26/08/2013 - 16h03
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O advogado Fernando Tibúrcio Peña, defensor do senador boliviano Roger Pinto Molina, que deixou a Embaixada do Brasil na Bolívia, depois de viver 15 meses no local, condenou a iniciativa do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de examinar a possibilidade de abertura de inquérito sobre a atuação do diplomata Eduardo Saboia. O diplomata é apontado como o principal responsável pela saída de Molina e a vinda para o Brasil.
“O Itamaraty não está sendo justo com o ministro [última etapa na carreira diplomática, antes de se tornar embaixador] Eduardo Saboia. O ministro foi corretíssimo o tempo todo com o senador, percebendo que ele [o boliviano] não estava bem de saúde e cuidando para mantê-lo o melhor possível”, disse à Agência Brasil Tibúrcio Peña. Nos 455 dias que ficou abrigado na embaixada, o boliviano apresentou um quadro depressivo e também cálculo renal.
Para o advogado, a divulgação de uma nota oficial pelo Itamaraty incluindo o nome de Saboia coloca em risco não só a vida do diplomata, mas também da família dele e ameaça a carreira diplomática do profissional. "É uma situação delicada e causa surpresa”, ressaltou o advogado.
Em nota, o Itamaraty ontem (25) anunciou a possibilidade de abertura de inquérito e deu a entender que Saboia tomou a decisão de forma unilateral. “O encarregado de negócios do Brasil em La Paz [embaixador temporário], ministro Eduardo Saboia, está sendo chamado a Brasília para esclarecimentos. O Ministério das Relações Exteriores abrirá inquérito e tomará as medidas administrativas e disciplinares cabíveis”, diz o texto.
Saboia deverá ser ouvido na tarde de hoje no Itamaraty. Ele acompanhou o senador nas 21 horas e meia de viagem de carro, passando pelo território boliviano até Corumbá (Mato Grosso) e depois a Brasília. O diplomata organizou a saída dos dois veículos oficiais, com placas diplomáticas da embaixada, garantindo a segurança do parlamentar boliviano.
No Itamaraty, os diplomatas não informam ao certo como será um eventual inquérito envolvendo Saboia. As punições, em geral, vão desde uma advertência oral até a exoneração da carreira profissional. Porém, há os defensores de uma sanção intermediária que é a da suspensão provisória da carreira, considerando que seus antecedentes são todos positivos e que tem um histórico de bons serviços prestados.
Edição: Beto Coura
Fonte: Agência Brasil
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O advogado Fernando Tibúrcio Peña, defensor do senador boliviano Roger Pinto Molina, que deixou a Embaixada do Brasil na Bolívia, depois de viver 15 meses no local, condenou a iniciativa do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de examinar a possibilidade de abertura de inquérito sobre a atuação do diplomata Eduardo Saboia. O diplomata é apontado como o principal responsável pela saída de Molina e a vinda para o Brasil.
“O Itamaraty não está sendo justo com o ministro [última etapa na carreira diplomática, antes de se tornar embaixador] Eduardo Saboia. O ministro foi corretíssimo o tempo todo com o senador, percebendo que ele [o boliviano] não estava bem de saúde e cuidando para mantê-lo o melhor possível”, disse à Agência Brasil Tibúrcio Peña. Nos 455 dias que ficou abrigado na embaixada, o boliviano apresentou um quadro depressivo e também cálculo renal.
Para o advogado, a divulgação de uma nota oficial pelo Itamaraty incluindo o nome de Saboia coloca em risco não só a vida do diplomata, mas também da família dele e ameaça a carreira diplomática do profissional. "É uma situação delicada e causa surpresa”, ressaltou o advogado.
Em nota, o Itamaraty ontem (25) anunciou a possibilidade de abertura de inquérito e deu a entender que Saboia tomou a decisão de forma unilateral. “O encarregado de negócios do Brasil em La Paz [embaixador temporário], ministro Eduardo Saboia, está sendo chamado a Brasília para esclarecimentos. O Ministério das Relações Exteriores abrirá inquérito e tomará as medidas administrativas e disciplinares cabíveis”, diz o texto.
Saboia deverá ser ouvido na tarde de hoje no Itamaraty. Ele acompanhou o senador nas 21 horas e meia de viagem de carro, passando pelo território boliviano até Corumbá (Mato Grosso) e depois a Brasília. O diplomata organizou a saída dos dois veículos oficiais, com placas diplomáticas da embaixada, garantindo a segurança do parlamentar boliviano.
No Itamaraty, os diplomatas não informam ao certo como será um eventual inquérito envolvendo Saboia. As punições, em geral, vão desde uma advertência oral até a exoneração da carreira profissional. Porém, há os defensores de uma sanção intermediária que é a da suspensão provisória da carreira, considerando que seus antecedentes são todos positivos e que tem um histórico de bons serviços prestados.
Edição: Beto Coura
Fonte: Agência Brasil
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