31/08/2013 - 12h03
Da Agência Lusa
Cairo – A Coligação Nacional Síria, principal grupo da oposição ao
presidente Bashar Al Assad, apelou hoje (31) à comunidade internacional
em defesa de uma intervenção militar “ampla e forte”, que reduza a
capacidade bélica do regime de Damasco.
Em comunicado, o presidente da coligação, Ahmad Yarba, disse que “o
mundo tem que responder de forma decisiva ao uso de armas químicas pelo
regime”. Yarba também pediu que se "neutralize o perigo que o regime
representa para o povo sírio e para a paz e a segurança regionais", de
forma a evitar novos ataques com armas não convencionais.
Depois de 29 meses de “inatividade”, a comunidade internacional tem a
obrigação moral de parar o uso “da violência excessiva e
indiscriminada”, acrescentou o dirigente oposicionista.
Os serviços de segurança sírios esperam um ataque militar contra o
seu território “a qualquer momento”, mas dizem que o país está pronto
para responder.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem (30) que
ainda não tomou uma “decisão final” sobre um possível ataque à Síria,
mas admitiu uma ação “limitada” contra o regime de Bashar Al Assad pelo
uso de armas químicas.
Afirmando que o uso dessas armas ameaçaria a segurança nacional
norte-americana, Obama insistiu que o mundo não pode aceitar que
mulheres e crianças sejam atingidas por gases tóxicos. Ele fez a
declaração após tomar conhecimento de um relatório dos serviços
secretos, segundo o qual 1.429 pessoas morreram, entre as quais 426
crianças num ataque atribuído ao regime sírio nos arredores de Damasco, a
21 de agosto.
Obama, que falou na Casa Branca antes de participar de encontro com os chefes de governo dos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia),
condenou igualmente “a impotência” do Conselho de Segurança das Nações
Unidas perante a questão síria, uma vez que a Rússia, um forte aliado de
Damasco, bloqueou qualquer intervenção.
O presidente norte-americano apelou, por fim, ao mundo para que não
fique paralisado perante a situação na Síria, numa reação à rejeição
pelo Parlamento britânico de uma participação de Londres numa eventual
intervenção armada contra o regime de Bashar Al Assad.
Fonte: Agência Brasil
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