiros. “Ouvi um
tiroteio e me assustei. Depois, soube que os atiradores, que estavam
vestidos de preto e encapuzados, chegaram procurando uma pessoa que
estava escondida e, quando essa pessoa apareceu, começaram a atirar
muito”.
De acordo com Rosângela, o caso ainda não foi solucionado.
De acordo com Rosângela, o caso ainda não foi solucionado.
O secretário nacional de Juventude, da Secretaria Geral da Presidência da República, Gabriel Medina, ressaltou que entende que o tema da violência tem que ter nível de prioridade de acompanhamento estratégico. “Temos tentado construir isso. Além das ações de prevenção mais estruturais e universalizantes nós temos que ter uma punição especial para jovens que j[á estão envolvidos no crime”.
Fonte: Agência Brasil
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