30/08/2013 - 11h22
Economia
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O setor público consolidado – governos federal, estaduais
e municipais e as empresas estatais – registrou superávit primário de
R$ 2,3 bilhões, em julho, informou hoje (30) o Banco Central (BC). Nos
sete meses do ano, o superávit primário chegou a R$ 54,4 bilhões, menor
que o resultado de igual período do ano passado (R$ 71,4 bilhões).
Em 12 meses encerrados em julho, o superávit primário alcançou R$
88,2 bilhões, o que representa 1,91% de tudo o que o país produz –
Produto Interno Bruto (PIB). Houve redução de 0,09 ponto percentual em
relação a junho.
Mas o esforço fiscal do setor público não
foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a
dívida. Esses juros chegaram a R$ 23,4 bilhões, em julho, e a R$ 141,5
bilhões, nos sete meses do ano. Em 12 meses encerrados em julho, os
gastos com juros chegaram a R$ 226,9 bilhões, resultado que correspondeu
a 4,91% do PIB, com elevação de 0,09 ponto percentual na comparação com
o acumulado em junho.
Com esses resultados, foi registrado déficit nominal, formado pelo
resultado primário e as despesas com juros, de R$ 21,1 bilhões, no mês
passado, R$ 87 bilhões, de janeiro a julho, e R$ 138,7 bilhões em 12
meses (3% do PIB).
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da
dívida pública. O esforço fiscal permite a redução, no médio e no longo
prazos, do endividamento do governo. Desde o fim dos anos 1990, o
governo segue uma meta de superávit primário. Para este ano, a meta de
superávit primário é 2,3% do PIB.
No mês, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e
Previdência Social) registrou superávit de R$ 3,8 bilhões. As empresas
estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram
déficit primário R$14 milhões. Os governos estaduais e municipais
apresentaram déficit de R$ 1,5 bilhão.
O BC informou ainda que a dívida líquida do setor público chegou a
R$ 1,573 trilhão em julho. Esse resultado correspondeu a 34,1% do PIB,
com redução de 0,4 ponto percentual em relação a junho.
Outro indicador divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral
(governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer
comparações com outros países. No caso da dívida bruta, em que não são
considerados os ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos, a
relação com o PIB é maior. Em julho, ficou em R$ 2,744 trilhões, o que
corresponde a 59,4% do PIB, com elevação de 0,1 ponto percentual em
relação ao mês anterior.
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil
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