30/08/2013 - 19h34
- Saúde
Aline Leal Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Braília – O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT)
Sebastião Caixeta disse hoje (30) que o Programa Mais Médicos precisa de
atos complementares para delinear seu modo de funcionamento. Na
primeira audiência do inquérito que investiga o programa, Caixeta pediu
ao Ministério da Saúde acesso à documentação que embasa o convênio
firmado entre a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o governo de
Cuba, um dos países que vão enviar médicos para o programa.
No começo desta semana, a Federação Nacional dos Médicos pediu ao MPT uma investigação sobre o programa e apontou a falta de publicidade desse documento como como um alerta.
"O programa tem de respeitar os valores das relações de trabalho
garantidas na Constituição Federal”, disse, em nota, o procurador, que
está conduzindo o inquérito. A investigação foi aberta na última quarta-feira (28) para averiguar descompassos entre os termos da medida provisória e as notícias veiculadas na mídia, “inclusive pelo site do Ministério da Saúde”.
Na audiência, o representante do Ministério da Saúde, Jean Keij
Uema, entregou a documentação que compõe o arcabouço jurídico que
fundamenta o programa e se comprometeu a entregar na segunda-feira (1º)
cópia do convênio entre a Opas e o governo de Cuba. O Tribunal de Contas
da União vai investigar a documentação em parceria com o MPT.
Depois de decisões favoráveis
na Justiça, o Ministério da Saúde iniciou ontem (29) no Rio Grande do
Sul o processo de emissão dos registros profissionais provisórios para
os profissionais formados no exterior que vão atuar no Mais Médicos.
Hoje (30) a pasta entrou com o processo no no Distrito Federal e nos
demais estados que receberão médicos.
Os registros profissionais provisórios são emitidos pelo Conselho
Regional de Medicina (CRM) do estado onde o médico vai atuar. A entidade
tem 15 dias para liberar o documento, depois da entrega dos papéis dos
médicos formados no exterior. Esses profissionais receberão registros
para atuação restrita ao Programa Mais Médicos, cujas atividades
concentram-se exclusivamente na atenção básica de saúde.
Na próxima segunda-feira (2), os médicos formados no Brasil começam a
atuar. Os que se formaram fora do país começam no dia 16 de setembro,
depois de concluírem a ambientação de três semanas, que começou na
segunda-feira (26).
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
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