09/10/2013 - 22h55
- Política
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara dos Deputados concluiu, há pouco, a votação dos
destaques e das emendas que pretendiam alterar o texto da Medida
Provisória 621, que cria o Programa Mais Médicos. O objetivo do programa
é levar médicos para o interior do país e áreas das periferias das
grandes cidades onde há falta desses profissionais. A MP autoriza a
contratação de médicos estrangeiros para atuação na atenção básica de
saúde e também muda parâmetros da formação em medicina no Brasil. A MP
será agora apreciada pelo Senado.
Nas votações dos destaques e emendas que visavam a alterar o texto
aprovado na madrugada de hoje, os deputados aprovaram uma emenda
aglutinativa apresentada pelo PSDB para limitar a dispensa de
revalidação do diploma do médico estrangeiro aos três primeiros anos do
Programa Mais Médicos. O texto aprovado na madrugada previa quatro anos.
A emenda dos tucanos também permite a participação do médico
estrangeiro na prorrogação do programa por mais três anos somente se o
profissional integrar carreira médica especifica. Ela cria, ainda, a
carreira nacional de médicos, que inclui os estrangeiros. O dispositivo
precisará ser regulamentado.
Outro destaque aprovado pelos deputados, também do PSDB, excluiu do
texto principal a criação do Fórum Nacional de Ordenação de Recursos
Humanos na Saúde. O fórum teria o caráter consultivo com o objetivo de
propor diretrizes do setor e a dimensão de vagas e cursos de medicina no
país.
Outra emenda aprovada pelos deputados permite aos profissionais
médicos aposentados a participar do Programa Mais Médicos. A emenda
havia sido apresentada na comissão mista do Congresso pelo senador Vital
do Rego (PMDB-PB) e tinha sido rejeitada pelo relator da matéria,
deputado Rogério Carvalho (PT-SE), por entender que estava garantido no
texto a possibilidade dos aposentados de aderirem ao Mais Médicos.
Todas as outras emendas e destaques apresentados ao texto foram
rejeitadas nas votações que ocorreram na tarde e na noite de hoje. Entre
os destaques rejeitados estão o que pretendia que fosse concedido aos
profissionais brasileiros participantes do programa os direitos
trabalhistas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o que queria
retirar da MP a atribuição dada ao Ministério da Saúde de conceder o
registro provisório do médico estrangeiro participante do programa.
O último destaque rejeitado foi apresentado pelo líder do PMDB,
deputado Eduardo Cunha (RJ). O parlamentar tentou incluir na MP do Mais
Médicos emenda para acabar com a exigência do exame da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) para o exercício da profissão de advogado.
Todos os partidos recomendaram a rejeição da emenda, exceto o PMDB.
Foram 308 votos pela rejeição, 46 pela aprovação e 15 abstenções.
Fábio Massalli
Fonte: Agência Brasil
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