17/10/2013 - 5h39
- Educação
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), a dica de vários professores para os estudantes é identificar as
dificuldades e se dedicar aos estudos nessas áreas. Os simulados online são uma boa opção para avaliar os conhecimentos e se preparar para as provas.
“A orientação que dou para os alunos é fazer muitos exercícios de
provas anteriores até porque isso é bom, eles vão ter ideia do que
precisam estudar mais. Os sites são ferramentas que ajudam. Antes, os estudantes tinham que ficar buscando a prova no próprio site
do Enem, tinham que imprimir, era muito complicado. Essas ferramentas
são muito importantes na preparação”, diz a professora de sociologia da
escola pública Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Adriana Souza
Toledo.
A Agência Brasil e o Portal EBC convidaram alunos do centro para fazer o simulado desenvolvido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC)
e contar em que áreas do Enem têm mais dificuldade. O programa é
gratuito e reúne todas as questões das provas de 2009 a 2012 para que o
candidato possa testar os conhecimentos e monitorar o desempenho em
todas as disciplinas. O estudante deve fazer o cadastro e, ao acessar o
sistema, escolher se quer responder a todas as questões ou selecionar
áreas do conhecimento específicas: linguagens, matemática, ciências
humanas e da natureza. Também é possível selecionar o ano da prova a que
o aluno quer responder.
Os alunos do 3º ano Ana Luisa Pimentel e Jonatas Rodrigues fizeram o
simulado. Ambos disseram que o mais difícil no Enem é a quantidade de
textos. “É uma prova de resistência”, diz Ana Luisa.
Ela fez o Enem no ano passado apenas para treinar. Este ano, vai
fazer para concorrer a uma vaga em arquitetura. A prioridade é a
Universidade de Brasília (UnB), que passará a adotar em 2014 o Sistema
de Seleção Unificada (Sisu) - que usa a nota do Enem como critério de
seleção.
Desde o começo do ano, ela está em um cursinho preparatório e faz
simulados. “Eu vejo no que eu tenho mais dificuldade e estudo. Na
escola, o meu rendimento é melhor em exatas. Eu consigo nos simulados
ver se o que eu rendo melhor é em exatas ou em humanas, tenho noção do
que preciso fazer para melhorar”. No ano passado, ela disse que foi bem.
Com o preparo deste ano, está mais confiante.
“O problema é a interpretação do Enem, com o conteúdo tenho
facilidade”, diz Jonatas. A alguns dias da prova, ele prefere gravar as
aulas que tem na escola e escutar no ônibus. “Se eu ficar estudando,
lendo, não vou ter tempo de reler o conteúdo. As dúvidas, tiro na
internet e também vejo muitas videoaulas”, conta. Os simulados, segundo
ele, ajudam a pegar o ritmo da avaliação. Ele quer fazer economia,
também na UnB.
As provas do Enem serão nos dias 26 e 27 de outubro. No primeiro
dia, os estudantes terão quatro horas e meia para responder 90 questões
de ciências humanas e tecnologias e de ciências da natureza e
tecnologias. No segundo dia, além das 90 questões de linguagens, códigos
e tecnologias e matemática, será aplicada a prova de redação e o tempo
aumenta para cinco horas e meia.
Dos estudantes que já fizeram o simulado disponível no Portal EBC,
mais da metade tiveram dificuldade em ciências da natureza e
tecnologias. Conforme levantamento, 57% das respostas na área estavam
erradas. Em segundo lugar, aparece matemática (com 54% das respostas
erradas). As línguas tiveram os maiores percentuais de acertos: inglês
(59%) e espanhol (53%), seguidas de linguagens, códigos e suas
tecnologias (52%).
Segundo a professora Adriana, na escola é também nas exatas que os
alunos têm mais dúvidas. “Essas disciplinas exigem conhecimentos
anteriores, matemática, química, física. São questões que exigem
conhecimento até do ensino fundamental, das operações básicas. A gente
tenta trabalhar por meio de exercícios”.
No site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estão disponíveis materiais e gabaritos que podem ajudar na preparação dos estudantes.
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil
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