29/08/2013 - 14h01
- Economia
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, há pouco, ao
detalhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual 2014, que os dados
divulgados hoje (29) são conservadores. Acompanhado da ministra do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, ele disse que uma
nova avaliação terá de ser feita no início do ano que vem para avaliar o
volume de recursos que devem ser contingenciados para que o país possa crescer 4% como previsto no projeto de lei.
No projeto, a taxa de câmbio média usada foi R$ 2,19. Mantega fez
questão de destacar que o valor não vale como projeção da taxa, mas sim
como média para confeccionar o Projeto de Lei Orçamentária Anual.
Na peça orçamentária, as despesas com pessoal foram praticamente
mantidas conforme a avaliação feita no terceiro trimestre deste ano,
ficando em R$ 222 bilhões, ou 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma
de todos os bens e serviços produzidos pelo país). No caso da
Previdência Social, o governo estima reduzir no projeto de lei a dívida
de 0,7% do PIB para 0,6%.
No caso das despesas, o governo incluiu de forma explícita os gastos
de R$ 9 bilhões com o setor elétrico na Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE). “Estamos explicitando os gastos [estimados] para o
setor elétrico, que não constavam em 2013 e constarão em 2014. Isso
poque é uma despesas extraordinária, por causa do [provável] uso maior
das térmicas. Portanto, estamos colocando em 2014”, explicou Mantega.
Ele lembrou que são despesas não esperadas para os próximos anos e, por
isso, estão “superestimadas”.
O ministro fez uma avaliação positiva da economia, embora seja o
Orçamento de 2014 conservador . Para ele, o fato de as estimativas
mostrarem queda no déficit da Previdência, a manutenção dos gastos com
pessoal e a redução de gastos com juros indicam um controle do governo,
sendo isso “um bom sinal”.
Mais cedo, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou que o
salário mínimo no próximo ano deverá ser R$ 722,90. A ministra do
Planejamento foi ao Congresso para entregar ao presidente da Casa,
senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a peça orçamentária de 2014. O texto
deve ser votado pela Câmara e pelo Senado até o fim do ano.
O novo salário mínimo entra em vigor no dia 1º de janeiro do ano que vem.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
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