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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Resultado da produção industrial foi bom e revela confiança, diz Coutinho

01/08/2013 - 12h38
Economia
Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (1º) considerar bom o resultado da produção industrial nacional, que subiu 1,9% em junho na comparação com maio, conforme divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


"É relevante sublinhar que, considerando as circunstâncias todas, é um bom resultado, um excelente resultado para um mês em que houve um movimento forte da taxa de câmbio e maior incerteza no cenário internacional", disse Coutinho.

A produção industrial cresceu 3,1% em comparação a junho de 2012. No acumulado de 2013, a taxa de crescimento é 1,9% e, nos últimos doze meses, acumula alta de 0,2%. O crescimento de 1,9% frente a maio – quando a produção industrial caiu 1,8%, para o presidente do BNDES "revela que o estado de confiança das indústrias em planos de produção foi mantido".

Coutinho disse ainda que o crescimento da economia americana, que avançou 1,7% no segundo trimestre deste ano, é uma boa notícia para os mercados, que já vinham reavaliando no mundo inteiro o impacto das mudanças no FED (Banco Central Americano), que fez um ajuste fiscal e causou ansiedade no primeiro semestre deste ano. "Os mercados sobrerreagiram de maneira muito nervosa", afirmou Coutinho.

Para ele, o momento é prematuro para traçar projeções para o Brasil, que pode manter um plano de investimentos independente de conjunturas. "Como no Brasil temos um conjunto de investimentos que não dependem de conjunturas, têm perfil de longo prazo, e correspondem a desequilíbrios e carências grandes de infraestrutura, esses investimentos, se estruturados de forma coordenada, têm a capacidade de gerar um ciclo de investimentos".

Sobre os desembolsos do BNDES, Coutinho afirmou que os feriados em decorrência da visita do papa Francisco podem deixar o resultado de julho abaixo do esperado, o que poderá ser recuperado em agosto.

Edição: Denise Griesinger
Fonte: Agência Brasil

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