09/10/2012 - 11h36
Renata GiraldiRepórter da Agência Brasil
Brasília - Os números de pessoas que passam fome ou sofrem de
desnutrição no Brasil, em Angola (África) e em Moçambique (África),
países de língua portuguesa, caíram no período de 1990 a 2012. A
conclusão está no relatório Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012 (cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado hoje (9), em Roma, na Itália.
Pelos dados do relatório, o Brasil conseguiu reduzir de 14,9%, no
período de 1990 a 1992, para 6,9%, nos anos de 2010 a 2012, o percentual
de subnutridos. No país, cerca de 13 milhões de pessoas passam fome ou
sofrem com desnutrição. Os programas sociais desenvolvidos pelo governo
brasileiro em parceria com os governos estaduais e municipais, além da
iniciativa privada, foram elogiados no documento.
O Programa Bolsa Família é uma referência, segundo o relatório. Para os
especialistas, o Bolsa Família é um instrumento positivo para promover a
capacitação econômica das comunidades. Há elogios também ao sistema
adotado pela prefeitura de Belo Horizonte (Minas Gerais) de combate à
fome na periferia da cidade.
Em Angola, houve registros de melhora. Os percentuais caíram de 63,9%,
de 1990 a 1992, para 27,4%, de 2010 a 2012. Cerca de 5 milhões de
pessoas são consideradas subnutridas ou passam fome no país. Mas em
Moçambique os resultados são considerados pouco positivos, pois a queda
foi menor – de 57,1%, de 1990 a 1992, para 39,2%, de 2010 a 2012.
No período de 1990 a 2012, África é o único continente que registrou
aumento no número de pessoas que passam fome ou sofrem com a
desnutrição. O relatório diz que há aproximadamente 239 milhões lá. A
América Latina e o Caribe registraram progressos, reduzindo o número de
pessoas com fome de 65 milhões para 49 milhões, no período de 1990 a
2012.
Edição: Talita Cavalcante
Fonte: Agência Brasil
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