28/08/2013 - 23h22
- Política
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O plenário da Câmara acaba de absolver o deputado Natan
Donadon do processo de cassação de mandato. Foram 233 votos a favor do
parecer do relator, Sergio Sveiter (PSD-RJ), 131 votos contra e 41
abstenções.
Para que Donandon perdesse o mandato, o
parecer de Sveiter precisaria de, no mínimo, 257 votos. Faltaram 24
votos para que o deputado fosse cassado e perdesse o mandato
parlamentar.
Em função do resultado da votação, o
presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
anunciou que, enquanto estiver na presidência da Casa, nenhum processo
de cassação será em votação secreta. Prometeu trabalhar para aprovar o
mais rápido a proposta de emenda à Constituição (PEC), que institui o
voto aberto nos processos de cassação de mandato.
Alves disse que tendo vista a rejeição do parecer de Sveiter, a
presidência da Câmara acatava a decisão do plenário. “Todavia, uma vez
que, em razão do cumprimento de pena em regime fechado, o deputado Natan
Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar suas funções,
considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação do
suplente imediato, em caráter de substituição, pelo tempo que durar o
impedimento do titular”.
Segundo Henrique Alves, enquanto Donadon estiver preso ele não terá
direito a salário e nem a moradia funcional. O suplente é o ex-senador
Amir Lando, que deverá assumir o mandato enquanto o titular estiver
preso.
No final da tarde, Natan Donadon deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, para fazer a propria defesa no plenário da Câmara. Por mais de 30 minutos, ele tentou convencer os deputados de sua inocência e das perseguições do Ministério Público (MP) de Rondônia, que fez as denúncias contra ele de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa do Estado, onde exerceu o cargo de diretor financeiro.
No final da tarde, Natan Donadon deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, para fazer a propria defesa no plenário da Câmara. Por mais de 30 minutos, ele tentou convencer os deputados de sua inocência e das perseguições do Ministério Público (MP) de Rondônia, que fez as denúncias contra ele de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa do Estado, onde exerceu o cargo de diretor financeiro.
Donadon também falou que está passando por serias dificuldades,
inclusive financeiras, pois está há mais de dois meses sem receber
salário da Câmara. Citou, inclusive, as dificuldades que sua família
está encontrando para alugar uma casa em Brasília. Ele criticou o
parecer do relator do processo, deputado Sergio Sveiter (PSD-RJ).
Segundo Donandon, o parecer está repleto de “absurdos e asneiras”.
Por diversas vezes, disse que é inocente e que nunca fez nada de
ilícito. “Nunca desviei um centavo da Assembleia Legislativa”. Declarou
que todos os pagamentos feitos por ele na diretoria financeira foram
atestados pelo controle interno da instituição e feitos de acordo com os
parâmetros legais. Donadon disse ainda que assumiu a diretoria
financeira com contratos já feitos.
Natan Donadon acompanhou toda a votação do processo sentado no
plenário ao lado dos parentes. Ao ser proclamado o resultado da votação,
Henrique Alves determinou a retirada do parlamentar do plenário.
Durante a votação, Donadon pediu que as autoridades melhorem a qualidade
da alimentação do presídio da Papuda. “A gente tem dificuldade na
alimentação. Eu tenho síndrome do estômago irritável”, disse.
Ampliada às 23h55
Edição: Aécio Amado
Fonte: Agência Brasil
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