09/10/2013 - 23h22
Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - Em meio às negociações de paz entre as Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano, o presidente
Juan Manuel Santos anunciou hoje (9) um “plano de guerra” contra a
guerrilha e a instalação de um novo comando militar. O chamado Espada de
Honor 2 contará, segundo o governo, com 50 mil homens do Exército para
ampliar a ofensiva contra os blocos sul e oriental das Farc.
De acordo com Santos, o objetivo do plano é enfraquecer a ação das
Farc nessas regiões, onde o grupo guerrilheiro têm apresentado ação mais
concentrada, neutralizando os chefes da guerrilha que operam nas duas
áreas.
"É um plano muito bem desenhado e muito bem sustentado, que pretende
atualizar e incrementar as atividades das nossas Forças Armadas, tendo
em vista que as circunstâncias mudam, e há etapas que vamos vencendo,
enquanto começamos a enfrentar novas”, disse Santos, durante cerimônia
no Forte Militar de Larandia, no departamento de Caquetá, no Sudoeste da
Colômbia.
O presidente também informou que vai colocar em ação mais 15 mil
policiais em todo o país. O novo efetivo terá como prioridade, segundo
ele, a “luta contra os crimes de mineração ilegal, sequestros, tráfico e
roubos”. Santos revelou que o governo pretende aperfeiçoar o
treinamento das unidades militares e anunciou reforços na preparação dos
profissionais e instalação de mais centros de Inteligência. “Estamos
aumentando o número de municípios que estão dentro do Plano de
Consolidação”, destacou.
O Plano de Consolidação, como foi nominado pelo governo, também
objetiva assumir o controle de regiões onde bandos de criminosos (grupos
de narcotraficantes comuns) ou guerrilhas atuam.
Nessa terça-feira (8), o presidente pediu às Farc mais rapidez no ritmo das negociações em Havana,
capital de Cuba, e chegou a dizer que uma pausa poderia ocorrer durante
o processo eleitoral, que começa nos próximos meses. As eleições
presidenciais estão previstas para maio.
Hoje as Farc responderam, declarando que poderiam fazer uma "pausa",
mas que a decisão para isso, não poderia ser “unilateral” e que a mesa
de negociação, em Havana, deveria, conjuntamente, decidir por isso.
As negociações de paz discutem a participação política dos guerrilheiros, após um eventual acordo pelo fim do conflito, mas as Farc disseram que, ainda não há consenso sobre o tema.
Edição: Aécio Amado
Fonte: Agência Brasil
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