28/08/2013 - 6h22
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pela primeira vez desde que tomou posse há 15 meses, o
presidente da França, François Hollande, deve visitar o Brasil. A
viagem, acertada entre o presidente francês e Dilma em maio, ocorrerá
até dezembro, em data que ainda está sendo definida. A amigos e
assessores, Hollande costuma dizer que há afinidades entre o Brasil e a
França.
Nas reuniões com assessores, nos últimos meses, Hollande reiterou
sua decisão de ampliar as relações com o Brasil e os demais integrantes
do Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do
Sul), como também com o Japão.
Paralelamente, a França tem assumido a liderança em várias
discussões internacionais, como o debate sobre o agravamento da crise na
Síria. Ontem (27), Hollande disse que seu país está pronto para
intervir militarmente na Síria e colaborar na punição aos responsáveis
pelo uso de armas químicas nos confrontos.
A posição de Hollande é diferente da assumida até o momento pelo
Brasil. As autoridades brasileiras recomendam cautela e investigações
profundas para averiguar se houve o uso de armas químicas na Síria e, em
caso afirmativo, que se busque os responsáveis.
Para Hollande, é responsabilidade da comunidade internacional também
a proteção aos civis, como estabelece a Assembleia Geral da Organização
das Nações Unidas (ONU) desde 2005. A oposição acusa o governo do
presidente sírio, Bashar Al Assad, de usar gás tóxico. Assad nega. Em
dois dias, nos arredores de Damasco, capital síria, 750 pessoas morreram
em decorrência do uso de armas químicas, inclusive crianças e
adolescentes.
A crise na Síria foi deflagrada em março de 2011, matando mais de
100 mil pessoas. Os confrontos foram provocados por divergências
políticas entre o governo e a oposição. Pressionado a deixar o cargo,
Assad se nega e reage aos ataques oposicionistas. A comunidade
internacional analisa a hipótese de intervenção militar. A proposta
conta com o apoio da França, do Reino Unido e dos Estados Unidos e uma
forte oposição da China.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil
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