30/08/2013 - 22h50
- Cultura
Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Apesar de estar apenas no segundo dia, a 16ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro, já superou números da última edição. A presidenta do Sindicato Nacional das Editoras de Livros (Snel), Sônia Machado Jardim, disse que em duas horas foram distribuídas 170 mil senhas para visitas de alunos à feira. Na edição anterior foram 145 mil.
Sônia disse que, conforme o tempo passa, aumenta a presença na bienal do público formado por crianças, adolescentes e jovens. Os últimos dados apontam que 48% dos visitantes estão entre 15 e 28 anos. Na feira anterior eram 42%. "A gente percebe que é o público mais presente. E não é só na bienal. O mercado editorial tem muito produto voltado para esse público", disse.
A professora Renata Helena Carvalho há oito anos trabalha com a alfabetização de crianças. Atualmente, ela dá aulas em uma escola municipal em Deodoro, subúrbio do Rio de Janeiro. Renata era uma das professoras da escola que levaram hoje (30), para o Riocentro, um grupo de 40 alunos do primeiro e segundo anos do ensino fundamental. Ela disse que no dia a dia as crianças não têm oportunidade de ter o contato com os livros das editoras que participam da bienal e, por isso, a visita é muito importante. "Desperta o prazer pela leitura e o interesse dos alunos. Eles estão aprendendo a ler. Eles passam nos stands e identificam personagens. Ajuda muito no processo de alfabetização", explicou.
As crianças de 5 a 7 anos estavam animadas. Cada uma pode comprar um livro com os tíquetes que recebeu da escola. A professora planejou um trabalho com as crianças a partir da visita à bienal. "Eles vão poder levar os livros para trabalharmos os textos em leituras coletivas. Cada tema dá para trabalhar assuntos diferentes", disse.
Bruno Gabriel tem 7 anos e apontou logo a história favorita. "O Grande Rabanete, da escritora Tatiana Belinky", disse o menino. A história mostra que a tarefa difícil de uma pessoa retirar um rabanete da terra pode se tornar mais fácil se ela for desempenhada com a ajuda de outras.
Para a professora, quando a escola leva as crianças para a bienal, se está formando leitores. "Isso começa na base. São os pequenos. Se você pega uma criança e incute nela o prazer de ler, vai ser um leitor para o resto da vida. Crianças que leem bem, falam melhor, escrevem melhor e têm um desempenho melhor. Está comprovado", defendeu.
Renata disse que esta é também uma experiência própria, porque sempre teve incentivo para desenvolver a leitura. Ela disse que embora a mãe só tivesse concluído a quarta série, costumava exigir bons resultados dos filhos na escola. Além disso, a professora teve muita influência de uma tia que gostava de contar histórias. "Tenho isso na minha mente. Com 7 e 8 anos, eu sentava ao lado dela para ouvir as histórias. Isso me dava muito prazer e eu frequentava a biblioteca da escola", disse. Por isso, Renata gosta de contar histórias para os alunos e incentivar o processo de aprendizado das crianças. " Hoje eu sou a tia deles", disse emocionada.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Apesar de estar apenas no segundo dia, a 16ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro, já superou números da última edição. A presidenta do Sindicato Nacional das Editoras de Livros (Snel), Sônia Machado Jardim, disse que em duas horas foram distribuídas 170 mil senhas para visitas de alunos à feira. Na edição anterior foram 145 mil.
Sônia disse que, conforme o tempo passa, aumenta a presença na bienal do público formado por crianças, adolescentes e jovens. Os últimos dados apontam que 48% dos visitantes estão entre 15 e 28 anos. Na feira anterior eram 42%. "A gente percebe que é o público mais presente. E não é só na bienal. O mercado editorial tem muito produto voltado para esse público", disse.
A professora Renata Helena Carvalho há oito anos trabalha com a alfabetização de crianças. Atualmente, ela dá aulas em uma escola municipal em Deodoro, subúrbio do Rio de Janeiro. Renata era uma das professoras da escola que levaram hoje (30), para o Riocentro, um grupo de 40 alunos do primeiro e segundo anos do ensino fundamental. Ela disse que no dia a dia as crianças não têm oportunidade de ter o contato com os livros das editoras que participam da bienal e, por isso, a visita é muito importante. "Desperta o prazer pela leitura e o interesse dos alunos. Eles estão aprendendo a ler. Eles passam nos stands e identificam personagens. Ajuda muito no processo de alfabetização", explicou.
As crianças de 5 a 7 anos estavam animadas. Cada uma pode comprar um livro com os tíquetes que recebeu da escola. A professora planejou um trabalho com as crianças a partir da visita à bienal. "Eles vão poder levar os livros para trabalharmos os textos em leituras coletivas. Cada tema dá para trabalhar assuntos diferentes", disse.
Bruno Gabriel tem 7 anos e apontou logo a história favorita. "O Grande Rabanete, da escritora Tatiana Belinky", disse o menino. A história mostra que a tarefa difícil de uma pessoa retirar um rabanete da terra pode se tornar mais fácil se ela for desempenhada com a ajuda de outras.
Para a professora, quando a escola leva as crianças para a bienal, se está formando leitores. "Isso começa na base. São os pequenos. Se você pega uma criança e incute nela o prazer de ler, vai ser um leitor para o resto da vida. Crianças que leem bem, falam melhor, escrevem melhor e têm um desempenho melhor. Está comprovado", defendeu.
Renata disse que esta é também uma experiência própria, porque sempre teve incentivo para desenvolver a leitura. Ela disse que embora a mãe só tivesse concluído a quarta série, costumava exigir bons resultados dos filhos na escola. Além disso, a professora teve muita influência de uma tia que gostava de contar histórias. "Tenho isso na minha mente. Com 7 e 8 anos, eu sentava ao lado dela para ouvir as histórias. Isso me dava muito prazer e eu frequentava a biblioteca da escola", disse. Por isso, Renata gosta de contar histórias para os alunos e incentivar o processo de aprendizado das crianças. " Hoje eu sou a tia deles", disse emocionada.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: Agência Brasil
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