29/08/2013 - 14h01
- Economia
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, há pouco, ao
detalhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual 2014, que os dados
divulgados hoje (29) são conservadores. Acompanhado da ministra do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, ele disse que uma
nova avaliação terá de ser feita no início do ano que vem para avaliar o
volume de recursos que devem ser contingenciados para que o país possa crescer 4% como previsto no projeto de lei.
No projeto, a taxa de câmbio média usada foi R$ 2,19. Mantega fez
questão de destacar que o valor não vale como projeção da taxa, mas sim
como média para confeccionar o Projeto de Lei Orçamentária Anual.
Na peça orçamentária, as despesas com pessoal foram praticamente
mantidas conforme a avaliação feita no terceiro trimestre deste ano,
ficando em R$ 222 bilhões, ou 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma
de todos os bens e serviços produzidos pelo país). No caso da
Previdência Social, o governo estima reduzir no projeto de lei a dívida
de 0,7% do PIB para 0,6%.
No caso das despesas, o governo incluiu de forma explícita os gastos
de R$ 9 bilhões com o setor elétrico na Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE). “Estamos explicitando os gastos [estimados] para o
setor elétrico, que não constavam em 2013 e constarão em 2014. Isso
poque é uma despesas extraordinária, por causa do [provável] uso maior
das térmicas. Portanto, estamos colocando em 2014”, explicou Mantega.
Ele lembrou que são despesas não esperadas para os próximos anos e, por
isso, estão “superestimadas”.
O ministro fez uma avaliação positiva da economia, embora seja o
Orçamento de 2014 conservador . Para ele, o fato de as estimativas
mostrarem queda no déficit da Previdência, a manutenção dos gastos com
pessoal e a redução de gastos com juros indicam um controle do governo,
sendo isso “um bom sinal”.
“As
despesas têm caído ou estão estáveis. As despesa de Previdência, que
são as maiores, têm tido queda ano a ano. Os gastos com pessoal estão
estabilizado em 4,2%”, destacou. Sobre as estatais, Mantega disse que,
embora no projeto o resultado primário previsto seja zero, “existe
possibilidade de, durante o ano, passar a ser positivo, o que
contribuirá para ajudar no superávit consolidado do setor público.
Mais cedo, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou que o
salário mínimo no próximo ano deverá ser R$ 722,90. A ministra do
Planejamento foi ao Congresso para entregar ao presidente da Casa,
senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a peça orçamentária de 2014. O texto
deve ser votado pela Câmara e pelo Senado até o fim do ano.
O novo salário mínimo entra em vigor no dia 1º de janeiro do ano que vem.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
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